Julian Assange












































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Julian Assange


Julian Assange na Embaixada do Equador em Londres (2014)
Nome completo
Julian Paul Assange
Conhecido(a) por
ser o principal porta-voz do site WikiLeaks
Nascimento

3 de julho de 1971
Townsville, Queensland
 Austrália
Nacionalidade

Australiana, Equatoriana
Ocupação

jornalista e ciberativista


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Julian Paul Assange (Townsville, 3 de julho de 1971) é um jornalista, escritor[1] e ciberativista australiano, que também possui cidadania equatoriana. É um dos nove membros do conselho consultivo do WikiLeaks, um wiki de denúncias e vazamento de informações. É também o principal porta-voz do website.


Assange estudou matemática e física, foi programador e hacker, antes de se tornar porta-voz e editor-chefe do WikiLeaks. Fundou o WikiLeaks em 2006 e faz parte do seu conselho consultivo. Politicamente, Assange se define como libertário, afirmando que "Eu sou um grande fã de Ron Paul. (…) Os membros da família Paul são os mais fortes apoiadores da luta contra o ataque dos EUA ao WikiLeaks e a mim. (…) A única esperança atualmente na política são os libertários."[2]


Ganhou seu primeiro computador aos 16 anos e logo descobriu habilidade para invadir sistemas. Só na Austrália, enfrentou 30 acusações de pirataria, mas pagou multa pelos danos causados e se livrou da prisão.[3]


Por seu trabalho no WikiLeaks ganhou outros prêmios, como o Sam Adams Award e o Index on Censorship do The Economist em 2008, além de ter sido considerado o "homem do ano" pelo jornal francês Le Monde em 2010. Neste ano, após o vazamento da vasta massa de documentos sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Guerra do Afeganistão e na Guerra do Iraque pelo Exército dos Estados Unidos, sua fama cresceu. Em 2011 foi incluído na lista da revista Time como um dos 100 mais influentes do planeta.


Em 30 de novembro, foi acusado de estupro e abuso sexual na Suécia e a Interpol o colocou em sua lista de procurados.


No dia 7 de dezembro, em Londres, Assange apresentou-se à Polícia Metropolitana e negou a veracidade das acusações contra ele, sendo liberado nove dias depois.[4] Em 31 de maio de 2012, a corte suprema do Reino Unido anunciou sua decisão a favor da extradição de Julian Assange para a Suécia.[5]


Assange perdeu a cidadania sueca [6] e temia que, tão logo chegasse à Suécia, pudesse ser extraditado para os Estados Unidos e processado por espionagem, fraude e abuso de computadores. A Suécia tem um amplo acordo de extradição com os EUA.[7][8] O fundador do WikiLeaks já havia admitido a possibilidade de vir a ser assassinado numa prisão norte-americana, na hipótese de ser extraditado para os Estados Unidos.[9] Por isso, o chanceler do Equador, Ricardo Patiño, disse, em entrevista à BBC, que seu governo pediu à Suécia "que garantisse que Assange não seria extraditado para os Estados Unidos". Segundo ele, "há declarações de autoridades dos EUA (...) que mostram que ele (Assange) deve ser considerado como um inimigo não armado, como um objeto a destruir. É evidente em uma grande lista de casos concretos que o objetivo é levar Assange e condená-lo."[10]


No caso de extradição para os EUA, Assange enfrentará pelo menos a prisão perpétua, dizem especialistas, lembrando a história do suposto informante do WikiLeaks, o soldado Bradley Manning.[11] Manning, que está preso na base naval de Quantico, foi mantido nu, em isolamento, impedido de dormir, sob iluminação direta e vigilância de câmeras 24 horas por dia. Trata-se do que a CIA chama de "tortura sem contato" (no-touch torture)[12]


