Arquitetura românica









Text document with red question mark.svg

Este artigo ou secção contém fontes no fim do texto, mas que não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (desde dezembro de 2014)
Por favor, melhore este artigo inserindo fontes no corpo do texto quando necessário.






























Sé Velha de Coimbra.jpg

Fachada românica da Sé Velha de Coimbra em Coimbra.

Série de artigos sobre
História da arquitetura





Arquitetura da Pré-História

Neolítica | Rupestre



Arquitetura antiga

Egípcia | Clássica | Grega | Romana



Arquitetura da Idade Média

Bizantina | Carolíngia | Otoniana | Românica | Gótica



Arquitetura do Renascimento

Maneirismo

Arquitetura barroca

Rococó | Neoclássica



Arquitetura do século XIX

Neogótico | Arts & crafts | Revivalista | Protomoderna | Eclética



Arquitetura moderna

Bauhaus | International style | Orgânica | Brutalista | Construtivista



Arquitetura pós-moderna

High-tech | Desconstrutivista | Regionalista crítica | Neomoderna






Por geografia

Portugal | Brasil | Américas | África | Europa | Islão | Oriental | Oceania



Por tipologia

Civil | Militar | Religiosa



A arquitetura românica (AO 1945: arquitectura românica) é o estilo arquitectónico que surgiu na Europa, mais precisamente no Ducado da Normandia, no século X, fortemente inspirado na Arquitetura da Roma Antiga Republicana (509 a.C. - 27 a.C.) e evoluiu para o estilo gótico por volta do ano 1100. Caracteriza-se por construções austeras e robustas, com paredes grossas e minúsculas janelas, cuja principal função era resistir a ataques de exércitos inimigos e invasões bárbaras.


As conquistas de Sancho de Navarra e Aragão, alargando o seu domínio, desimpediram o que viria a ser o famoso «caminho francês» para Santiago de Compostela, cuja célebre catedral (posteriormente reconstruída em 1705) é o mais acabado monumento peninsular da nova arquitectura românica, obedecendo ao padrão dos templos de peregrinação, como São Saturnino de Toulouse. O alçado do alta nave de Santiago inscreve os arcos redondos, o andor do trifório, e colunas adossadas à parede, de onde arrancam os arcos torais da sua abóbada de berço.




Índice






  • 1 Igrejas românicas e igrejas paleocristãs


  • 2 Arquitetura românica de peregrinação


  • 3 Igrejas românicas de cúpula


  • 4 Arquitetura religiosa românica francesa e italiana


    • 4.1 França


    • 4.2 Itália




  • 5 Arquitetura românica em Portugal


  • 6 Ver também


  • 7 Bibliografia





Igrejas românicas e igrejas paleocristãs |


A estrutura das igrejas românicas são mais complexas que a das paleocristãs. Estando mais próxima da arquitetura romana no seu aspecto apresenta naves de abóbadas de pedra em vez de travejamento de madeira.


A igreja românica é precedida por um átrio ladeado de pórticos que faz a ligação à igreja através de um narthex.


No caso das igrejas paleocristãs, no cruzamento da nave com o transepto situa-se um arco triunfal que emoldura a ábside e o altar. Este arco era colocado sobre a bema, área elevada ao centro do transepto que corresponde ao cruzeiro. As colunas da nave central suportam arcadas que conformam um alçado contínuo.


O esquema do alçado interior das igrejas românicas faz-se através dos elementos: coluna, feixe de pilares, abóbadas de canhão, tribuna. Enquanto que nas paleocristãs é visível a sequência: colunas, entablamento directo, arco e vãos (clerestório).



Arquitetura românica de peregrinação |





Planta da Catedral de Santiago de Compostela.


Cluny e Santiago de Compostela são provavelmente os melhores exemplos de igrejas de peregrinação.


A planta é em cruz latina com três a 5 naves abobadadas em pedra. A cabeceira ou charola é constituída por ábside, absidíolos e deambulatório. Estas igrejas eram dotadas para receber grandes multidões e procissões, pelo que havia a necessidade do deambulatório, que permitia o decorrer normal das cerimónias simultaneamente com as procissões passando atrás do altar. O trifório, galeria semi abobadada aberta para a nave central, era colocado sobre as naves laterias mais baixas, iluminado pelo clerestório.


O narthex precedia a entrada e era reservado aos catecúmenos. No alçado da entrada são colocadas 2 torres ou westwerk.


O sistema estrutural é conseguido através de contrafortes para suportar o peso, paredes compactas e poucas aberturas, cobertura em abóbada de canhão e abóbada de aresta na nave central. É feita uma divisão vertical em 2 planos, com uma galeria espaçosa sobre os arcos principais, os arcos laterais e transversais do interior são sustentados por apoios independentes.



Igrejas românicas de cúpula |


Igrejas românicas de cúpula são igrejas com cúpulas seriadas (próprias do oeste e sul de França), influência directa da arquitectura muçulmana e bizantina. Possuem uma nave única muito ampla, em alguns casos com um transepto saído (Solignac e Angoulême). A abside é tão larga como a nave. A nave central é coberta por uma série de cúpulas sobre pendentes sustentadas por arcos amplos.


Em Germiny-des-Prés observamos uma catedral com cruz grega inscrita num quadrado com uma cúpula central e cúpula nos cantos (planta em quincunce).


S.Marcos de Veneza apresenta uma planta em cruz grega em que a cúpula central se ergue muito acima da cúpula real mais baixa e em madeira.



