Comboios de Portugal











































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































CP - Comboios de Portugal, E.P.E.

Comboios de Portugal


Logótipo da Comboios de Portugal

Tipo


Entidade Pública Empresarial

Slogan
'Sempre em movimento'
Fundação

11 de maio de 1860 (158 anos)
Fundador(es)

José de Salamanca y Mayol
Sede
Calçada do Duque, 20
Encarnação, Lisboa
Área(s) servida(s)
Portugal (Rede Ferroviária Portuguesa)
Proprietário(s)

Governo da República Portuguesa
Presidente
Carlos Nogueira (desde 2017)
Empregados
2681 (2017)
Clientes

Aumento 122 milhões de passageiros (2017)
Serviços
Transporte ferroviário

Divisões
CP Lisboa, CP Porto, CP Longo Curso, CP Regional

Subsidiárias
EMEF (100%), FERNAVE (100%), SAROS (100%), ECOSAUDE (100%)

Receita

Aumento EUR 250 milhões (2017)

Lucro

Aumento EUR -111.952 milhões (2017)

LAJIR

Aumento EUR 14.626 milhões (2017)
Antecessora(s)
Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.

Website oficial

www.cp.pt



Comboios urbanos da CP na Estação de São Bento no Porto.




Comboio Alfa Pendular da CP na Gare do Oriente em Lisboa.


A empresa Comboios de Portugal, E.P.E. é uma empresa portuguesa de transporte ferroviário. Foi criada em 11 de maio de 1860 pelo empresário espanhol José de Salamanca y Mayol com o nome de Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir as linhas ferroviárias que ligassem a cidade de Lisboa ao Porto e à fronteira com Espanha em Badajoz.[1] Mudou a sua designação após a Implantação da República Portuguesa em 5 de Outubro de 1910, para Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[2] Na primeira metade do Século XX, passou por um processo de expansão, tendo assimilado várias empresas ferroviárias privadas, e os caminhos de ferro que tinham estado sob a gestão do Governo Português.[3] No entanto, os efeitos da Segunda Guerra Mundial, e o avanço dos transportes rodoviário[4] e aéreo[5] deterioraram de tal forma a sua situação económica que, após a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi necessário nacionalizar a Companhia, mudando novamente de nome, para Caminhos de Ferro Portugueses, E.P.[6] Esta empresa foi profundamente modificada em 1997, quando lhe foi retirada a gestão das infra-estruturas (que foi entregue a uma nova entidade, a REFER), ficando a CP somente com a exploração dos serviços ferroviários.[7] Na sequência desta alteração, em 2009 o nome legal da empresa foi modificado, passando a ser Comboios de Portugal, E.P.E.,[8] embora a CP já usasse essa designação para fins publicitários desde 2004.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Antecedentes


    • 1.2 Fundação


    • 1.3 Implantação da República


    • 1.4 Primeira Guerra Mundial


    • 1.5 Período entre as duas Guerras Mundiais


    • 1.6 Segunda Guerra Mundial


    • 1.7 Do final da Segunda Guerra Mundial à Revolução dos Cravos


    • 1.8 Revolução dos Cravos e nacionalização


    • 1.9 Finais do século XX


    • 1.10 Década de 2000




  • 2 Caracterização


    • 2.1 Atividade de transporte


    • 2.2 Resultados económicos




  • 3 Linhas em que presta ou prestou serviços de transporte


    • 3.1 Actuais


    • 3.2 Serviços extintos




  • 4 Serviços ferroviários


    • 4.1 Longo Curso


    • 4.2 Médio Curso


    • 4.3 Urbanos


    • 4.4 Turismo




  • 5 Conselho de Administração


  • 6 Ver também


  • 7 Referências


  • 8 Bibliografia


  • 9 Ligações externas





História |



Ver artigo principal: História do transporte ferroviário em Portugal



Capa dos primeiros Estatutos da Companhia Real, em 1860.



Antecedentes |


A primeira empresa nacional para a construção de caminhos de ferro foi a Companhia das Obras Públicas de Portugal, criada em 1844 pelo governo de Costa Cabral para promover o desenvolvimento dos transportes em Portugal; no entanto, esta tentativa falhou devido à instabilidade política.[1] Após o regresso a um ambiente mais estável, renovou-se o interesse pelo caminho de ferro, pelo que em 1851 o empresário inglês Hardy Hislop apresentou uma proposta para uma linha de Lisboa a Badajoz, que foi entregue no ano seguinte à Companhia Central Peninsular dos Caminhos de Ferro de Portugal, formada por Hislop para esse fim.[1] No entanto, em 1855 as obras foram paralisadas devido a conflitos entre a empresa e os empreiteiros, tendo a gestão das obras passado para o estado português.[1] Em 28 de Outubro de 1856, foi inaugurado o primeiro troço, até ao Carregado, mas a companhia continuou a sofrer de graves problemas financeiros e de gestão.[1] O empresário inglês Samuel Morton Peto, que se encontrava a dirigir as obras, foi encarregado de formar uma nova empresa, que substituísse a Companhia Peninsular, mas sem sucesso, tendo o seu contrato sido terminado em 6 de Junho de 1859.[1]



Fundação |


Assim, o governo elaborou um novo contrato em 30 de Julho com o empresário espanhol José de Salamanca y Mayol, que formou a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir a ligação ferroviária das Linhas do Norte e Leste; os estatutos desta empresa foram elaborados em 12 de Dezembro, e aprovados no dia 22 do mesmo mês, tendo a empresa sido formalmente constituída em 11 de Maio de 1860,[1] embora o decreto que oficializou este acto só foi publicado em 20 de Junho.[9]


Em 25 de Junho de 1865, a Companhia Real adquiriu os direitos de exploração da Linha do Norte a José de Salamanca;[1] no dia 10 de Novembro, a escritura pública foi aprovada, e o troço já construído, entre Lisboa e Ponte da Asseca, passou para a Companhia.[10]


Em Janeiro de 1902, já tinha chegado uma das locomotivas encomendadas pela Companhia à casa Fives-Lille para assegurar os serviços rápidos, encontrando-se, nesse mês, a ser montada nas oficinas de Lisboa.[11] O relatório de 1901, apresentado nesse mês, reportava que a situação financeira da Companhia era bastante favorável, devido, principalmente, à queda dos preços do carvão.[12]



Implantação da República |


Após a Implantação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, a Companhia Real vê o seu nome modificado, ainda nesse ano, para Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[2]




Aviso de 1915 da CP, informando o público acerca das sobretaxas.