Apesar de ter sido permanentemente monitorado[nota 1], no dia 19 de junho de 2012, Assange conseguiu entrar na embaixada do Equador em Londres, onde pediu (e obteve) asilo político.[13] O governo do Reino Unido ameaçou, por carta, invadir a embaixada, nos seguintes termos: "É preciso adverti-los de que há base legal, no Reino Unido – a Lei sobre Instalações Diplomáticas e Consulares, de 1987 (Diplomatic and Consular Premises Act) – autorizando-nos a agir para prender o Sr. Assange, nas instalações da embaixada. Esperamos sinceramente não chegar a tal ponto, mas se vocês não foram capazes de resolver o assunto da presença do Sr. Assange em suas instalações, há uma opção aberta para nós".[14] O governo britânico também afirmou que não daria salvo-conduto ao australiano para sair da embaixada,[15] o que poderia eternizar a sua permanência no prédio - considerado território equatoriano, segundo a lei internacional.[16][17] Representantes do governo equatoriano informaram que pretendiam apelar para a Corte Penal Internacional, se o Reino Unido não permitisse que Julian Assange deixasse livremente o país.[18]


Em outubro de 2015, a Scotland Yard cancelou todas as operações de vigilância permanente, mantidas desde 19 de junho de 2012, em torno da Embaixada do Equador, em Londres.[6] Em dezembro do mesmo ano, o Equador e a Suécia assinaram, em Quito, um acordo de cooperação judicial que deverá facilitar o interrogatório de Julian Assange, além de garantir a aplicação dos princípios do direito internacional e o respeito às legislações dos dois países, particularmente os relativos aos direitos humanos. A promotoria sueca solicitou ao Equador licença para interrogar Assange na embaixada equatoriana em Londres, sobre caso de abuso sexual contra ele. Uma vez obtidas todas as autorizações, o interrogatório será liderado pela promotora Ingrid Isgren, em data a ser definida. Em janeiro de 2016, o chanceler do Equador, Ricardo Patiño, declarou que a prolongada estadia na legação equatoriana tem causado danos físicos e psicológicos a Assange, que não pode deixar o edifício nem mesmo para fazer uma tomografia solicitada por seus médicos.[19]


Em 5 de fevereiro de 2016, o Grupo de Trabalho sobre Detenções Arbitrárias da ONU – que analisa e conclui se os governos cumprem ou não suas obrigações em matéria de direitos humanos – divulgou parecer segundo o qual Julian Assange está sendo detido ilegalmente pelo Reino Unido e pela Suécia.[20] O Grupo de Trabalho baseia suas decisões na Convenção Europeia sobre Direitos Humanos e em três outros tratados de cumprimento obrigatório por seus signatários. Tanto o Reino Unido quanto a Suécia participaram da investigação do Grupo de Trabalho, que durou 16 meses.[21] O Grupo de Trabalho concluiu que Assange foi privado de liberdade em três ocasiões: primeiro, quando foi detido na prisão de Wandsworth, em Londres; depois, quando permaneceu em prisão domiciliar, e, finalmente, quando foi confinado à embaixada do Equador.[22] As conclusões do Grupo de Trabalho foram rejeitadas pelos promotores britânicos e suecos,[23] tendo sido consideradas "ridículas" pelo Ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond.[24]




Índice






  • 1 Primeiros anos


    • 1.1 Família e infância


    • 1.2 Hacker


    • 1.3 Custódia do filho




  • 2 WikiLeaks


  • 3 Prêmios


  • 4 Acusações e prisão


  • 5 Revelações de Vigilância global sobre o caso Assange


  • 6 Recebe asilo do Equador


    • 6.1 "Não atire no mensageiro"


    • 6.2 WikiLeaks indica que Hillary Clinton queria matar Assange com drone




  • 7 Apoio a Assange


    • 7.1 Celebridades


    • 7.2 Políticos




  • 8 Ver também


  • 9 Notas


  • 10 Notas e referências


  • 11 Ligações externas





Primeiros anos |



Família e infância |


Nasceu em Townsville, e passou grande parte de sua juventude vivendo em Magnetic Island.[25]


