Mel





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Mel


O mel (plural: meles ou méis)[1] (pronúncia br:/mɛw/ pronúncia pt:/mɛl/) é um alimento, geralmente encontrado em estado líquido viscoso e açucarado, que é produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insetos, sendo armazenado em favos em suas colmeias para servir-lhes de alimento.
.[2]


O mel sempre foi utilizado como alimento pelo homem, obtido inicialmente de forma extrativa e, muitas vezes, de maneira danosa às colmeias. Com o passar dos séculos, o homem aprendeu a capturar enxames e instalá-los em "colmeias artificiais". Por meio do desenvolvimento e aprimoramento das técnicas de manejo, conseguiu aumentar a produção de mel e extraí-lo sem danificar a colmeia. Com a "domesticação" das abelhas para a produção de mel, temos então o início da apicultura. Atualmente, além do mel, podemos obter diversos produtos como o pólen apícola, a geleia real, a apitoxina e a cera. Além da produção e comercialização de rainhas e em alguns casos de enxames e crias.[3]


O mel é o único produto doce que contém proteínas e diversos sais minerais e vitaminas essenciais à nossa saúde. Além do alto valor energético, possui conhecidas propriedades medicinais, sendo um alimento de reconhecida ação antibacteriana.[4]


Juntamente com o mel, as abelhas produzem outros produtos importantes, como a cera, a geleia real e o própolis.




Índice






  • 1 Formação


  • 2 Variedades de mel


  • 3 Cristalização do Mel


  • 4 Composição


    • 4.1 Açúcares


    • 4.2 Água


    • 4.3 Valor Nutritivo




  • 5 Uso e Consumo


  • 6 Produção de mel no Brasil


  • 7 Produção de mel em Portugal


  • 8 O uso do mel pelos nativos das Américas


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





Formação |




Polinização


A formação do mel está intimamente relacionada ao processo de polinização das flores através da atração aromática exercida por elas, dentre os insetos atraídos pelas flores temos as abelhas, sendo estas geralmente atraídas por flores de aromas agradáveis ao ser humano.[4] A capacidade olfativa das abelhas se devem a inúmeras estruturas localizadas em seu par de antenas, que também possuem estruturas para tato e audição.[3]


As abelhas sugam o néctar da flor, depositando-o no papo ou vesícula nectífera, onde enzimas irão decompor o açúcar do néctar em dois açúcares mais simples, a frutose e a glicose,[5] durante o transporte diversas secreções são acrescentadas ao néctar, sendo adicionadas enzimas como a invertase, diastase, glicose oxidase, catalase e fosfatase.[4] Ao retornar a colmeia, a abelha deposita o néctar em favos onde este perderá grande parte de sua água e se transformando em melErro de citação: Elemento <ref> inválido; nomes inválidos (por exemplo, são demasiados)




Abelhas trabalhando nos favos


É importante salientar que, a despeito de o mel utilizado atualmente em maior escala na alimentação humana provir da produção das abelhas melíferas, notadamente do gênero Apis, cerca de 20 mil insetos também o produzem em menor quantidade e não são explorados economicamente.[6]



Variedades de mel |


Existem dezenas de variedades de mel de abelhas e marimbondos que podemos obter segundo a floração, os terrenos de obtenção, as técnicas de preparação, além da espécie de abelha melífera. Dessa forma variam em cor, aroma e sabor. Diferenciam-se, assim, na cor, indo do branco incolor, amarelo ao castanho principalmente.[4]


A sua cor e sabor estão diretamente relacionadas com a predominância da florada utilizada para a sua produção. Os méis de coloração clara apresentam sabor e aroma mais suaves, como, por exemplo, os produzidos em pomares de laranjeiras, que têm alta cotação no mercado. No entanto, os méis de coloração escura são mais nutritivos, ricos em proteínas e sais minerais.[4]


Outra característica marcante em alguns méis é a consistência líquida ou endurecida que poderá apresentar quando armazenado em recipiente, sendo de igual qualidade sob esse aspecto.