Primeira Guerra Mundial |


Após o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, verificou-se um forte aumento nos preços do carvão, o que levou a Companhia a reduzir os serviços, e utilizar lenhas para alimentar as suas locomotivas, o que gerava vários problemas de manutenção do material circulante; esse ano ficou, igualmente, marcado por várias greves gerais dos ferroviários, tendo sido praticados graves actos de sabotagem[13] que conduziram à necessidade de ser ordenada uma intervenção do Exército.[14]



Período entre as duas Guerras Mundiais |


Após o final da Primeira Grande Guerra, permaneceram os problemas de exploração, devido ao aumento dos preços, aos quais as operadoras respondiam com a emissão de sobretaxas.[15] O carvão, em especial, continuava escasso e a preços excessivos, pelo que continuou a utilização de lenhas nas locomotivas.[15] Por outro lado, também continuaram os problemas sociais, agravados por novas medidas, com a introdução das 8 horas de trabalho diárias, que geraram vários conflitos e greves, como o encerramento das oficinas do Entroncamento em 1922, que tiveram efeitos nefastos no material motor.[15]


Em 11 de Maio de 1927, ganhou o concurso de arrendamento da exploração das ligações ferroviárias do Governo Português, até então geridas pela operadora Caminhos de Ferro do Estado; devido à falta de experiência na gestão de linhas de bitola reduzida, subarrendou a Linha do Tâmega à Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, e as Linhas do Corgo e Sabor à Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[3] Em 1929, a tendência de crescimento da Companhia inverteu-se, devido à concorrência do transporte rodoviário; na Década de 1930, verificou-se uma regressão no transporte, inicialmente apenas para passageiros, e depois para mercadorias, o que forçou a uma redução nas despesas, como na manutenção de via e na mão-de-obra.[15] Por outro lado, também se começaram a estudar novas técnicas e novos meios de tracção, como locomotivas e automotoras a gasóleo.[15]


Em 1932, verificou-se uma alteração nos estatutos, tendo a Companhia passado a ser uma Sociedade anónima de responsabilidade limitada.[3]




Exposição das novas carruagens da CP na Estação do Rossio, em Julho de 1940



Segunda Guerra Mundial |


Durante a Segunda Guerra Mundial, verificou-se uma escassez de carvão, o que levou, novamente, à redução dos serviços.[3] Mesmo assim, em 1940, a Companhia iniciou o serviço rápido Flecha de Prata, entre Lisboa e o Porto.[16]



Do final da Segunda Guerra Mundial à Revolução dos Cravos |


Em 1945, é publicada a Lei n.º 2008, sobre a coordenação de transportes terrestres, que determinou a concentração de todas as concessões de exploração ferroviária numa só empresa; no ano seguinte, foi realizada a escritura de transição das Companhias dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta, Nacional de Caminhos de Ferro e Portuguesa para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[3] Esta empresa começou, assim, em 1947, a explorar todas as linhas em Portugal, de bitola larga e estreita, excepto a Linha de Cascais, que tinha sido arrendada à Sociedade Estoril até 1976.[3]


Verificou-se, no entanto, uma acentuada quebra nas receitas, tendo a Companhia sido forçada, em 1950, a pedir um empréstimo de 50 milhões de escudos.[17] No ano seguinte, entrou em vigor o contrato único, que reorganizou a gestão do transporte ferroviário, e alterou os estatutos da Companhia.[17]


Ainda assim, a Companhia conseguiu realizar vários investimentos, apoiados pelo I Plano de Fomento (1953-1958), no sentido de modernizar os seus serviços; destaca-se, principalmente, a viagem inaugural do serviço rápido Foguete, em 1953, e os projectos de electrificação da Linha de Sintra e do troço entre Lisboa e Carregado da Linha do Norte, concluídos em 1956.[17] Em 1958, foi introduzido, para o pessoal das oficinas, o regime de semana inglesa, e, em 1959, a empresa contratou com a Ericsson para a instalação de sinalização e comando centralizado na Linha de Vendas Novas.[17] Em 1966, são publicados novos estatutos para a Companhia, e é completada a electrificação entre Lisboa e o Porto; em 1968, é assinado um contrato com um consórcio da SOMAFEL e Somapre, para a renovação total da via.[17]


Em 1973, é publicado o Decreto-lei n.º 104/73, que autorizou o Ministro das Comunicações a estabelecer um novo contrato de concessão com a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[17]





Locomotiva n.º 560 da CP na Estação de Valença, em 1970.



Revolução dos Cravos e nacionalização |


A situação da Companhia alterou-se profundamente após a Revolução de 25 de Abril de 1974; com efeito, várias inspecções levadas a cabo revelaram os graves problemas laborais, ocultados pela organização, e que tiveram de ser resolvidos, com efeitos nefastos sobre a já instável capacidade financeira da Companhia.[18] Esta situação foi piorada pelas Crises do petróleo de 1973 e 1978, e pelas novas prioridades do regime democrático, que reduziu substancialmente os apoios à Companhia, com os quais apenas se puderam fazer algumas obras de construção e manutenção de via, como a instalação dos acessos ferroviários ao Complexo Industrial de Sines, e prosseguir com o programa de substituição do material motor a vapor, que se tinha iniciado há cerca de 30 anos.[19] Em 1975, deu-se a nacionalização da Companhia, embora, na prática, este processo não tenha tido grandes efeitos, uma vez que a empresa já se encontrava quase totalmente subordinada ao Estado.[6]



Finais do século XX |


Com a entrada de Portugal na CEE em 1986, a CP usufrui de fundos cada vez maiores para modernizar a empresa e o Caminho de Ferro.


