Rio+20











































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Small Flag of the United Nations ZP.svg United Nations Conference on Sustainable Development


Logotipo da Rio + 20.
Tipo

Conferência
Acrônimo
Rio+20
Status
Encerrada
Website

Rio20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), conhecida também como Rio+20, foi uma conferência realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012 na cidade brasileira do Rio de Janeiro, cujo objetivo era discutir sobre a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável.


A Rio+20 contou com a participação de chefes de Estado e de Governo de 188 nações (das quais, 185 dentre os 193 países-membro da ONU, além de representantes do Vaticano, da Palestina e da Comunidade Européia) que reiteraram seus compromissos com a sustentabilidade do desenvolvimento, sobretudo, no que concerne ao modo como estão sendo usados os recursos naturais do planeta.[1] A Rio+20 foi marcada pelo esforço de se promover a participação social na construção e na implementação dos compromissos pela sustentabilidade. De forma inédita às conferências da ONU, a Rio+20 concedeu espaço de palavra aos representantes dos nove grupos sociais distinguidos na Agenda 21 (os Major Groups) para se manifestarem na Plenária de Alto Nível - na qual tradicionalmente somente se manifestam os Chefes de Estado e de Governo dos países-membro da ONU[2]. A "plena participação da sociedade civil" está realçada no primeiro parágrafo do documento resultante da Rio+20 intitulado "O Futuro que Queremos". No entanto, tal participação social nos resultados da Rio+20 foi questionada por diversos grupos sociais, gerando críticas ao texto da Conferência.


O evento ocorreu em dez locais, tendo o Riocentro como principal local de debates e discussões; entre os outros locais, figuram o Aterro do Flamengo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.[3]




Índice






  • 1 Mobilização da sociedade e o FSM 2012


  • 2 Governança e desenvolvimento sustentável


  • 3 Participação do Irã


  • 4 Líderes participantes


  • 5 Notas e referências


  • 6 Ver também


  • 7 Ligações externas





Mobilização da sociedade e o FSM 2012 |


No Brasil, foi formado o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. Segundo Aron Belinky, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civis, que representa o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) na Coordenação Nacional do Comitê, o papel do grupo – atualmente formado por 14 redes – é trazer mais participantes para o debate até o ano que vem. “Nossas ações são elaboradas por meio de grupos de trabalhos. Um deles é o de formação e mobilização, que deverá levar os temas em discussão para a sociedade e cuidará da organização do evento paralelo previamente chamado de Cúpula dos Povos, que terá a participação da sociedade civil”, pontual.


O encontro da sociedade, segundo ele, deverá começar antes, por volta do dia 20 de junho de 2012. “Além de representantes do Brasil, outros do Canadá, França, Japão, e de alguns países da América Latina já estão envolvidos nestas ações”, adianta o ambientalista. “Na Cúpula dos Povos, queremos que seja garantido que a economia verde seja avaliada como um interessante indutor de sustentabilidade, desde que abranja as questões sociais, além das ambientais, e tenha sempre presente a questão da qualidade de vida dos cidadãos, além da ecoeficiência.”


Uma outra frente da sociedade civil rumo à Rio+20 se dará no âmbito do Fórum Social Mundial (FSM). A decisão foi tomada ao final da edição deste ano, em Dacar, no Senegal. Segundo o empresário e ativista da área de responsabilidade social, Oded Grajew, que integra o Comitê Internacional do FSM – que ocorrerá entre 27 e 31 de janeiro de 2013 (data sujeita a alterações) –, a edição internacional descentralizada do evento terá como principal pauta a temática ambiental, voltada à conferência.


“O FSM não representa as elites econômicas e exigirá uma demanda de mobilização da sociedade sobre outro modelo de desenvolvimento. Trataremos de propostas de mudança da matriz energética para a renovável, da questão nuclear, das hidrelétricas em confronto com as populações indígenas, do modelo de consumo e resíduos orgânicos, entre outros”, aponta Grajew. Segundo ele, a meta é propor políticas públicas ao governo e informações sobre indicadores quanto à grave situação do modelo atual de desenvolvimento, que leva ao esgotamento de recursos naturais e ao aumento das desigualdades.


