Feudo









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No feudalismo, um feudo [1][2] é a terra ou uma fonte de renda concedida por um suserano ao vassalo, em troca de fidelidade e ajuda militar. Essa prática desenvolveu-se na alta Idade Média, no governo de Carlos Magno após o fim do Império Romano e foi a base para o estabelecimento de uma aristocracia fundiária.


A palavra "feudo", de origem germânica (do germânico vieh, pelo frâncico fëhu, significando gado, posse, ou propriedade, pelo b.-lat. feudu[3]), foi latinizada e no fim do século IX aparece na região do Midi (sul da França) como fevum, talvez por confusão com a palavra fiscum, que designava, à época carolíngia, os grandes domínios reais - e com uma ligação com beneficium, o que evocaria a origem pública do feudo no sul da França (o beneficium designa a concessão de uma terra por um agente público, em troca de serviços públicos).
O feudalismo era a base rural desenvolvida na idade medieval.
Do feudo nasceu o chamado feudalismo, que consistia numa organização política e social que se baseava na relação entre suseranos e vassalos.
No feudo se produzia apenas o que seria consumido nele mesmo. Os feudos eram compostos, principalmente, pelo:




  • Manso Senhorial - terras de domínio do senhor feudal como o moinho e o castelo;


  • Manso Servil - área de produção de subsistência dos camponeses (servos);


  • Terras Comunais - lugar onde os servos podiam coletar madeira, fazer pastagens, e onde ficavam os rios.


Nos feudos, os camponeses que trabalhavam para o suserano tinham de pagar vários impostos a ele, entre eles:




  • Corveia - Trabalhar de graça por alguns dias da semana.


  • Banalidade - Uso de propriedades, moinho, forno, prensas.


  • Talha - Entregar ao senhor parte do que produzia.


  • Mão morta -Imposto pago pela família do servo para permanecer na terra após a sua morte.

  • Hospitalidade - Obrigação de hospedar o senhor feudal e seu séquito em viagens.


Além disso os camponeses pagavam o dízimo à Igreja, que equivalia a 10% de seu salário.




Índice






  • 1 A ruralização da Europa


  • 2 A economia Feudal


  • 3 Sociedade


    • 3.1 Relações Sociais Verticais


    • 3.2 A organização do feudo[4]


    • 3.3 Servos e escravos e vilões


    • 3.4 Casas dos servos




  • 4 Ver também


  • 5 Referências





A ruralização da Europa


Na Idade Média, houve por consequência dos ataques viquingues e Hunos a ruralização da Europa. A partir desse ponto, a agricultura de subsistência (ou autossuficiente) passou a ser a principal atividade econômica, e o comércio, diminuindo drasticamente. Nessa época, os servos foram muito explorados por sua ignorância, pois as escolas palatinas ou palacianas apenas ensinavam pessoas da nobreza ou ligadas à Igreja. Entretanto, as escolas monacais e catedráticas ensinavam pessoas de todos os estamentos.


A economia Feudal


Como o comércio diminuíra, por conta do risco das cargas serem roubadas, a agricultura de subsistência tornou a principal atividade econômica, diminuindo ainda mais o comércio. O artesanato e o comércio eram as atividades econômicas secundárias.


Sociedade


A sociedade da Idade Média era tripartida, havendo três tipos de relação social:



  • Verticais

  • Horizontais

  • Eclesiásticas



Relações Sociais Verticais


Eram as relações servis, que nada mais eram que as obrigações dos servos com seu Senhor Feudal:




  • Corveia: Trabalhar alguns dias de graça por alguns dias da semana


  • Hospitalagem: Servir abrigo e comida para o senhor feudal em sua casa se for necessário


  • Talha: Imposto que o servo pagava que consistia em uma parte de sua produção


  • Banalidade: O pagamento para o uso de estruturas para o processamento de grãos


  • Mão Morta: Pagamento de Imposto por mão de obra perdida (quando um servo é morto)



A organização do feudo[4]


A organização dos feudos baseou-se em duas tradições: uma de origem germânica, o comitatus, e a outra de origem romana, o colonato. Pelo comitatus , os senhores da terra, unidos pelos laços de vassalagem, comprometiam-se a ser fiéis e a honrar uns aos outros. No colonato, o proprietário de terras dava proteção e trabalho aos colonos que, em troca, entregavam ao senhor parte de sua produção.


Não é possível avaliar com precisão o tamanho dos feudos, quando estes eram em terras mas estima-se que os menores tinham pelo menos 120 ou 150 hectares, algumas fontes citam que a Manor (território senhorial) possuía uma área que variava entre 1200 e 1800 acres (de 485 a 728 hectares).[5] Cada feudo compreendia uma ou mais aldeias, as terras cultivadas pelos camponeses, as florestas e as pastagens comuns, a terra pertencente à igreja paroquial além da casa senhorial (Manor), que ficava na melhor terra cultivável.


Pastos, prados e bosques eram usados em comum. A terra arável era divida em duas partes. Uma, em geral a terça parte do todo, pertencia ao senhor; a outra ficava em poder dos camponeses.


Nos feudos plantavam-se principalmente cereais (cevada, trigo, centeio e aveia). Cultivavam-se também favas, ervilhas e uvas.


Os instrumentos mais comuns usados no cultivo eram a charrua ou o arado, a enxada, a pá, a foice, a grade e o podão. Nos campos criavam-se carneiros que forneciam a lã; bovinos, que forneciam leite e eram utilizados para puxar carroças e arados; e cavalos, que eram utilizados na guerra e transporte.



Servos e escravos e vilões


A maior parte do trabalho dos feudos era realizada pelo servos. No período medieval a servidão não eliminou a escravidão, mas contribuiu para limitá-la.


O servo, diferentemente do escravo, não podia ser vendido, pois estava ligado à terra e, por isso, também não podia ser expulso do feudo.


No período feudal também era comum haver vilões. Eram camponeses que, ao contrário dos servos, não estavam ligados à terra, podiam abandonar os feudos e geralmente possuíam mais direitos que os servos comuns.


Casas dos servos


As moradias servis eram bem simples: cabanas e choupanas feitas de varas trançadas, barro, madeira, chão de terra batida e teto de palha seca. Ficavam à beira das terras cultiváveis. A cama do servo era uma caixa cheia de palha, e os assentos bancos de três pés sem encosto.[6]



Ver também



  • Alódio

  • Enfiteuse

  • Aforamento



Referências




  1. "SuaPesquisa.com". «Feudo». Consultado em 2 de maio de 2016. Cópia arquivada em 10 de março de 2008 


  2. "Só História". «O feudo». Consultado em 2 de maio de 2016. Cópia arquivada em 9 de outubro de 2009 


  3. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio v.5.0


  4. «o feudo» 


  5. «The Feudal System and Castle & Manor Demesnes». 12 de fevereiro de 2010. Consultado em 22 de novembro de 2015 


  6. Edwards Macnall Burns (1977). História da civilização ocidental. [S.l.: s.n.] p. Págs:325,329;331,342 





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