Em 1987, é lançado o serviço Alfa com recurso a carruagens Corail. Um ano depois, em 1988, é lançado o serviço Intercidades também assegurado com carruagens Corail e alguns anos depois com carruagens Sorefame modernizadas.[20]


No ano de 1988 são suprimidos os serviços de passageiros na Linha do Sabor, parte da Linha do Vouga e da Linha do Douro. No ano seguinte, são encerradas a Linha do Sabor, Linha do Dão, Linha de Guimarães entre Guimarães e Fafe e a Linha do Douro entre Pocinho e Barca d'Alva.[20]


Em 1990 é assinado o contrato de aquisição de 42 UQE para o serviço suburbano da Linha de Sintra, este investimento marca o ínicio da modernização do Caminho de Ferro em Portugal.[20]


Em 1992, é criada a Fernave resultado da autonomização da área de formação da CP.[21]


Em 1993, a EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário é criada resultando da autonomização da área industrial da CP destinada à Reparação e Reabilitação do Material Circulante.[22]


A CP bate o recorde de velocidade ferroviária em Portugal em 1993 com uma locomotiva série 5600 e 3 carruagens Corail atingindo 220 km/h entre Espinho e Avanca na Linha do Norte.[23] Velocidade que seria atingida em serviço comercial apenas alguns anos depois pelos comboios Alfa Pendular.


Em 1997, é lançado o site da CP na Internet (www.cp.pt). O site permite a consulta dos horários por linha, dos serviços e da informação institucional sobre a empresa. Foi posteriormente adicionada uma procura de horários mais inteligente, que combina automaticamente várias linhas e vários serviços.[24]


A empresa é profundamente modificada pelo Decreto-Lei n° 104/97 que lhe retira a responsabilidade das infraestruturas. Competência transferida para uma nova empresa pública, a REFER. Nesse mesmo ano a administração da CP implementa uma organização mais flexível baseada em Unidades de Negócio[25] Depois desta reorganização do setor a CP concentra-se na modernização da sua frota de material circulante com a compra de novos comboios e a reabilitação de outros. Foi renovado o material circulante dos comboios suburbanos de Lisboa, nomeadamente com novos comboios de dois pisos,[26][27][28] e do Porto.[29] No serviço regional esta modernização foi materializada com a reabilitação de várias séries de material circulante.[30][31][32]


Entre 1997 e 1999 foram inauguradas várias obras que introduziram profundas alterações tecnológicas que por sua vez originaram melhorias como o aumento da segurança, do conforto e a diminuição dos tempos de percurso. A eletrificação e modernização da Linha da Beira Alta é concluída. Os CCC (Postos de Comando Centralizado) de Campolide e da Pampilhosa são inaugurados. Em 1998 é a vez da GIL - Gare Intermodal de Lisboa (Gare do Oriente) ser inaugurada. Foi eletrificado o Ramal de Leixões que contribuiu para a melhoria da eficiência do transporte ferroviário de mercadorias. Por fim são concluídas várias quadruplicações na Linha de Sintra, de Cintura e do Norte que resolveram graves estrangulamentos à exploração ferroviária.


Em 1999 é inaugurado o serviço Alfa Pendular assegurado com recurso as novas automotoras CPA 4000 que podem atingir os 220 km/h em serviço comercial.[33] Velocidades que não poderam ser praticadas nos primeiros anos devido ao atraso na modernização da Linha do Norte. Este novo serviço substitui o antigo "ALFA" assegurado por carruagens Corail.




Comboio Alfa Pendular na gare de Santa Apolónia, em 2006.



Década de 2000 |


Com a entrada no novo milénio a CP continua a renovar, modernizar e melhorar os seus serviços. São iniciadas as ligações Cacém/Alverca e Vila Franca de Xira/Alcântara Terra com recurso às novas automotoras de dois pisos UQE 3500. A partir de 2002, a classe única é generalizada no serviço Regional e InterRegional.[34]


A 5 de Junho de 2004 é inaugurado o "Eixo Atlântico" ou seja a ligação direta em Alfa Pendular entre Braga e Faro efetuada em cerca de 6 horas. O transbordo fluvial entre Santa Apolónia e o Barreiro, grave problema que vigorou durante mais de 100 anos, é definitivamente suprimido. Esta nova ligação foi possível graças à conclusão do Eixo Norte/Sul que implica a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e a modernização e eletrificação da Linha do Sul até Faro. O Eixo Atlântico foi inaugurado pelo Primeiro Ministro Durão Barroso.[35]


Em 2004, é progressivamente criada a nova rede de Urbanos do Porto com a inauguração da modernização da Linha do Minho, de Guimarães e do Douro. Toda a rede de urbanos do Porto é explorada com as novas automotoras UME 3400. Estas automotoras foram construidas na fábrica da Bombardier na Amadora (ex-Sorefame) e integram as tecnologias mais modernas da altura.[36]


Em janeiro de 2006, a CP encomenda à Siemens 15 locomotivas elétricas para substituir as cinquentenárias LE 2500 e LE 2550. Estas locomotivas deram origem à série LE 4700. Posteriormente, foram encomendadas mais 10 unidades, o que aumentou o valor da aquisição de 70 para 100 milhões de euros. As primeiras três locomotivas foram montadas pela Siemens em Munique e as restantes pela EMEF (uma empresa do Grupo CP).[37][38][39]


Em 2007 é suprimido o "Comboio Azul" que é substituído pela ligação em Alfa Pendular Braga/Faro inaugurada em 2004. A última viagem deste comboio aconteceu no dia 20 de Abril de 2007. O serviço "Auto-expresso" (transporte ferroviário de automóveis) que era parte integrante do "Comboio Azul" já tinha sido suprimido no dia 1 de Abril de 2006, o que diminuiu a competitividade deste serviço ferroviário face ao próprio automóvel.[40][41]


Nesse mesmo ano entram ao serviço as primeiras automotoras UQE 2300 renovadas. Estas automotoras efetuam serviço na Linha de Sintra e de Azambuja. Os interiores são totalmente renovados com novas cores e estofos. Também é instalado o sistema visual e sonoro de informação ao público.