Seus pais trabalhavam numa companhia de teatro itinerante. Em 1979, sua mãe, Christine,[26] casou; seu marido era músico e fazia parte do grupo New Age conduzido por Anne Hamilton-Byrne. O casal teve um filho, mas se separou em 1982 e travou uma disputa pela custódia do meio irmão de Assange. Sua mãe, então, levou os dois filhos para esconderijos pelos cinco anos seguintes. Assange mudou várias vezes de lugar durante sua infância, frequentando várias escolas diferentes, às vezes estudando em casa, e depois frequentando diversas universidades da Austrália.[27]



Hacker |


Em 1987, após completar 16 anos, Assange começou a "hackear" sob o nome "Mendax" (derivado de uma frase em latim, atribuída a Horácio: splendide mendax,[28] que significa "esplêndido mentiroso").[29] Ele e mais dois outros hackers se uniram para formar um grupo chamado International Subversives ("Subversivos Internacionais"). Assange relembra as regras da subcultura: "Não danificar os sistemas de computador que você acessar (incluindo cometer falhas neles); não alterar as informações contidas nesses sistemas (exceto para alterar registros a fim de cobrir seus traços de acesso), e compartilhar informações."[29]


Em 1991 a Polícia Federal Australiana invadiu sua casa em Melbourne, e ele foi acusado de ter acessado os computadores de uma universidade australiana, da Nortel canadense e de outras organizações, via modem.[29] Em 1992, ele se declarou culpado de 24 acusações de hacking e foi libertado sob fiança por bom comportamento, depois de ser multado em AU$2100.[29]


Em uma entrevista à Forbes, Assange comentou: "É um pouco chato, na verdade. Porque eu escrevi um livro sobre isso [ser hacker], existem documentários sobre isso, as pessoas falam muito sobre isso. Elas podem cortar e colar. Mas isso foi há 20 anos. É muito irritante ver artigos modernos me chamando de hacker de computador. Eu não me envergonho disso, estou muito orgulhoso disso. Mas eu entendo a razão pela qual sugerem que eu sou um hacker de computador agora. Há uma razão muito específica."[30]


No final de 2012, o fundador do site WikiLeaks, ainda, refugiado na embaixada do Equador em Londres, anunciou que em março de 2013, publicaria um livro intitulado "Manual da Rebelião: como somos vigiados pela Internet".[31] O livro, do qual são coautores Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann, acabou ficando pronto mais cedo e ganhou um outro título: Cypherpunks: Freedom and the Future of the Internet (no Brasil, Cypherpunks - Liberdade e o futuro da Internet, Boitempo Editorial).[32] Nele são discutidas questões como a possível transformação da Internet em mero instrumento de controle, a serviço do poder político e econômico. "A Internet, nossa maior ferramenta de emancipação, está sendo transformada no mais perigoso facilitador de totalitarismo que já vimos," diz o texto.[33][34] Assange prevê uma futura onda de repressão na esfera on-line que pode transformar a internet em uma ameaça aos direitos fundamentais da pessoa. O cerco ao WikiLeaks e a ativistas da Internet, as tentativas de introduzir uma legislação contra o compartilhamento de arquivos, como o Sopa e o Acta indicariam essa tendência a permitir que "governos e grandes empresas descubram cada vez mais sobre os usuários da Internet e escondam as próprias atividades, sem precisar prestar contas de seus atos."[35] Segundo ele, "hoje, o Google sabe mais sobre você que sua mãe. Esse é o maior roubo da história".[36].



Custódia do filho |


Em 1989 Assange passou a viver com sua namorada, com quem teve um filho, Daniel Assange.[37] Mas, após a invasão da casa pela polícia, em 1991, ela partiu, levando consigo o filho do casal.[38] Todo o processo levou Assange e sua mãe a fundarem o Parent Inquiry into Child Protection ("Investigação Paterna para Proteção à Criança"), um grupo ativista centrado na criação de um "banco de dados central" para informações sobre processos de custódia de crianças na Austrália - informações que, de outra forma, seriam inacessíveis.[38]



WikiLeaks |


Em 2006, fundou o WikiLeaks. Esteve envolvido nas publicações de documentos sobre execuções extrajudiciais no Quênia, e isso lhe garantiu o prêmio Amnesty International Media Award de 2009. Também publicou documentos sobre resíduos tóxicos na África, tratamento dado aos prisioneiros da Prisão de Guantánamo e outros.[39] .