“Como 2012 será também um ano de eleições em alguns países importantes como EUA, Alemanha e França, isso prejudica decisões. Talvez essas nações não queiram assumir alguns compromissos, que podem comprometer os resultados nas urnas”, alerta. Ele reforça que, no contexto da Economia Verde, as discussões do FSM permanecerão voltadas a questões sociais, ao combate às desigualdades.


No campo empresarial, Grajew informa que algumas iniciativas em andamento são do Instituto Ethos, que lançou, em fevereiro deste ano, a Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável. “A proposta é que possa ser apresentada também uma agenda de sustentabilidade urbana para os candidatos às eleições municipais brasileiras, no ano que vem. O projeto será amadurecido na Conferência Ethos, em agosto deste ano.” [4]



Governança e desenvolvimento sustentável |


Um tema complexo que estará na Conferência, segundo Belinky, diz respeito à governança em um cenário de desenvolvimento sustentável. “Este tema está sendo pouco debatido oficial e extraoficialmente. Deve ser visto não como uma discussão sobre burocracia, mas como uma condição necessária para encaminhar as decisões e recomendações que se tomem na conferência”, analisa.


Belinky afirma que, se por um lado, hoje se enxerga o desenvolvimento sustentável no conjunto, as instituições internacionais e internas a cada país são estanques. “Umas atuam no campo econômico, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o FMI e a Organização Mundial do Comércio(OMC), que não se conectam nas dimensões sociais e ambientais. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Trabalho (OMT), que têm algum poder político, estão desconectadas do lado ambiental. A ideia é integrá-las à questão do desenvolvimento sustentável”.


No caso da questão ambiental, as discussões levam à constatação de que não existe nenhuma organização internacional com real poder regulatório. “O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é um dos com menor orçamento na ONU e depende de adesões voluntárias. Não é essencial dentro do sistema, participa quem quer. Pode encaminhar, no máximo, estudos, recomendações, mas sem poder regulatório”.


Como primeiro passo, uma das propostas que serão defendidas pela sociedade civil é que haja uma resolução para se criar uma agência ambiental internacional, aprimorando o funcionamento do Pnuma ou por meio de sua união com outras agências. “O governo brasileiro, inclusive, tem defendido uma 'agência guarda-chuva', que tenha sob ela várias agências internacionais do sistema ONU.” As entidades, segundo Belinky, enxergam que existe uma necessidade tanto ética quanto política e econômica de tirar as pessoas da pobreza. “Isso não significa que deverão ter padrão de consumo insustentável, como o norte-americano e europeu. Não é objetivo estender a sociedade perdulária”, adverte.


As expectativas sobre os resultados da Rio+20 caminham na direção de dois extremos. “Será uma grande oportunidade ou nulidade. A conferência pode fazer uma convergência, desatar nós ou, então, se não se dispuser, será um ponto de jogar conversa fora. Mas de qualquer forma, a mobilização de propostas da sociedade civil será um avanço. Ou os governos são capazes de mostrar relevância no mundo contemporâneo ou são incapazes de acompanhar o ritmo que a sociedade avança, se tornando um empecilho”.[4]



Participação do Irã |




Protestos contra a presença de Ahmadinejad na Rio+20, junho de 2012.


A participação do Irã na conferência Rio +20 gerou uma enorme controvérsia. O país enviará uma delegação, que inclui o presidente Mahmoud Ahmadinejad, para participar do evento em junho. Entretanto, o Irã possui sérias questões das quais se recusa a abordar, como as persistentes violações dos direitos humanos, as declarações belicistas e racistas contra Israel e a negativa em cooperar com a AIEA sobre seu programa nuclear. Alguns argumentaram que Ahmadinejad planeja usar a cúpula no Rio de Janeiro como uma plataforma para propaganda e projetar para o público interno uma falsa imagem de líder respeitado internacionalmente.



