Cavades I





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Cavades I

Rei de reis de arianos e não-arianos


Efígie de Cavades num dinar de ouro de seu reinado. Sobre sua coroa usa o penteado chamado corimbo
Consorte de

Sambice

Xá do Império Sassânida
Reinado

488–496
Predecessor

Balas
Sucessor

Zamasfes

Xá do Império Sassânida
Reinado

499–531
Predecessor

Zamasfes
Sucessor

Cosroes I
Dinastia

sassânida
Nascimento

473
Morte

13 de setembro de 531
Filho(s)

Caoses
Cosroes I
Xerxes
Zames
Pai

Perozes I
Religião

Zoroastrismo

Cavades I[1] ou Kavad I (em persa: غباد, Qobād), foi xá do Império Sassânida de 488 a 496 e de 499 a 531.[2][3] Em seu primeiro reinado, de onze anos, ele foi antecedido por Balas e sucedido por Zamasfes, filho de Perozes I. Em seu segundo reinado, de trinta anos, ele sucedeu Zamasfes e foi sucedido por seu filho Cosroes I.[4]


Cavades era da fé Mazdakism, uma religião dualista.[5] Durante seu reinado, uma estranha forma de fanatismo religioso surgiu mostrando-se muito ameaçador para a comunidade judaica.[6] Quando Cavades fugiu para o exílio (497-501), ele foi para o norte, com os hunos brancos, também chamados de turcos, e foi acompanhado por dois leigos nestorianos.[7]



Campanhas militares |


Em seu segundo reinado Cavades reconquistou a província de Hareve, que estava sobre poder dos heftalitas.[8] Hareve serviu como uma casa da moeda; várias medas de ouro (dinares) e cobre foram encontradas em sua capital, que são claramente do período sassânida. Embora os sassânidas não normalmente cunhavam moedas de ouro, Hareve foi uma exceção. Os dinares mostram a figura do rei de um lado, enquanto um altar de fogo do outro. Alguns dos nomes dos governadores nas moedas tem íntima relação com os nomes dos indo-sassânidas, o que sugere que o governador indo-sassânida também controlou Hareve às vezes.[9]


Em 502, quando Cavades atacou o território bizantino.[10] Acredita-se que a causa principal da ação bélica de Cavades tenha sido a retesa situação interior que vivia o Império Sassânida. Cavades tivera de impor-se frente a poderosos adversários, e apenas conseguira manter-se no trono graças à ajuda do Império Heftalita, pois a seita revolucionária dos mazdaquitas estava causando transtornos. Segundo a crônica de Josué, o Estilita, que detalha a guerra, Cavades exigira dinheiro ao imperador do Oriente Anastácio I Dicoro (r. 491–518), mas o imperador não acedera.[11][12] Em 502, ele rapidamente capturou a despreparada cidade de Teodosiópolis (atual Erzurum),[13][14] e sitiou Amida (atual Diarbaquir). O sítio da cidade-fortaleza provou ser mais difícil que Cavades esperava; os defensores repeliram os assaltos persas por três meses antes de serem derrotados.[15][16] Em 503, os bizantinos tentaram um cerco mal-sucedido à Amida persa enquanto Cavades invadiu Osroena e liderou o sítio a Edessa (atual Şanlıurfa), que terminou do mesmo modo.[17] Em 504, através de um circunvalação renovada em Amida, os bizantinos conseguiram danificar os muros da cidade, porém não foram capazes de retomá-la; ela seria resgatada em 505 através de um pagamento de ca. 493 quilos de ouro aos persas. Naquele ano, um armistício foi alcançado como um resultado de uma invasão da Armênia pelos hunos do Cáucaso; embora os dois poderes tenham negociado, não foi antes de novembro de 506 que um tratado foi acordado.[18][19]


Em 524-525, o xá sassânida Cavades propôs que o imperador Justino I (r. 518–527) adotasse seu filho, Cosroes I; a prioridade do rei persa era assegurar sua sucessão, que estava ameaçada por seus irmãos e pela seita dos mazdaquitas. A proposta foi inicialmente recebida com entusiasmo pelo imperador bizantino e por seu sobrinho, Justiniano (r. 527–565), mas o questor do palácio sagrado de Justino, Próculo, se opôs. Apesar da ruptura das negociações, não foi até 530 que uma guerra aberta na fronteira oriental irrompeu. Até lá, os dois lados preferiram travar uma guerra através de estados-fantoche, os aliados árabes ao sul e os hunos ao norte.[20]