Nos anos de 2008, 2009 e 2010 é implementado o sistema de bilhética eletrónica nos comboios urbanos de Lisboa. Várias estações das Linhas de Sintra, Cascais e Azambuja são equipadas com controlos de acessos automáticos no sentido de reduzir a fraude.[42]


Em 2009, a CP aluga à RENFE 17 automotoras da série 592 para fazer face ao envelhecimento da sua frota dedicada ao serviço Regional. O contrato prevê uma duração de 5 anos (ou seja até 2014) data a partir da qual deverá chegar novo material circulante. Efetivamente, também em 2009, a CP lança um concurso público internacional de compra de material circulante com o objetivo de renovar a frota do serviço Regional e da Linha de Cascais. Concurso esse que será cancelado alguns meses depois devido à crise financeira.[43] Este aluguer permite abater ao serviço toda a série 0600.



Caracterização |


Actualmente, a CP transporta cerca de 122 milhões de passageiros[44] (dados de 2017). Encontra-se dividida em diferentes sub-empresas que representam unidades de negócio diferentes, cada uma com uma parte específica dos serviços prestados pela empresa:



  • CP Regional

  • CP Porto

  • CP Lisboa

  • CP Longo Curso


A CP detém ainda a gestão destas empresas:




  • EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A.

  • FERNAVE - Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos, S.A.

  • ECOSAÚDE - Educação, Investigação e Consultoria em Trabalho, Saúde e Ambiente, S.A.

  • SAROS - Sociedade de Mediação de Seguros, Lda.


A CP - Comboios de Portugal, E.P.E. e as suas participadas formam o Grupo CP.




LogoCPantigo.jpgLogotipo dos Caminhos de Ferro Portugueses.jpg


Logótipos da CP, antes e depois de 1981.


A CP actualmente dedica-se apenas ao transporte e actividades conexas. A gestão da rede ferroviária nacional, que lhe pertenceu até 1997, está hoje entregue a uma outra empresa pública, a Infraestruturas de Portugal.

É liderada por Carlos Nogueira, presidente do Conselho de Administração da CP desde Julho de 2017..



Atividade de transporte |


Desde finais da década de 1980, o volume de passageiros transportados pela CP esteve numa tendência de queda contínua, fomentada pelo aumento do uso do transporte individual fruto do forte investimento nas infraestruturas rodoviárias e do aumento do poder de compra da população, mas também devido à falta de investimento no setor ferroviário e ao encerramento excessivo de linhas complementares.[45] Com efeito, em Portugal, o número de passageiros transportados diminuiu 43% entre 1988 e 2009.[45] Portugal foi o único país da Europa Ocidental onde o número de passageiros diminuiu nesse período, ao passo que na vizinha Espanha o número de passageiros aumentou 157%.[45] Entre 2008 e 2013, a CP registou uma queda extremamente importante da procura devido à crise financeira que o país estava a viver.[46] Desde 2013, a empresa recupera progressivamente com a implementação de uma política comercial agressiva, da paz laboral e da retoma económica.[47][48] No entanto, em 2017, o número de passageiros transportados pela CP ainda estava 10% abaixo dos valores de 2008.






















































Procura e proveitos de tráfego dos serviços da CP entre 2005 e 2017 (informação retirada dos Relatórios & Contas da empresa)


2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Passageiros transportados (em milhões)
130,6[49]
133,2[49]
134,7[50]
135,5[51]
131,2[52]
130[53]
126,1[54]
111,7[55]
107,2[56]
109,7[57]
112[58]
114,8[59]
122[60]
Receita da atividade (em milhões de euros)
175,9[49]
194,7[49]
204,5[50]
216,2[51]
213,2[52]
212,2[53]
212,4[54]
210,5[55]
203,4[56]
214,4[57]
220,5[58]
230,3[59]
250[60]


Resultados económicos |


A CP regista prejuízos crónicos devido aos serviços públicos (com preços relativamente acessíveis determinados pelo estado) que presta sem ter um contrato de serviço público que estipule as indemnizações compensatórias que a CP deve receber. O elevado peso da divida histórica também impacta o défice. Desde 2015, a CP está sob perímetro de consolidação do Orçamento de Estado, o que permite à CP financiar-se directamente no OE sem necessidade de se endividar.[58] Desde então a divida da CP encontra-se numa tendência decrescente.

















































































Resultados económicos da CP entre 2006 e 2016 (informação retirada dos Relatórios & Contas da empresa)

2006
2007
2008
2009*
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
EBITDA (em milhões)
14[49]
-24,5[51]
-26,3[51]
-22,1[52]
13[54]
39[54]
45,6[61]
21,9[56]
14,7[57]
3,7[58]
0,344[59]
14,626[60]
Resultado Operacional (em milhões)
-114,6[62]
-105,9[63]
-99,3[51]
-107,7[52]
-87[54]
-62[54]
-27,7[61]
-19,7[56]
36,7[57]
-175,1[58]
-54,3[59]
-35,5[60]
Resultado Líquido (em milhões)
-192,8[62]
-183,9[63]
-190,4[51]
-217,3[52]
-202[54]
-289[54]
-223,3[61]
-226,5[56]
-159,8[57]
-278,4[58]
-144,5[59]
-111,9[60]
Divida (em milhões)
3 034[62]
3 174[63]
3 368[64]
3 811[65]
3 683[54]
3 911[54]
4 055[61]
4 265[56]
4 376[57]
3 742[58]
3 179[59]
2 751[60]

*Autonomização da CP Carga



Linhas em que presta ou prestou serviços de transporte |




Rede ferroviária portuguesa na sua máxima extensão, com todas as linhas onde operaram serviços da CP.