No que diz respeito ao néctar, pode provir de uma única flor (mel monofloral) ou de várias (mel plurifloral).[7] A obtenção de méis monoflorais depende das caracteríticas edafo-climáticas da região, bem como das variações de temperatura e pluviosidade, dentre outros fatores, além da adoção de técnicas pelo apicultor,[8] a presença de outro néctar em pequena quantidade não influi apreciavelmente no seu aroma, cor e sabor.



Cristalização do Mel |




Detalhe da cristalização do mel


Por se tratar de uma solução saturada de açúcares, o mel tende a cristalizar-se de forma espontânea, adquirindo uma consistência sólida, esse efeito nada mais é do que a condensação, a aglutinação, das partículas de glicose.[9] A cristalização do mel é uma garantia da sua qualidade e de sua pureza, quando cristalizado ele mantém todas as suas propriedades nutricionais e energéticas, além de manter o aroma e sabor. Geralmente, os méis puros acabam por cristalizar com o passar do tempo,[4] se um mel não cristaliza é possível que tenha sido submetido ao aquecimento durante o processo de extração, ou, talvez, antes do envasilhamento. A temperatura habitualmente praticada em tais processos (acima dos 40 °C) destrói as inibinas do mel,[10] que são substâncias termolábeis e fotolábeis (destruídas com o calor e com a luz), que conferem capacidade bactericida ao mel.[11] Os cristais do mel retornam ao estado liquido quando colocados em banho-maria a uma temperatura de 40 °C, o que não ocorre com mel fraudado por conter, em sua maioria, açúcar de cana.[9]



Composição |


De um modo geral, o mel é constituído, na sua maior parte (cerca de 75%), por hidratos de carbono, nomeadamente por açúcares simples (glicose e frutose). O mel é também composto por água (cerca de 20%), por minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros), por cerca de metade dos aminoácidos existentes, por ácidos orgânicos (ácido acético, ácido cítrico, entre outros) e por vitaminas do complexo B, por vitamina C, D e E. O mel possui ainda um teor considerável de antioxidantes (flavonoides e fenólicos).[12]


Segundo a legislação brasileira, as concentrações permitidas são de no mínimo 65g/100g para açúcares totais e 6g/100g no máximo para teores de sacarose, além do teor de água não poder ultrapassar os 20%.[13]




































































































Composição básica do mel[14]
Componentes
Média
Desvio padrão
Variação

Água (%)
17,2
1,46
13,4 ~ 22,9

Frutose (%)
38,19
2,07
27,25 ~ 44,26

Glicose (%)
31,28
3,03
22,03 ~ 40,75

Sacarose (%)
1,31
0,95
0,25 ~ 7,57

Maltose (%)
7,31
2,09
2,74 ~ 15,98

Açúcares totais (%)
1,50
1,03
0,13 ~ 8,49
Outros (%)
3,1
1,97
0,0 ~ 13,2
pH
3,91

3,42 ~ 6,10
Acidez livre (meq/kg)
22,03
8,22
6,75 ~ 47,19

Lactona (meq/kg)
7,11
3,52
0,00 ~ 18,76
Acidez total (meq/kg)
29,12
10,33
8,68 ~ 59,49
Lactona/Acidez livre
0,335
0,135
0,00 ~ 0,950

Cinzas (%)
0,169
0,15
0,020 ~ 1,028

Nitrogénio (%)
0,041
0,026
0,00 ~ 0,133

Diastase
20,8
9,76
2,1 ~ 61,2


Açúcares |


O açúcar é o principal componente do mel, sendo composto principalmente por monossacarídeos (frutose e glicose) que compõem 80% da quantidade total, sendo 10% composto por dissacarídeos (sacarose e maltose). As características físicas do mel, como a viscosidade, a densidade, a higroscopicidade e a capacidade de cristalização estão relacionadas principalmente com as diferentes concentrações de tipos de açúcares no mel.[4]




























Comparação de calorias do mel com outros alimentos[4]
Alimento
Quantidade de calorias/kg
Açúcar de Mesa
4130
Mel de Abelha
3395
Ovos
1375
Aves
880
Leite
600


Água |


Assim como o açúcar, a água presente no mel é um importante elemento a influenciar as características físicas do mesmo. Além de influir também no tempo de maturação, no sabor, na conservação e em sua palatabilidade. Naturalmente, seu valor varia entre os 15% e 21%, sendo mais comum encontrarmos taxas de 17%. Apesar de a legislação brasileira permitir um valor máximo de 20%, teores acima de 18% já podem comprometer sua qualidade.