Tensões entre as duas potências se acirraram ainda mais com a deserção do rei ibérico Gurgenes (r. ca. 526 ) para o lado dos bizantinos. De acordo com Procópio, Cavades tentou forçar os cristãos da Ibéria a se converterem ao zoroastrismo e eles se revoltaram, sob a liderança de Gurgenes, em 524-525 contra a Pérsia, seguindo o exemplo do reino vizinho, também cristão, de Lázica. Gurgenes recebeu o promessas de Justino I de que ele protegeria a Ibéria; os romanos de fato recrutaram os hunos ao norte do Cáucaso para ajudá-los depois disso.[21]
O enviado de Justiniano, Hermógenes, visitou Cavades logo depois da Batalha de Calínico para tentar reabrir as negociações, mas não teve sucesso.[22]
Com sua morte em setembro de 531 subiu ao trono Cosroes I.[23] Além disso, foi possível para Justiniano firmar a chamada Paz Eterna com o seu filho e sucessor, Cosroes I, concluindo assim a Guerra Ibérica que havia sido iniciada em 526.[24]



Referências




  1. Martindale 1980, p. 273-274.


  2. «Kavadh I (king of Persia) -- Britannica Online Encyclopedia» (html) (em inglês). Britannica. Consultado em 24 de abril de 2010 


  3. «p.208» (html) (em inglês). History of the Jewish people: from Yavneh to Pumbedisa. Consultado em 11 de dezembro de 2010 


  4. Chronographeion Syntomon, O novo reino dos persas [em linha]


  5. «p.84» (html) (em inglês). A Brief History of the World. Consultado em 11 de dezembro de 2010 


  6. «p.649» (html) (em inglês). Late antiquity: empire and successors, A.D. 425-600. Consultado em 24 de abril de 2010 


  7. «p.107» (html) (em inglês). The encyclopedia of Christianity, Volume 3. Consultado em 11 de dezembro de 2010 


  8. Schindel 2013, p. 136-141.


  9. Vogelsang 2003.


  10. Bury 1958, p. 10-15.


  11. Luther 1997, p. 64.


  12. Procópio de Cesareia 552, I.7.1-2.


  13. Josué, o Estilita século VI, XLIII.


  14. Greatrex 2002, p. II.62.


  15. Greatrex 2002, p. II.63.


  16. Zacarias Retórico século V, VII.3-4.


  17. Greatrex 2002, p. II.69-71.


  18. Greatrex 2002, p. II.77.


  19. Procópio de Cesareia 552, I.9.24.


  20. Greatrex 2002, p. 81–82.


  21. Greatrex 2002, p. 82.


  22. Greatrex 2002, p. 93.


  23. Geoffrey Greatrex, Samuel N. C. Lieu The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars: 363–628 AD. Routledge. 2002 p.96 ISBN 0-415-14687-9


  24. Greatrex 2002, p. 96-97.



Bibliografia |




  • Bury, John B. (1958). History of the Later Roman Empire. 2. Nova Iorque: [s.n.] 


  • Dodgeon, Michael H.; Geoffrey Greatrex; Samuel N. C. Lieu (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363-630 AD) (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-00342-3  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Greatrex, Geoffrey; Lieu, Samuel N. C. (2002). The Roman Eastern Frontier and the Persian Wars (Part II, 363–630 AD). Londres: Routledge. ISBN 0-415-14687-9  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Josué, o Estilita (século VI). Crônica. [S.l.: s.n.] 


  • Luther, Andres (1997). Die syrische Chronik des Josua Stylites. Berlim: [s.n.] 


  • Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  • Potts, Daniel T. (2014). Nomadism in Iran: From Antiquity to the Modern Era. Londres e Nova Iorque: Oxford University Press. ISBN 9780199330799 


  • Procópio de Cesareia (552). História das Guerras. Constantinopla 


  • Schindel, Nikolaus (2013). «KAWĀD I i. Reign». enciclopédia Irânica 


  • Vogelsang, W. J. (2003). «Herat ii. History, Pre-Islamic Period». Enciclopédia Irânica 


  • Zacarias Retórico (século V). História Eclesiástica. [S.l.: s.n.] 














Cavades I
Dinastia Sassânida
Precedido por
Balas

Xá sassânida
488 –496
Sucedido por
Zamasfes
Precedido por
Zamasfes

Xá sassânida
499 –531
Sucedido por
Cosroes I




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