Actuais |




  • Linha do Minho (excepto no troço entre Valença e Monção- encerrado)

  • Ramal Internacional de Valença

  • Ramal de Braga


  • Linha de Guimarães (excepto no troço entre Porto-Trindade e Trofa- integrado na Linha C do Metro do Porto entre Porto-Trindade e ISMAI, encerrado entre ISMAI e Trofa)


  • Linha do Douro (excepto no troço entre Pocinho e Barca d'Alva- encerrado)


  • Linha do Tua (apenas no troço entre Cachão e Carvalhais, por concessão ao Metro de Mirandela- restante percurso encerrado)

  • Linha do Norte


  • Linha do Vouga (excepto no troço entre Sernada do Vouga e Viseu- encerrado)

  • Ramal de Aveiro

  • Linha da Beira Alta

  • Ramal de Alfarelos

  • Linha do Oeste

  • Ramal de Tomar

  • Linha do Leste


  • Linha da Beira Baixa (excepto no troço entre Covilhã e Guarda, actualmente em obras, reabertura prevista para 2019[66])

  • Linha de Cintura

  • Linha de Sintra

  • Linha de Cascais


  • Linha do Alentejo (excepto no troço entre Beja e Funcheira- encerrado)

  • Linha de Évora

  • Linha do Sul

  • Linha do Algarve

  • Linha do Sado



Serviços extintos |



  • Linha do Tâmega

  • Linha do Corgo

  • Linha do Sabor



  • Linha de Leixões

  • Linha da Póvoa

  • Linha do Dão

  • Ramal do Montijo

  • Ramal do Seixal

  • Ramal de Neves-Corvo

  • Ramal de Cáceres

  • Ramal de Mora

  • Ramal de Montemor

  • Ramal de Reguengos

  • Ramal de Vila Viçosa

  • Ramal de Moura

  • Ramal de Aljustrel

  • Linha de Sines

  • Ramal da Figueira da Foz

  • Ramal da Lousã

  • Ramal de Portalegre



Serviços ferroviários |





Alfa Pendular na estação da Pampilhosa


Tradicionalmente desde a sua fundação a CP separou completamente os seus serviços de Médio Curso dos de Longo Curso. Na atualidade, a divisão é mais flexível, existem serviços com ligação entre os comboios de Médio Curso e Longo Curso, e também comboios de Longa Curso que admitem certos passageiros de Médio Curso entre cidades próximas.



Longo Curso |


As linhas de longo curso são serviços não subvencionados, que geralmente incluem grandes prestações de bordo, como uma cafetaria, classe preferencial, restauração em assento ou a emissão de filmes. O nome de cada um destes serviços indica normalmente as prestações e o tipo de comboio, embora às vezes existam diferenças dentro de serviços com o mesmo nome.


Entre os serviços de longo curso incluem-se:



  • Alfa Pendular: é o serviço premium da CP e é efetuado pelas automotoras eléctricas da série 4000, com capacidade de pendulação, que possibilita uma velocidade máxima de 220 km/h. O serviço Alfa Pendular realiza os seguintes percursos:


    • Lisboa Santa Apolónia - Porto Campanhã (Comboios 120 a 129);


    • Lisboa Santa Apolónia - Braga (Comboios 130 a 137);


    • Lisboa Santa Apolónia- Guimarães (Comboios 140 e 141);


    • Porto-Campanhã - Faro (Comboios com o número 180 a 186).





Este serviço dispõe de duas classes: Classe Turística (equivalente à Segunda Classe dos serviços Intercidades) - Carruagens 6 a 3 - e Classe Conforto (equivalente à Primeira Classe dos serviços Intercidades) - Carruagens 1 e 2. O Bar está localizado na carruagem 3. De salientar que as carruagens se encontram ordenadas de sul para norte (1 -> 6).



  • Intercidades: é o serviço rápido da CP que liga as principais cidades do país. Estes serviços são maioritariamente efectuados com composições Locomotiva + Carruagens (CP 5600 com carruagens Corail ou Sorefames Modernizadas) possibilitando assim uma maior flexibilidade consoante a procura. A velocidade máxima deste serviço é 200 km/h, exceptuando nas ligações Casa Branca - Beja e Beira Baixa, onde é 120 km/h. O serviço Intercidades realiza os seguintes percursos:


    Comboio do serviço Intercidades à partida da estação Porto-Campanhã.


























































Linha
Comboio
Percurso
Observações

1
520 a 527

Lisboa-Santa Apolónia - Porto-Campanhã


2
720 a 723

Lisboa-Santa Apolónia - Braga


3
620 e 621

Lisboa-Santa Apolónia - Guimarães


4
510 a 519

Lisboa-Santa Apolónia - Guarda


5
540 a 545

Lisboa-Santa Apolónia - Covilhã


6
570, 572, 574, 670, 672 e 674

Lisboa-Oriente - Faro


7
590, 592, 594, 596, 598, 690, 692, 694 e 696

Lisboa-Oriente - Casa Branca

Casa Branca - Évora

580 a 589

(no percurso Casa Branca - Beja)



Casa Branca - Beja
Único serviço Intercidades que utiliza comboios a diesel através de um shuttle.

A numeração das carruagens neste serviço é pouco intuitiva e especialmente confusa para os novos utilizadores. As carruagens são numeradas como se segue (excepto os serviços Beira Baixa e Casa Branca - Beja, que são efectuados com automotoras CP 2240 e CP 0450, respectivamente), em circunstâncias ditas normais:



  1. Números 21 a 29: Carruagens de Segunda Classe. As carruagens estão ordenadas (21 -> 29) no sentido sul -> norte e circulam na ponta norte do comboio.

  2. Números 41 a 49: Carruagens de Segunda Classe. Esta númeração é apenas utilizada em dias de excepcional afluência (sextas, véspras de fim de semana prolongado ou feriados). Um exemplo da sua utilização é no Intercidades 723 (Lisboa - Braga) onde estão colocadas na cauda do comboio, seguem na retaguarda das carruagens de primeira classe, ordenadas 41 -> 49, no sentido sul -> norte. De notar que estas carruagens apenas circulam entre Lisboa e o Porto e são normalmente 4 (nº 41 a 44).

  3. Números 81 a 89: Carruagem de Primeira Classe com Bar. Normalmente, cada comboio apenas circula com uma carruagem Bar (a número 81), mas em caso excepcionais, caso circule com mais, as carruagens estão ordenadas (81 -> 89) no sentido norte -> sul e circulam no "meio" do comboio, entre as carruagens de Segunda e Primeira Classe. De notar que a parte do Bar se encontra sempre do lado da carruagem 21 (lado norte).