Em 2010, o WikiLeaks publicou detalhes sobre o envolvimento dos Estados Unidos nas guerras do Afeganistão e Iraque. Em 28 de novembro do mesmo ano, WikiLeaks e seus cinco parceiros de mídia, El País, Le Monde, Der Spiegel, The Guardian e The New York Times, começaram a publicar os telegramas secretos da diplomacia dos EUA.[40]


Em março de 2011, os estúdios DreamWorks (de Steven Spielberg) compraram os direitos do livro WikiLeaks: Inside Julian Assange's War on Secrecy (no Brasil, publicado como WikiLeaks - A guerra de Julian Assange contra os segredos de estado), dos jornalistas David Leigh e Luke Harding, do jornal britânico The Guardian.[41]
O filme americano de 2013 The Fifth Estate (no Brasil, O Quinto Poder[42]) foi baseado nos livros Inside WikiLeaks: My Time with Julian Assange at the World's Most Dangerous Website, escrito por um ex-porta-voz do site, e no referido WikiLeaks: Inside Julian Assange's War on Secrecy, e conta, numa ótica pessoal, a história no site WikiLeaks.


Em 2012 Julian Assange apresentou um programa de entrevistas intitulado O mundo Amanhã, entrevistando várias personalidades importantes e muitas vezes controversas dos mundos intelectual e político, incluindo Rafael Correa, Noam Chomsky, Tariq Ali, Moazzam Begg e outros.[43], apresentado na Russia Today e noticiado em 14 de abril de 2012, antes do lançamento, pela CNN.[44]



Prêmios |


Assange ganhou o Amnesty International UK Media Awards de 2009, por ter exposto os assassinatos extrajudiciais no Quênia.[45] Ao receber o prêmio, declarou: "É um reflexo da coragem e da força da sociedade civil queniana que esta injustiça tenha sido documentada. Através do trabalho enorme de organizações como a Fundação Oscar, o KNHCR, Mars Group Kenya e outros, tivemos o apoio fundamental de que precisávamos para expor estes assassinatos para o mundo."


Assange também ganhou o Index on Censorship do Economist de 2008.[46]


Em 2010, ganhou o Sam Adams Award, prêmio concedido àqueles que aliam ética e inteligência a agências inteligentes.[47][48]


Em setembro de 2010, Assange foi votado como uma das 50 figuras mais influentes de 2010 pela New Statesman, ficando em 23º lugar.[49]


Além disso, algumas comunidades da Internet promoveram a indicação de Julian Assange para o Prêmio Nobel da Paz 2011, pela fundação do WikiLeaks.[50]


Em 2014, foi homenageado com a Medalha Chico Mendes de Resistência entregue pelo grupo de direitos humanos brasileiro Tortura Nunca Mais.[51]



Acusações e prisão |




Julian Assange em 2014.


Em agosto de 2010, um mês depois da divulgação, pelo WikiLeaks, de documentos secretos do Exército americano sobre a Guerra do Afeganistão, a Justiça da Suécia expediu dois mandados de prisão contra Assange, um deles por estupro e o outro, por agressão sexual. Assange estava então na Suécia para uma série de palestras, depois que o Partido Pirata local aceitou acolher vários servidores do Wikileaks, diante da perseguição das autoridades dos Estados Unidos. Enquanto a Polícia sueca procurava Assange, surgiam, na Internet, denúncias sobre uma possível conspiração contra ele.[52] A mulher no centro da alegação, disse à polícia que fez sexo consensual com Assange, mas acordou na manhã seguinte e percebeu que ele estava fazendo sexo com ela outra vez, sem o seu consentimento e sem o uso de preservativo.[53]
Pouco depois, a Justiça sueca anunciou a retirada da ordem de prisão.[54]


O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, declarou que qualquer insinuação sobre uma eventual conspiração do Departamento de Defesa dos Estados Unidos contra Assange é "absurda".[55]


Em 1 de setembro a justiça da Suécia reabriu o processo de estupro e agressão sexual contra Assange. No dia 20 de novembro, as autoridades suecas pediram à Interpol que ele fosse capturado, com fins de extradição.[56].