A fermentação de mel através da ação de leveduras presentes em sua composição pode ocorrer em situações de elevados teores de umidade no ambiente, esta ocorre mais facilmente nos méis verdes, aqueles colhidos de favos que não foram devidamente fechados pelas abelhas, porém fatores como má assepsia durante a extração, manipulação, envase e acondicionamento em local não apropriado também influem na fermentação.[4]



Valor Nutritivo |


O mel é um importante complemento à alimentação humana, pois, além do alto valor energético, é um alimento rico em substancias benéficas ao equilíbrio de nosso organismo, tais como vitaminas, minerais e aminoácidos.




































Valor nutricional do mel[15]
Componentes
Quantidade em 100g
Proteína
870 mg
Carboidratos
83500 mg
Colesterol
1,87 mg
Cálcio
15,29 mg
Ferro
1,42 mg
Sódio
14,16 mg
Energia
324,88 kcal


Uso e Consumo |


Além de ser utilizado como adoçante, o mel sempre foi reconhecido devido às suas propriedades terapêuticas.[16]


A apiterapia é a utilização de produtos derivados de abelhas em tratamentos terapêuticos. Diversos estudos científicos realizados nos últimos anos vem confirmando os efeitos benéficos destes produtos a saúde humana de tal maneira, que já se utilizam de algumas dessas práticas no sistema de saúde da Alemanha.[4]


Essas propriedades medicinais são atribuídas principalmente ao mel, dentre as quais a capacidade antimicrobiana vem sendo confirmada por meio de experimentos científicos. Fatores físicos, como sua alta osmolaridade e acidez, e os fatores químicos relacionados com a presença de substâncias inibidoras, como o peróxido de hidrogênio, e substâncias voláteis, como flavonoides e ácidos fenólicos vem sendo descritos como responsáveis por essa atividade antimicrobiana. Propriedades antissépticas e antibacterianas também tem sido pesquisadas e confirmadas.[4]


Apesar de suas propriedades terapêuticas o mel não pode ser consumido por crianças com idade inferior a 1 ano, devido a possibilidade de contaminação pela bactéria Clostridium botulinum, causadora de botulismo.[17] O sistema imune de crianças nesta faixa etária não possui capacidade imunológica para destruir o microorganismo.[18]


O mel também é utilizado na composição de bebidas como o hidromel, bebida fermentada a partir do mel e água, e a poncha, feita de aguardente de cana-de-açúcar, mel de abelhas e sumo de limão.


No Brasil, o mel não é visto como alimento, mas sim como medicamento, sendo mais procurado e utilizado nos meses mais frios do ano.[carece de fontes?] Seu consumo no país como forma de alimento ainda é muito baixo (aproximadamente 300 g/habitante/ano), principalmente ao se comparar com países como os Estados Unidos e os da Comunidade Europeia e África, que podem chegar a mais de 1 kg/ano por habitante.[carece de fontes?]



Produção de mel no Brasil |


Diversos fatores favorecem a produção de mel no país, dentre eles podemos citar as favoráveis condições climáticas em quase todo o seu território, além de extensas áreas ocupadas com cobertura vegetal natural diversificada, ou por culturas agrícolas que tendem a diversificar e aumentar a qualidade do mel. Temos ainda uma maior tolerância às pragas e doenças por parte de nossas abelhas africanizadas[13].