  4. Números 11 a 19: Carruagem de Primeira Classe. As carruagens estão ordenadas (11 -> 19) no sentido norte -> sul e circulam na ponta sul do comboio.





Sud-Lusitânia parado na estação de Lisboa-Santa Apolónia


Para além disso, a CP realiza vários serviços nocturnos com uma velocidade máxima de 140 km/h. São serviços da categoria Internacional formados por composições de carruagens Talgo "Tren-hotel" alugadas à Renfe Operadora que inclui carruagem restaurante. Nesta categoria inserem-se dois serviços com destino a Espanha e França.




  • Sud-Expresso: serviço operado em exclusivo pela CP que liga as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Hendaye (sentido ascendente) e Irún e Lisboa-Santa Apolónia (sentido descendente). A ligação de e para Paris (Gare Montparnasse) é assegurada por TGV. Circula acoplado ao Lusitânia entre Lisboa e Medina del Campo (em Portugal este serviço é conhecido por Sud-Lusitânia) e é sempre a composição do lado norte. Este serviço é apenas operado pela CP e circula pela Linha do Norte e da Beira Alta.


  • Lusitânia: serviço operado pela CP juntamente com a Renfe Operadora que liga as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Madrid-Chamartín. Circula acoplado ao Sud-Expresso entre Lisboa e Medina del Campo (em Portugal este serviço é conhecido por Sud-Lusitânia) e é sempre a composição do lado sul. Este serviço circula pela Linha do Norte e pela Linha da Beira Alta.



Médio Curso |




Comboio regional na zona de Alcaria, na Linha da Beira Baixa


No Médio Curso realizam-se linhas, que podem receber subvenções, tanto individualmente para cada linha por vezes através dos municípios, como globalmente através de um acordo com o governo estatal conhecido como contrato-programa.​ Todos os serviços têm prestações parecidas, com classe única sem cafetaria a bordo e a possibilidade de utilizar bicicletas.



  • InterRegional: é o serviço mais rápido de entre os serviços de médio curso, efetuando paragens apenas nas estações das cidades e vilas de maior importância. Estes serviços efectuam-se nas linhas do Norte, Minho, Douro, Oeste e no Ramal de Tomar.


  • Regional: são os serviços locais da CP efectuam paragem em todas ou quase todas as estações e apeadeiros. São os únicos serviços de passageiros prestados na Linha do Leste, Linha do Vouga e nos troços Guarda-Vilar Formoso da Linha da Beira Alta, Lagos-Tunes e Faro-Vila Real de Santo António da Linha do Algarve. Também são prestados nas linhas do Norte, Minho, Douro, Beira Alta, Beira Baixa, Oeste, Alentejo e Ramal de Tomar. São operados pela CP Regional. Nesta categoria está incluída a rede de Via Estreita, da qual atualmente só está em operação a Linha do Vouga e o Ramal de Aveiro que foi herdada da Companhia do Vouga, da Companhia do Norte e da Companhia Nacional. A CP assegura um relevante serviço público através de um contrato de prestação de serviços para o Metro Ligeiro de Mirandela, uma empresa onde detém uma participação minoritária e que foi criada após o encerramento da própria operação da CP na Linha do Tua.



Comboios do serviço regional de Via Estreita no Vouga.


Para além disso, a CP realiza vários serviços de Médio Curso, incluídos na categoria Internacional, que abrangem percursos internacionais:




  • Celta: Serviço rápido entre Portugal e a Galiza, operado pela CP e pela RENFE, ligando as estações de Porto-Campanhã e Vigo-Guixar. Segue pela Linha do Minho e efectua paragens em Nine, Viana do Castelo e Valença, atravessando a fronteira pelo Ramal Internacional de Valença. Na estação galega, permite ligação aos serviços Regionais e de Longo Curso com destino à Corunha, Santiago de Compostela, Pontevedra e Ourense.


  • Raiano: Serviço internacional entre Portugal e a Estremadura operado pela CP, ligando diariamente o Entroncamento e Badajoz. Circula pela Linha da Beira Baixa e a Linha do Leste, este serviço efetua paragem em cidades importantes tais como Abrantes, Portalegre e Elvas.[67]



Urbanos |


Urbanos compõem-se de serviços de caminho-de-ferro suburbano que circulam no interior das grandes áreas metropolitanas.




Comboios do serviço de Urbanos em Lisboa.


Este serviço é prestado nas três maiores aglomerações urbanas portuguesas:



  • Urbanos do Porto: utilizam as linhas do Norte (Porto Campanhã-Aveiro), Douro (Porto São Bento-Caíde), Minho (Porto Campanhã-Nine), Guimarães (Lousado-Guimarães) e Ramal de Braga (Nine-Braga).



  • Urbanos de Coimbra: fazem o percurso entre as estações de Coimbra e da Figueira da Foz, utilizando partes do Ramal da Lousã (Coimbra - Coimbra B), da Linha do Norte (Alfarelos - Coimbra B), do Ramal de Alfarelos (Alfarelos - Bifurcação de Lares), da Linha do Oeste (Bifurcação de Lares - Figueira da Foz), (até 2011 também o Ramal da Figueira da Foz).


  • Urbanos de Lisboa: utilizam as linhas do Norte, Cintura, Sintra, Cascais, Sul e Alentejo.



Turismo |


Além dos seus serviços regulares, a CP comercializa vários serviços turísticos ferroviários nas linhas do Douro e Vouga. Estes serviços são sazonais, funcionando unicamente durante o Verão.




  • Comboio Histórico do Douro: Serviço efectuado pela locomotiva a vapor CP 0186 na Linha do Douro entre as estações da Régua e do Tua[68], tem tido um sucesso crescente nos últimos anos, o que conduziu a CP a alargar a oferta deste serviço.[69]


  • MiraDouro: Serviço efetuado por uma locomotiva diesel 1400 e carruagens Schindler reabilitadas, foi lançado em 2017 com vista a reforçar a oferta na Linha do Douro.[70][71] Na primeira temporada, circulou entre a estação de Porto São Bento e a estação do Tua com um sucesso assinalável. No entanto, na segunda temporada em 2018 foi encurtado à estação da Régua, consequência das dificuldades operacionais da CP nesse período,[72] o que gerou uma queda abrupta do número de passageiros.