Em 28 de novembro o WikiLeaks voltou à carga, divulgando mais de 250 mil documentos diplomáticos confidenciais do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Os documentos revelam, por exemplo, como o governo dos EUA, mais precisamente Hillary Clinton,[carece de fontes?] deu instruções a seus diplomatas para que atuassem como espiões e recolhessem informações sobre líderes políticos e nas Nações Unidas, inclusive dados biométricos e cartão de crédito do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.[carece de fontes?] Como sempre, as informações foram repassadas a cinco grandes jornais do mundo, dentre os quais, The New York Times, Le Monde e The Guardian.


Dois dias depois, em 30 de novembro, a Interpol distribuiu em 188 países, uma notificação vermelha, isto é, um chamado àqueles que souberem do paradeiro de Assange, para que entrem em contato com a polícia. O advogado de Assange, Mark Stephens, declarou ser "muito incomum" que se emita uma notificação vermelha em casos semelhantes ao do seu cliente. Stephens observou também que o promotor sueco pediu que Assange seja detido sem acesso a advogados, a visitantes ou a outros presos.[57]


No mesmo dia, Spiegel Online noticiou que um grupo de antigos companheiros de Assange, que discorda da sua orientação e do seu estilo supostamente autocrático, teria planos de lançar outra organização, semelhante à WikiLeaks, ainda em dezembro.[58].


Em 7 de dezembro de 2010, às 9h30 no horário local, Julian Assange apresentou-se à Polícia Metropolitana, em Londres. Ele negou a acusação de crimes sexuais contra duas mulheres na Suécia. Até então não havia indiciamento.[4][59] O fundador da organização esteve no presídio de Wandsworth até o dia 16 de dezembro e esperou em liberdade condicional por uma nova audiência de extradição.[60][61][62]


A acusação da Justiça sueca contra Julian Assange é a de que, durante uma sessão de sexo consensual, seu preservativo se rompeu, tendo sido retirado – o que na Suécia é equivalente a estupro (pena de dois anos de prisão). Uma das denunciantes, Anna Ardin (a outra é Sofia Wilen)[63], alega que Assange rompeu a camisinha de propósito.[64] Ardin é cubana, anticastrista, e consta que trabalhou para ONGs financiadas pela CIA.[65][66][67]


Em 14 de dezembro Julian Assange foi julgado por um tribunal de Londres, obtendo sua libertação mediante o pagamento de fiança no valor de 200 mil libras. Além de ter que entregar seu passaporte, ele fica obrigado, até a próxima audiência do caso (marcada para 11 de janeiro de 2011), a viver sob toque de recolher e a usar uma pulseira dotada de um dispositivo eletrônico que indica sua localização. A decisão foi anunciada pelo juiz Howard Riddle, da corte de Westminster. A princípio, foi informado por Mark Stephens, advogado de Assange, que os representantes do ministério público da Suécia não pretendiam apelar da sentença.[68] Todavia, posteriormente, a advogada Gemma Lindfield informou à Corte de Magistrados da cidade de Westminster que os promotores suecos desejam apelar da ordem de fiança, o que deveria ocorrer no prazo de 48 horas.[69] Desde o dia 7, Assange ficou detido em uma cela de isolamento na prisão de segurança máxima de Wandsworth, onde teve a correspondência censurada. Sua mãe, Christine Assange, falou por telefone durante dez minutos com ele e recebeu uma mensagem, depois transmitida ao canal de televisão australiano Seven Network: "Faço um apelo a todo o mundo para que meu trabalho e meus seguidores sejam protegidos desses ataques ilegais e imorais", dizia um trecho da mensagem.