Arquitetura religiosa românica francesa e italiana |





Igreja de Nossa Senhora a Maior, em Poitiers.



França |


A França apresenta estilos locais, influência das igrejas de peregrinação. O ordenamento do extremo oriental evoluiu para uma planta radiante ou escalonada (como em Issoire). Era acrescentado um deambulatório à volta do perímetro da ábside para permitir o acesso às capelas. Na planta escalonada eram introduzidas capelas no lado oriental do transepto. A separação entre o clero e fieis era feita também com a distinção entre altares dos santos e altar-mor.


Na Provença encontramos igrejas altas, pouco largas com coberturas de ogivas e arco quebrado, não tem tribuna mas altas janelas.


Em Poitou as naves laterais são estreitas e elevam-se à altura da nave central.


Um segundo grupo de igrejas, as igrejas de cúpulas foram influenciadas pela arquitetura muçulmana e bizantina, com uma nave única muito alta com ou sem transepto e capelas radiantes.



Itália |





Batistério de Florença.


A Itália mostrou-se conservadora e não acompanhou a escala de actividade registada em França. A herança estilística da influência antiga clássica, bizantina e muçulmana foi explorada ao máximo: continuaram a usar a cúpula alteada, campanilles e batistérios separados, revestimentos a mármore no exterior e uma decoração miudinha. A torre é separada da igreja como em San Miniato al Monte, a fachada é ordenada com colunatas e arcarias cegas. O românico toscano tem influência muçulmana e bizantina: a cobertura é de madeira, as colunas clássicas e planta comum às basílicas paleo-cristãs. A fachada é viva, volta-se para a praça, tradição romana da vida pública na rua (como podemos observar no batistério de Florença).



Arquitetura românica em Portugal |




Sé de Lisboa.



Ver artigo principal: Arquitectura românica em Portugal

Durante a reconquista, de que nasceu Portugal, a arte peninsular não muçulmana continuava, na maior parte, os velhos modelos visigóticos, quer revestindo as formas moçarabes duma arte popular, do cristão submetido, a qual fundia elementos da tradição hispano-visigótica com os de origem cordovesa, quer adquirindo características ainda mais originais no reino das Astúrias, onde a remota arte visigótica se esfumara com a influência carolíngia, lombarda e romana. Um dos melhores expoentes do românico em Portugal é a Sé Velha de Coimbra, cuja construção data do século XII.



Ver também |



  • Românico cisterciense

  • Castelo românico

  • Estilo gótico

  • Rota do Românico do Vale do Sousa



Bibliografia |




  • V.I. Atroshenko and Judith Collins, The Origins of the Romanesque, Lund Humphries, London, 1985, ISBN 0-85331-487-X

  • Rolf Toman, Romanesque: Architecture, Sculpture, Painting, Könemann, (1997), ISBN 3-89508-447-6


  • Banister Fletcher, A History of Architecture on the Comparative method (2001). Elsevier Science & Technology. ISBN 0-7506-2267-9.


  • Helen Gardner; Fred S. Kleiner, Christin J. Mamiya, Gardner's Art through the Ages. Thomson Wadsworth, (2004) ISBN 0-15-505090-7.

  • George Holmes, editor, The Oxford Illustrated History of Medieval Europe, Oxford University Press, (1992) ISBN 0-19-820073-0

  • René Huyghe, Larousse Encyclopedia of Byzantine and Medieval Art, Paul Hamlyn, (1958)

  • RAMALHO, Germán. Saber ver a arte românica. pp. 3-4


  • Nikolaus Pevsner, An Outline of European Architecture. Pelican Books (1964)

  • John Beckwith, Early Medieval Art, Thames and Hudson, (1964)

  • Peter Kidson, The Medieval World, Paul Hamlyn, (1967)

  • T. Francis Bumpus,, The Cathedrals and Churches of Belgium, T. Werner Laurie. (1928)

  • Alec Clifton-Taylor, The Cathedrals of England, Thames and Hudson (1967)

  • John Harvey, English Cathedrals, Batsford (1961).

  • Trewin Copplestone, World Architecture, and Illustrated History, Paul Hamlyn, (1963)

  • Tadhg O'Keefe, Archeology and the Pan-European Romanesque , Duckworth Publishers, (2007), ISBN 0715634348




  • Portal de arquitetura e urbanismo



Popular posts from this blog

flock() on closed filehandle LOCK_FILE at /usr/bin/apt-mirror

Mangá

 ⁒  ․,‪⁊‑⁙ ⁖, ⁇‒※‌, †,⁖‗‌⁝    ‾‸⁘,‖⁔⁣,⁂‾
”‑,‥–,‬ ,⁀‹⁋‴⁑ ‒ ,‴⁋”‼ ⁨,‷⁔„ ‰′,‐‚ ‥‡‎“‷⁃⁨⁅⁣,⁔
⁇‘⁔⁡⁏⁌⁡‿‶‏⁨ ⁣⁕⁖⁨⁩⁥‽⁀  ‴‬⁜‟ ⁃‣‧⁕‮ …‍⁨‴ ⁩,⁚⁖‫ ,‵ ⁀,‮⁝‣‣ ⁑  ⁂– ․, ‾‽ ‏⁁“⁗‸ ‾… ‹‡⁌⁎‸‘ ‡⁏⁌‪ ‵⁛ ‎⁨ ―⁦⁤⁄⁕