A produção do mel no Brasil vem alcançando altos índices de crescimento: entre 2009 e 2010, o crescimento foi de 30%,[19] já entre o ano de 2010 e 2011 o crescimento foi de 24%.[20] Esse efeito se deve à melhoria da genética das abelhas utilizadas na produção de nosso país, bem como à melhoria da qualidade do mel produzido que foi impulsionado devido ao embargo exercido pela comunidade europeia ao nosso mel no ano de 2006. Outro fator a ser considerado é a não utilização de medicamentos por parte dos produtores nacionais, barateando a produção e tornando-a mais competitiva e atrativa no mercado mundial.[20] Desta maneira, o Brasil ocupa, atualmente, a 11ª posição no ranking dos produtores mundiais, sendo o quinto maior exportador do produto.[19]


































Produção de mel no Brasil por unidade da federação - 2010[21]
Unidade da Federação
Quantidade de mel produzido no ano (toneladas)
Participação na Produção Nacional (%)
Rio Grande do Sul
7098
18,7
Paraná
5468
14,4
Santa Catarina
3966
10,4
Piauí
32,62
8,6
Minas Gerais
30,76
8,1


























































Produção de mel no Brasil por município - 2010[21]
Município
Quantidade de mel produzido no ano (toneladas)
Participação na Produção Nacional (%)
Araripina - PE
655
1,7
Ortigueira - PR
510
1,3
Santana do Livramento RS
460
1,2
Bom Retiro - SC
450
1,2
Santana do Cariri - CE
389
1,0
Ribeira do Pombal - BA
360
0,9
Apodi - RN
357
0,9
Prudentópolis - PR
351
0,9
Itamarandiba - MG
350
0,9
Içara - SC
350
0,9


Produção de mel em Portugal |


Na produção de mel em Portugal destaca-se uma lista de produtos com denominação de origem protegida que era composta, em 2012 por 9 referências.[22][23][24][25][26][27][28][29][30]



O uso do mel pelos nativos das Américas |


O mel, assim como a cera produzidas pelas abelhas eram de extrema importância para os nativos das Américas. O mel era consumido ao natural ou usado para adoçar outros alimentos. A cera de abelha era usada na confecção de instrumentos musicais, na vedação de utensílios, como cola, polimento e lubrificação de artefatos e também na iluminação.[31]


Os Asteca do México incorporavam o mel nas suas refeições matinais. As classes mais baixas tomavam atole (pasta de milho com água quente) adoçada com mel ou temperada com pimenta. As classes abastadas tomavam chocolate com mel e baunilha, ou milho adocicado, pimenta ou suco fermentado de agave.[32]


Os Panará de Mato Grosso,[33] os Parakanã do Pará[34] assim como os Kaiapó da Amazônia[35] e os Tapirapé[36] e os Bakairi.[37] de Mato Grosso buscavam em suas coletas o mel, que adoravam. As mulhetes dos nativos Erigpagtsá ou Canoeiro do rio Juruena, no Mato Grosso, faziam um furo na casca do fruto do cacau, através do qual misturavam os caroços com a polpa e adicionavam mel. A iguaria era oferecida aos homens que comiam o conteúdo quebrando o fruto.[38] Entre os Surui de Rondônia os futuros pais faziam festa servindo bebida feita de mandioca, açaí e mel aos convidados, mas os anfitriões não podiam bebê-la.[39]


Além de o saborearem ao natural, nativos do rio Negro faziam um prato cortando o abacaxi em quatro e o ralavam com a casca. A massa era misturada ao mingau de tapioca e cozida com mel.[40] Os Wari de Rondônia coletavam e consumiam até o início do século XXI frutos de vários tipos de palmeiras como patauá, inajá, tucumã, buriti, babaçu e pupunha. Estes e outros frutos eram consumidos puros ao longo do dia ou acompanhados de bebidas doces feitas de milho, mel, tubérculos ou frutos.[41]


Na década de 1940, enquanto os homens partiam em viagens de caça com o arco e flecha, uma rede de dormir às costas e espigas de milho, as mulheres dos Tupari do Pará faziam excursões diárias à floresta em busca de pequenos peixes, caranguejos e outros crustáceos e larvas de insetos, que eram consumidas com mel.[42]