  • Comboio Histórico do Vouga: Serviço efetuado pela locomotiva a diesel, restaurada nas suas cores originais, CP 9004. Foi lançado em 2017 com o objectivo de dinamizar a Linha do Vouga, circula entre a estação de Aveiro e de Macinhata do Vouga, incluindo uma visita ao museu ferroviário existente nesta localidade.[73] O enorme sucesso da primeira temporada, tendo sido registadas taxas de ocupação de 100%, levou a CP a aumentar a oferta e o número de circulações em 2018.[74][75]



Conselho de Administração |




Bilhete da CP


O Presidente do Conselho de Administração é o responsável máximo da empresa, liderando uma equipa geralmente constituída por cinco membros, contando com o próprio Presidente. Os membros do conselho de administração são nomeados diretamente pelo ministro da tutela e exercem geralmente um mandato trianual.


Sendo um cargo de confiança política, os nomeados são geralmente membros ou independentes próximos dos dois partidos que se alternam na chefia do Governo de Portugal, o PS e o PSD.


O atual Presidente do Conselho de Administração é Carlos Nogueira, que sucedeu a Manuel Queiró em Julho de 2017.


Acompanham-no os vogais Sérgio Abrantes Machado e Ana Maria dos Santos Malhó.


Esta administração tem como missão "o desenvolvimento de uma política que contribua para a coesão territorial do país, a renovação estratégica do material circulante e a reestruturação orgânica da empresa", segundo um comunicado do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.[76]






























































































Titular

Partido Político

Mandato
Francisco Neto de Carvalho Ind. 1969—1974
Walter Rosa PS 1974—1975
José Augusto Fernandes Ind. 1975—1976
Amílcar Marques Ind. 1976—1980
José Ricardo Marques da Costa Ind. 1980—1982
António Queirós Martins PSD 1982—1986
Carvalho Carreira PSD 1986—1993
Pedro Alves PSD 1993—1994
António Brito da Silva PSD 1994—1996
Manuel Frasquilho Ind. 1996—1997
Crisóstomo Teixeira PS 1997—2003
Ernesto Martins de Brito PSD 2003—2004
António Ramalho PSD 2004—2006
Francisco Cardoso dos Reis PS 2006—2010
José Benoliel Ind. 2010—2013
Manuel Queiró CDS-PP 2013—2017
Carlos Nogueira
Ind.
2017—presente


Ver também |



  • RAVE

  • Conselho de Administração da CP

  • REFER

  • Interrail

  • Alfa Pendular

  • Intercidades

  • Comboio inter-regional

  • Comboio regional

  • Comboio urbano




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre a empresa Comboios de Portugal



Referências




  1. abcdefgh TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016 


  2. ab OJANGUREN, Arturo E. Sanchez (Dezembro de 1979). «Portugal se Esfuerza en la Modernizacion de sus Ferrocarriles». Via Libre (em espanhol). 16 (191). Madrid: Gabinete de Información y Relaciones Externas de RENFE. p. 16 


  3. abcdef REIS et al, 2006:62-63


  4. Martins et al, 1996:63, 64


  5. TAVARES, 2000:107


  6. ab MARTINS et al, 1996:70


  7. «Decreto-Lei n.º 104/97, de 29 de Abril». Diário da República — I série-A. 29 de abril de 1997. Consultado em 11 de fevereiro de 2019 


  8. PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 137-A, de 5 de Junho de 2009. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Publicado no Diário da República n.º 112, Série I, de 12 de Junho de 2009


  9. MARTINS et al, p. 16


  10. MARTINS et al, 1996:18


  11. «Linhas portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (337). 1 de Janeiro de 1902. p. 11. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016 


  12. «Orçamento da Companhia Real» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (340). 16 de Fevereiro de 1902. p. 51. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016 


  13. REIS et al, 2006:13


  14. REIS et al, 2006:66


  15. abcde REIS et al, 2006:63


  16. REIS et al, 2006:100


  17. abcdef REIS et al, 2006:102


  18. MARTINS et al, 1996:68


  19. MARTINS et al, 1996:69


  20. abc «A modernização e reconversão da CP». Comboios de Portugal. Consultado em 14 de junho de 2017 


  21. «PARABÉNS FERNAVE!». www.fernave.pt (em inglês). Consultado em 1 de setembro de 2017 


  22. «A Empresa – EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário S.A.». www.emef.pt. Consultado em 28 de julho de 2017 


  23. ««252 y 5600: Automotoras de Alta Velocidad»». Maquetren. 1993 


  24. «CP - Caminhos de Ferro Portugueses (Portuguese Railways)». 29 de janeiro de 1997. Consultado em 24 de junho de 2017 


  25. Território, Ministério Do Equipamento, Do Planeamento E Da Administração Do. «Decreto-lei 104/97, de 29 de Abril». Diários da República 


  26. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  27. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  28. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  29. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  30. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  31. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  32. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 14 de junho de 2017 


  33. «Porto-Lisboa em duas horas e meia... mas só para VIP». PÚBLICO 


  34. Portugal, Comboios de. «CP.PT | Comboios de Portugal». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2017 


  35. «Alfa Pendular inicia ligações Braga-Faro». PÚBLICO. Consultado em 27 de julho de 2017 


  36. «CP apresenta novos comboios suburbanos». PÚBLICO 


  37. «Transportes XXI • Portal » Notícias». www.transportes-xxi.net. Consultado em 31 de agosto de 2017 


  38. «Transportes XXI • Portal » Notícias». www.transportes-xxi.net. Consultado em 31 de agosto de 2017 


  39. «Transportes XXI • Portal » Notícias». www.transportes-xxi.net. Consultado em 31 de agosto de 2017 


  40. «Transportes XXI • Portal » Notícias». www.transportes-xxi.net. Consultado em 30 de agosto de 2017 