Em 16 de dezembro de 2010 Assange foi libertado pela justiça britânica, após a negação do recurso da promotoria sueca contra sua liberdade condicional. Enquanto isso, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos busca provar que Assange encorajou ou ajudou o soldado Bradley Manning a extrair do sistema de computadores do governo material militar reservado e arquivos do Departamento de Estado. Com isso, as autoridades americanas pretendem processar o fundador do WikiLeaks por conspiração.[70]


Segundo o escritor e advogado constitucionalista norte-americano Glenn Greenwald, caso os EUA consigam processar Assange com base na lei de espionagem, de 1917, e na lei de fraude e abuso de computadores, de 1986, jornalistas ficarão mais vulneráveis a ações judiciais. Além disso, segundo o advogado, o caso pode gerar algum tipo de repressão ou censura na Internet. "As pesquisas com o público americano mostram que a maioria acredita que o WikiLeaks causou mais danos do que benefícios e que Assange deve ser encarcerado. Os governos sempre querem controlar a Internet. A razão pela qual não podem fazer isso é a oposição pública. O compromisso do WikiLeaks com a transparência pode aumentar o apoio público ao controle da Internet."[71]


Em 24 de fevereiro de 2011, o juiz britânico Howard Riddle determinou a extradição de Assange para a Suécia. Ele afirmou que contestaria a decisão, considerando que o veredito teria tido motivação política, sem uma análise adequada das acusações feitas contra ele durante o processo. A defesa alegou que Assange não receberia um julgamento justo na Suécia por causa das fortes críticas feitas pelo primeiro-ministro daquele país, Fredrik Reinfeldt, ao acusado.[72]


Em 31 de maio de 2012, a corte suprema do Reino Unido anunciou sua decisão a favor da extradição de Julian Assange para a Suécia. Em 19 de junho, ele se refugiou na embaixada do Equador em Londres, na esperança de obter asilo político daquele país. Caso o fundador do WikiLeaks seja extraditado para a Suécia, o mais certo é que seja posteriormente extraditado para os Estados Unidos, onde deve ser julgado por espionagem, em consequência da publicação de 250 mil documentos diplomáticos norte-americanos.[13] No caso de extradição para os Estados Unidos, seus advogados temem que ele possa ser enviado para a Prisão de Guantánamo.[73] Assange contratou o jurista espanhol Baltasar Garzón para assessorá-lo na busca asilo político no Equador. Garzón, mundialmente reconhecido por sua defesa dos direitos humanos, ganhou maior notoriedade famoso por ter sido o juiz que ordenou a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, em 1998.[74]



Revelações de Vigilância global sobre o caso Assange |


Investigadores das acusações contra Julian Assange, fundador de Wikileaks[75][76] suspeitam que ele pode ter sido vitima de uma armadilha sexual planejada por servicos de inteligência, sobretudo depois da revelação por Edward Snowden, dos documentos sobre as estrategia e objetivos da CIA a serem usados contra Wikileaks[77][78] e Julian Assange.[79][80]



Recebe asilo do Equador |


No dia 16 de agosto de 2012, o presidente do Equador, Rafael Correa, confere asilo diplomático a Assange.[81] Entretanto, o Reino Unido ameaça invadir a embaixada equatoriana em Londres. O Conselho de Ministros das Relações Exteriores da UNASUL, em reunião extraordinária, na cidade de Guayaquil, em 19 de agosto de 2012, decidiu apoiar o governo soberano de Rafael Correa, do Equador, em relação à decisão tomada pelo país de oferecer asilo diplomático a Assange e repudiou a ameaça por parte do governo do Reino Unido contra a embaixada do Equador em Londres[82].


Recebeu asilo do Equador, mas não pôde deixar o prédio da Embaixada em Londres e seguir para o aeroporto e mudar-se de vez para Quito. Certamente, seria preso antes de cruzar a rua. De um pedacinho do Equador no Reino Unido, segue firme em sua luta por liberdade.[3] Em outubro de 2015, a Scotland Yard terminou sua operação multimilionária de vigilância 24 horas da embaixada equatoriana.[83]



"Não atire no mensageiro" |





"Não atire no mensageiro": manifestação diante da prefeitura de Sydney, em apoio a Julian Assange, 10 de dezembro de 2010.