Os Paresi, do Mato Grosso, eram uns dos poucos índios da América do Sul que domesticavam
abelhas. Mantinham-nas em cuias com duas aberturas, uma para a entrada dos insetos e outra, bloqueada com cera, por onde eram retirados os favos.[43] Muitas tribos, como as que habitavam a Sierra Nevada de Santa Marta, na Colômbia, e as do oeste da Venezuela e os Maia de Cuitamal (México) praticavam a meliponicultura, ou seja, criavam abelhas para obtenção do mel. Indígenas das Américas criavam abelhas sem ferrão dos gêneros Trigona ssp. e Melipona spp. Com a introdução das abelhas com ferrãodo gênero Apis spp. pelos europeus a partir de 1622 índios do México e América Central lideraram sua domesticação e criação.[44]


Os Araweté do Pará ainda valorizam sobremaneira o consumo de mel de abelhas e vespas e os classificam em 45 tipos, comestíveis ou não. Associam a época de seu intenso consumo, que se inicia em setembro, à chegada à aldeia do espírito do Ayaraetã, o pai do mel, atraído pelos chamãs.[45]


Os Kaiapó da Amazônia conheciam mais de cinquenta espécies de abelhas e as comiam cruas, assim como os marimbondos.[35] Os Rikbaktsa do Mato Grosso empregam o mel como adoçante, misturado à água e para adoçar uma grande variedade de refrescos e sopas feitos de inúmeros vegetais.[46]


Quando algum índio Cinta Larga do Mato Grosso em viagem ou caçada encontrava árvore com colmeia na floresta ele marcava o local e dias depois organizava excursão para retirar o mel. Também era o responsável por limpar o local, orientar a derrubada da árvore, remover os favos e distribuí-los aos companheiros, ficando com a maior parte para ele e sua família.[47] Quando a colmeia era no solo os índios que estavam na frente colocavam um pedaço fino de madeira na entrada. Os que estavam atrás cavavam buracos que chegavam a três metros de profundidade para chegar à colmeia.[48]


Os Botocudo de Minas Gerais quebravam com pedras o tronco da árvore que continha a colmeia expondo os favos. O mel era coletado com cascas de árvores e devorado.[49] Transportavam o mel embebido em grandes bolas feitas do miolo do tronco de uma árvore.[50] Os Parakanã do Pará derrubavam as colmeias das árvores e para transportar o mel, envolviam os favos em pínulas da palmeira jussara.[34] Outra maneira de alguns índios transportarem o mel era colocá-lo em uma vasilha confeccionada com folhas sobrepostas e amarradas pelas duas extremidades.[51]


Em algumas tribos amazônicas acreditava-se que a pessoa que estava plantando milho não podia se aproximar do fogo, não podia ter contato com certos peixes, principalmente os que se alimentavam de folhas e o mel da abelha jandaíra lhe era proibido.[38] Os Kaiapó da Amazônia acreditavam que o grande herói e feiticeiro mitológico Bep-korôrô-ti morava nas nuvens e alimentava-se de mel e para obtê-lo lançava ventos e relâmpagos para quebrar galhos e derrubar árvores. Para acalmá-lo os índios ofereciam a ele oferendas e alimentos. Supunham também que os marimbondos possuíam sociedade semelhante à do homem.[35]



Referências




  1. «Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». Ciberduvidas.com 


  2. Enciclopédia agrícola brasileira


  3. ab «Produção de Mel-Embrapa Meio-Norte». Sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br 


  4. abcdefghijk «Mel de Abelha – Portal São Francisco» 


  5. «O mel e as abelhas». Lusitania-store.com 


  6. «Abelhas: a matemática dos alvéolos». Apacame.org.br 


  7. «Classificação de tipos de mel». Lusitania-store.com 


  8. «Como melhorar a nossa "performance" para obtermos méis monoflorais?» (PDF). Oapicultor.com 


  9. ab «Abelhas». Sitecurupira.com.br 


  10. «O Mel» 


  11. Roger, Jorge D. Pamplona; A Saúde Pela Alimentação. Madrid Espanha: Editorial Safeliz. 2001.ISBN 84-7208-189-3


  12. Muñoz, O, Copaja, S, Speisky, H., Peña RC & Montenegro G. 2007 Contenido de flavonoides y compuestos fenólicos de mieles chilenas e índice antioxidante. Quím. Nova [online]. 30(4): [citado 2008-09-01], pp. 848-851. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000400017&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0100-4042. doi: 10.1590/S0100-40422007000400017