Líderes participantes |





Presidente Dilma Rousseff e líderes mundiais na foto oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).




  • África do Sul – Presidente Jacob Zuma[5]


  •  Argentina – Presidente Cristina Kirchner[6]


  •  Áustria – Primeira-ministra Julia Gillard[7]


  •  Bolívia – Presidente Evo Morales[8]


  •  Brasil – Presidente Dilma Rousseff[8]


  •  Bulgária – Presidente Rosen Plevneliev


  •  China – Premiê Wen Jiabao[9]


  •  Coreia do Sul – Presidente Lee Myung-bak


  • Costa Rica – Presidente Laura Chinchilla[7]


  •  Dinamarca – Primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt[7]


  • Equador – Presidente Rafael Correa[10]


  • Flag of Spain.svgEspanha – Primeiro-ministro Mariano Rajoy


  •  França – Presidente François Hollande[11]


  • Granada – Primeiro-ministro Tillman Thomas[12]


  • Haiti – Presidente Michel Martelly


  •  Índia – Primeiro-ministro Manmohan Singh[9]


  • Indonésia – Presidente Susilo Bambang Yudhoyono[12]


  •  Irão – Presidente Mahmoud Ahmadinejad[7]


  •  Lituânia – Presidente Dalia Grybauskaitė


  •  Luxemburgo – Grão-Duque Henrique


  • Mónaco – Príncipe Alberto II


  • Flag of Nepal.svg Nepal – Primeiro-ministro Baburam Bhattarai


  • Nigéria – Presidente Goodluck Jonathan


  •  Noruega – Primeiro-ministro Jens Stoltenberg


  • Portugal Portugal – Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho


  •  Rússia – Presidente Dmitri Medvedev[8]


  • Sri Lanka – Presidente Mahinda Rajapaksa


  •  Suécia – Primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt


  • Turquemenistão – Presidente Gurbanguly Berdimuhamedow


  • Uruguai – Presidente José Mujica[10]


  •  Zimbabwe – Presidente Robert Mugabe



Notas e referências




  1. «Rio+20 é o maior evento já realizado pela ONU, diz porta-voz». Jornal do Brasil. Consultado em 24 de junho de 2012 


  2. «Diferentemente da Rio+20, Cúpula dos Povos supera divergências no texto final». Jornal do Brasil. Consultado em 24 de junho de 2012 


  3. «Locais de Conferências». Rio+20.gov. Consultado em 24 de junho de 2012 


  4. ab Revista Fórum - Rumo à Rio+20


  5. «South Africa: President Zuma returns from Rio+20». All Africa. 24 de junho de 2013 


  6. «CFK arrives in Brazil to take part at Rio +20 Summit». Buenos Aires Herald. 20 de junho de 2012 


  7. abcd Gerhardt, Tina (25 de junho de 2012). «Rio+20: A Crisis Is a Terrible Thing to Waste». Huffington Post 


  8. abc Vaughan, Adam (21 de junho de 2012). «Rio+20 summit: Thursday as it happened». The Guardian 


  9. ab «Rio+20: All eyes on Wen Jiabao, Manmohan Singh». Times of India. 20 de junho de 2012 


  10. ab «From the green economy to communality». CIP Americas 


  11. Chrisafis, Angelique (18 de junho de 2012). «France seeks one agenda to end poverty and protect environment». The Guardian 


  12. ab Tercek, Mark (28 de junho de 2012). «Rio+20: Leadership from New Directions». Huffington Post 



Ver também |



  • ECO-92

  • Ambientalismo



Ligações externas |




  • Site oficial (em português)

  • Agenda preparatória da Rio+20

  • Página oficial


  • Vídeos, fotos e documentos históricos e atuais da Rio+20 na EBC (em português)



  • Portal do Brasil
  • Portal do Rio de Janeiro
  • Portal do ambiente



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