A prisão de Julian Assange, bem como as atividades mais recentes do WikiLeaks, geraram pronunciamentos de pessoas públicas. Thomas Flanagan, assessor do primeiro-ministro canadense Stephen Harper, numa entrevista à CBC News, recomendou a Barack Obama que oferecesse uma recompensa a quem matasse o fundador do Wikileaks ou que usasse "um drone para acabar com ele".[84][85][86]


Já o senador republicano Mitch McConnell declarou, durante entrevista no programa Meet The Press da NBC: "Acho que esse homem [Assange] é um terrorista high tech. Ele causou um enorme dano ao nosso país. E eu penso que ele deva ser processado até que sejam esgotados todo os limites da lei; e se [esses limites] forem um problema, é preciso mudar a lei."[87]


O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 19 de dezembro, também declarou à rede de televisão NBC que o Departamento de Justiça explora vias legais para deter Julian Assange. Paralelamente à via judicial, há iniciativas que visam estrangular tecnicamente e financeiramente o WikiLeaks. O Bank of America, seguindo os passos da MasterCard, Visa, PayPal e Amazon , anunciou que deixará de processar transações relacionadas com o WikiLeaks.[88]



WikiLeaks indica que Hillary Clinton queria matar Assange com drone |


Documentos confidenciais obtidos pelo site True Pundit e divulgados em outubro de 2016 mostram que a democrata Hillary Clinton havia considerado usar um drone para assassinar Julian Assange. Também foi considerada uma recompensa de US$ 10 milhões para qualquer pessoa que conseguisse capturar e extraditar o delator para os Estados Unidos.[89]



Apoio a Assange |



Celebridades |


O cineasta inglês Ken Loach, a milionária Jemima Khan e o jornalista investigativo australiano John Pilger tinham se oferecido para pagar a fiança de Assange e também compareceram à corte de Westminster no dia do julgamento. Michael Moore e Bianca Jagger também contribuíram para o pagamento. Além de dezenas de jornalistas, uma multidão de simpatizantes do ativista australiano se concentrou em frente ao tribunal londrino, recebendo com alegria a notícia de que ele seria posto em liberdade.[69][90] .



Políticos |


O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva prestou solidariedade a Assange e disse que ele é um exemplo do discurso livre.[91][92] O chefe da direção nacional do MST, João Paulo Rodrigues, organizou um abaixo-assinado e manifestações na porta da embaixada junto com outros movimentos sociais da ALBA.[93].


Vladimir Putin, quando primeiro-ministro da Rússia, declarou que a prisão de Assange é contra a democracia, que alguns países se "orgulham" de ter.[94]



Ver também |



  • Grupo Misto de Inteligência para Pesquisa de Ameaça

  • Campanhas EFFECT (CGHQ)

  • Edward Snowden

  • PRISM

  • NSA

  • O mundo Amanhã

  • Criptoanálise de mangueira de borracha


Notas




  1. O acusado esteve em prisão domiciliar, podendo sair apenas durante o dia e sendo obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica que monitorava todos os seus movimentos, em 2010.[5]



Notas e referências




  1. «Cyberpunks: FREEDOM and the FUTURE of the INTERNET» (PDF) (em inglês). resistir.info(livro disponível na íntegra). Consultado em 19 de janeiro de 2015 


  2. "As 7 Celebridades Que Você Provavelmente Não Sabe Que São Libertárias". Liberzone, 20 de Abril de 2014.


  3. ab "Mini-CV Julian Assange" (2014)


  4. ab Paul Owen, Caroline Davies, Sam Jones and agencies (7 de dezembro de 2010). «Julian Assange refused bail over rape allegations». The Guardian. Consultado em 7 de dezembro de 2010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)


  5. ab O que pode ocorrer com Julian Assange, por Natalia Viana. Outras Palavras, 1° de junho de 2012.