  13. ab Bertoldi1, F.C.; Gonzaga1, L.; Vanderlei Reis, V.D.A. Características físico-químicas do mel de abelhas africanizadas (Apis mellifera scutellata), com florada predominante de hortelã-do-campo (Hyptis crenata), produzido no Pantanal. In: IV Simpósio sobre Recursos Naturais e socioeconômicos do Pantanal. Disponível em: <http://www.cpap.embrapa.br/agencia/simpan/sumario/artigos/asperctos/pdf/bioticos/607RB_Reis_2-OKVisto.pdf>


  14. «Colégio Web - Biologia - Composição nutricional do mel». Colegioweb.com.br 


  15. «Venturini,K.S; Sarcinelli,M.F; Silva,L.C Características do Mel In:Boletim Técnico PIE-EFES 01107» (PDF). Agais.com 


  16. Rezende, André (2006). O poder das ervas: vida natural. [S.l.: s.n.] ISBN 8534802750 


  17. A Vida do Bebê


  18. Livro dos alimentos


  19. ab «Produção de mel cresce 30% em 2010». Brasil.gov.br 


  20. ab «Qualidade do mel brasileiro impulsiona crescimento do setor». Brasilapicola.com.br 


  21. ab «Produção brasileira de mel 2010 - IBGE» (PDF). Ibge.gov.br 


  22. Mel da Serra da Lousã na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  23. Mel da Serra de Monchique na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  24. Mel da Terra Quente na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  25. Mel das Terras Altas do Minho na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  26. Mel de Barroso na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  27. Mel do Alentejo na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  28. Mel do Parque de Montesinho na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  29. Mel do Ribatejo Norte na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  30. Mel dos Açores na Base de Dados DOOR da União Europeia.


  31. CAVALCANTE, Messias S. Comidas dos Nativos do Novo Mundo. Barueri, SP. Sá Editora. 2014, 403p.ISBN 9788582020364


  32. SOUSTELLE, Jacques (1912-1990). La vida cotidiana de los aztecas em vésperas de la conquista. Octava reimpresión. ISBN 968-16-0636-1. Mexico, Fondo de Cultura Economica. 1991, 283 p.


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  36. BALDUS, Herbert (1899-1970) Ensaios de etnologia brasileira. São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Cia Editora Nacional. 1937, 346 p.


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  38. ab BASTOS, Abguar. A pantofagia ou as estranhas práticas alimentares da selva: Estudo na região amazônica. São Paulo, Editora Nacional; Brasília DF, INL. 1987, 153 p.


  39. REVISTA DE ATUALIDADE INDÍGENA. Maternidade e infância no mundo tribal. p. 46-50 In: Revista de Atualidade Indígena. Brasília, Fundação Nacional do Índio. 1977, ano I, nº 4, 64 p.


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  43. POVOS INDÍGENAS NO BRASIL (S/DATA). Paresi. Atividades econômicas. Disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/povo/paresi/2041 Consulta em 03/09/2012


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  46. POVOS INDÍGENAS NO BRASIL (S/DATA). Rikbaktsa. Atividades econômicas. Disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/povo/rikbaktsa/352 Consulta em 01/09/2012


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  48. , Ofélia. O índio brasileirinho. Rio de Janeiro, Primor. 1976, 80 p.


  49. JOSÉ, Oiliam. Indígenas de Minas Gerais – Aspectos sociais, políticos e etnológicos. Belo Horizonte, Edições MP. 1965, 217 p.


  50. AVÉ-LALLEMANT, Roberto (1812-1884). Viagem pelo norte do Brasil no ano de 1859. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura; Instituto Nacional do Livro; Coleção de Obras Raras, VII. 1961, Vol. 1. 352p.


  51. SPATI, Fred. Viagem pelo rio imaginário. p. 33-41. In: In:Revista de Atualidade Indígena. Brasília, Fundação Nacional do Índio. 1979, ano III, nº 17, 64p



Ligações externas |



Wikiquote

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Mel



  • Confederação Brasileira de Apicultura

  • Dia Nacional do Mel - Brasil, 17 de Março




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