  41. «Transportes XXI • Portal » Notícias». www.transportes-xxi.net. Consultado em 31 de agosto de 2017 


  42. «Comboios de Portugal : Fujitsu Portugal». www.fujitsu.com. Consultado em 27 de julho de 2017 


  43. Cipriano, Carlos. «Transportadora pagará 5,35 milhões de euros por ano. CP aluga comboios espanhóis por 30 milhões de euros». PÚBLICO 


  44. Lusa, Agência. «CP aumenta em 6,3% número de passageiros em 2017 para 122 milhões». Observador. Consultado em 23 de março de 2018 


  45. abc Cipriano, Carlos (2 de fevereiro de 2011). «Portugal perdeu 43 por cento dos passageiros de comboio em 20 anos». Público. Consultado em 11 de fevereiro de 2019 


  46. Group, Global Media (27 de julho de 2012). «CP perde seis milhões de passageiros em seis meses». JN 


  47. «Comboios a abarrotar: mais 2,3 milhões de passageiros de janeiro a abril». Jornal Expresso 


  48. «CP aumenta em 6,3% número de passageiros em 2017 para 122 milhões». Jornal Expresso 


  49. abcde «Relatório e Contas CP 2006 (Síntese de gestão)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2007. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  50. ab «Relatório e Contas CP 2007 (Síntese de gestão)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2008. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  51. abcdef «Relatório e Contas CP 2008 (Síntese de gestão)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2009. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  52. abcde «Relatório e Contas CP 2009 (Síntese de gestão)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2010. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  53. ab «Relatório e Contas CP 2010 (Atividade da empresa)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2011. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  54. abcdefghij «Relatório e Contas CP 2011 (Relatório de gestão)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2012. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  55. ab «Relatório e Contas CP 2012 (Relatório de gestão)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2013. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  56. abcdef «Relatório e Contas CP 2013» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2014. Consultado em 16 de Fevereiro de 2018 


  57. abcdef «Relatório e Contas da CP (2014)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, EPE. 2015. Consultado em 24 de junho de 2017 


  58. abcdefg CP. «Relatório & Contas 2015» (PDF). Consultado em 30 de julho de 2016 


  59. abcdef «Relatório e Contas CP 2016» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2017. Consultado em 16 de fevereiro de 2018 


  60. abcdef «Relatório e Contas CP 2017» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. Novembro de 2018. Consultado em 1 de Dezembro de 2018 


  61. abcd «Relatório e Contas CP 2012 (Analise económica e financeira)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2013. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 


  62. abc «Relatório e Contas CP 2006 (Gestão financeira)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2007. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 


  63. abc «Relatório e Contas CP 2007 (Gestão Financeira)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2008. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 


  64. «Relatório e Contas CP 2008 (Gestão financeira)» (PDF). CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 2009. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 


  65. «Relatório e Contas CP 2009 (Gestão financeira)» (PDF). CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 2010. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 


  66. Cipriano, Carlos. «Comboios vão voltar a circular entre a Covilhã e Guarda». PÚBLICO 


  67. «CP reabre Linha do Leste na sua totalidade». TransportesEmRevista. Consultado em 28 de março de 2018 


  68. Portugal, Comboios de. «Comboio Histórico do Douro». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2018 


  69. «Comboio histórico do Douro: crónica de um sucesso anunciado – Portugal Ferroviario». portugalferroviario.net. Consultado em 20 de outubro de 2018 


  70. Portugal, Comboios de. «MiraDouro». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2018 


  71. Carvalho, Ana Rita. «O "charmoso" comboio dos 40 regressa às linhas do Douro». PÚBLICO 


  72. Cipriano, Carlos. «CP reduz oferta de comboios turísticos neste Verão». PÚBLICO 


  73. Portugal, Comboios de. «Comboio Histórico do Vouga». CP.PT | Comboios de Portugal (em inglês). Consultado em 20 de outubro de 2018 


  74. Cipriano, Carlos. «Vouguinha volta a 30 de Junho e fica até Outubro». PÚBLICO 


  75. «Mais um ano de comboio histórico. E agora? - Notícias de Aveiro». Notícias de Aveiro. 10 de outubro de 2018 


  76. «Carlos Gomes Nogueira será o novo presidente da CP» 



Bibliografia |




  • TAVARES, João Fernando Cansado (2000). 100 Obras de Arquitectura Civil no Século XX. Portugal. Lisboa: Ordem dos Engenheiros. 286 páginas. ISBN 972-97231-7-6 


  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público - Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X  !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas  !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)



Ligações externas |


Mais informações nos sites oficiais das empresas/entidades



  • Operador Ferroviário Português - CP - Comboios de Portugal, E.P.E.

  • Gestor das Infraestruturas Ferroviárias Portuguesas - IP - Infraestruturas de Portugal, S.A.

  • Entidade Reguladora do Sector Ferroviário Português - IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.

  • Material de Longo curso - Transportes XXI: CP- Longo Curso - Jul. 2012
































































































































































































Popular posts from this blog

flock() on closed filehandle LOCK_FILE at /usr/bin/apt-mirror

Mangá

 ⁒  ․,‪⁊‑⁙ ⁖, ⁇‒※‌, †,⁖‗‌⁝    ‾‸⁘,‖⁔⁣,⁂‾
”‑,‥–,‬ ,⁀‹⁋‴⁑ ‒ ,‴⁋”‼ ⁨,‷⁔„ ‰′,‐‚ ‥‡‎“‷⁃⁨⁅⁣,⁔
⁇‘⁔⁡⁏⁌⁡‿‶‏⁨ ⁣⁕⁖⁨⁩⁥‽⁀  ‴‬⁜‟ ⁃‣‧⁕‮ …‍⁨‴ ⁩,⁚⁖‫ ,‵ ⁀,‮⁝‣‣ ⁑  ⁂– ․, ‾‽ ‏⁁“⁗‸ ‾… ‹‡⁌⁎‸‘ ‡⁏⁌‪ ‵⁛ ‎⁨ ―⁦⁤⁄⁕