  6. ab Scotland Yard retira polícias da Embaixada onde está Julian Assange. Por Nuno Patrício. RTP, 12 de outubro de 2015]


  7. Os estranhíssimos "estupros" de Julian Assange, por Antonio Martins. Outras Palavras, 8 de dezembro de 2010.


  8. Equador dá asilo a Assange, e Reino Unido nega a liberação. Folha de S.Paulo, 17 de agosto de 2012.


  9. Assange admite ser morto se for extraditado para EUA. Lusa, 24 de dezembro 2010]


  10. Assange não poderá fazer declarações políticas, diz chanceler do Equador, por Paúl Mena Erazo. BBC, 16 de agosto de 2012.


  11. Assange será extraditado para a Suécia, por Alexandra Dibijeva e Polina Tchernitsa. Voz da Rússia, 31 de maio de 2012.


  12. Vergonhosa violência contra Bradley Manning, por Daniel Ellsberg. Outras Palavras, 12 de março de 2011.


  13. ab Garzón assume defesa de Assange e denuncia manipulação do processo. Outras Palavras, 26 de julho de 2012.


  14. Por que o Equador ofereceu asilo a Assange, por Mark Weisbrot. Outras Palavras, 16 de agosto de 2012.


  15. Assange will be refused safe passage even if Ecuador grants asylum - Foreign Office. RT, 16 de agosto de 2012.


  16. Equador rechaça ameaças e concede asilo a Assange. Carta Maior, 16 de agosto de 2012


  17. Caso Assange: Reino Unido já aplicou lei que permite invasão de embaixadas, por Roberto Almeida. Opera Mundi, 17 de agosto de 2012.


  18. Ecuador may file appeal to ICC if UK refuses Assange safe passage. RT, 17 de agosto de 2012.


  19. Assange será interrogado na Embaixada em Londres, mas sob legislação equatoriana. Andes - Agencia Pública de Noticias del Ecuador y Suramérica./ Carta Maior, 17 de janeiro de 2016.


  20. The Working Group on Arbitrary Detention Deems the deprivation of liberty of Mr. Julian Assange as arbitrary. The Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR). 5 de fevereiro de 2016.


  21. O preso político que expõe o Império. Por John Pilger. Outras Palavras, 5 de fevereiro de 2016.


  22. Julian Assange: WikiLeaks founder 'arbitrarily detained' in London, United Nations rules. ABC News, 6 de fevereiro de 2016.


  23. "Svenska åklagarna: FN-gruppens rapport betydelselös" svt.se


  24. "Philip Hammond rejects 'ridiculous' UN decision on Julian Assange". The Guardian. 5 de fevereiro de 2016.


  25. «Courier Mail newspaper: Wikileaks founder Julian Assange a born and bred Queenslander». Couriermail.com.au. 29 de julho de 2010. Consultado em 4 de dezembro de 2010 


  26. «Assange's mother doesn't want son to be 'hunted down and jailed'». The Sydney Morning Herald. Consultado em 1 December 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)


  27. Khatchadourian, Raffi (7 de junho 2010). "No Secrets: Julian Assange's Mission for Total Transparency". The New Yorker. Acesso: 8 de dezembro, 2010.


  28. "'Splendide Mendax': Horace 'Odes' III. 11"], por Francis Cairns (1975). Greece and Rome (Second Series), 22, pp 129-139 .


  29. abcd Khatchadourian, Raffi. "No Secrets: Julian Assange's Mission for Total Transparency". The New Yorker. Acesso: 6 de junho, 2010.


  30. Greenberg, Andy. «An Interview With WikiLeaks' Julian Assange — Andy Greenberg – The Firewall». Blogs.forbes.com. Consultado em 1 December 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)


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  • (em inglês) «Meet the Aussie behind Wikileaks». 8 de julho de 2008 


  • Archived versions (em inglês) )

  • (em inglês) «WikiLeaks Release 1.0: Insight into vision, motivation and innovation». 26th Chaos Communication Congress. 30 de Dezembro de 2009 


  • Julian Assange: The Rolling Stone Interview (em inglês) . Entrevista de Julian Assange à revista Rolling Stone. Por Michael Hastings. 18 de janeiro de 2012.





















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