Nó toral






Nó toral 3-D




EureleA (Um Prêmio em forma de nó toral (2,3)).




Enlace toral(2,8)


Na teoria dos nós, um nó toral é um tipo especial de nó que pertence a uma superfície de um toro não atada em R3. Da mesma forma, um enlace toral é um enlace que se encontra na superfície de um toro de mesma forma. Cada nó toral é especificado por um par de números inteiros, que são primos entre si  p e q. Um enlace toral surge se p e q não são primos entre si (caso em que o número de componentes é o  mdc (p, q)). Um nó toral é trivial se, e somente se, ou p ou q é igual a 1 ou -1. O exemplo mais simples de um nó não trivial é a do nó toral (2,3), também conhecido como o nó de trevo.




Nó toral (2,-3) conhecido como nó de trevo.




Índice






  • 1 Representação geométrica


  • 2 Propriedades


  • 3 Ligação de hipersuperfícies complexas


  • 4 Ver também


  • 5 Referências


  • 6 Ligações externas





Representação geométrica |


Um nó toral pode ser composto geometricamente em várias formas que são topologicamente equivalentes, mas geometricamente distintas. A convenção utilizada neste artigo e seus números, é a seguinte.


O nó toral (p,q) sendo q a quantidade de vezes que gira em torno de um círculo no interior do toro,
e p a quantidade de vezes que gira em torno de seu eixo de simetria de rotação. Se p e q não são relativamente primos, então temos um toro de vínculo com mais de um componente.


A direção em que os fios do nó enrola em torno do too, também está sujeito a diferentes convenções. O mais comum é fazer com que os fios formem uma forma de parafuso para direita para que p, q > 0.[1][2][3].


O nó toral (p,q) pode ser dado pela parametrização


x=rcos⁡(pϕ)y=rsin⁡(pϕ)z=−sin⁡(qϕ){displaystyle {begin{aligned}x&=rcos(pphi )\y&=rsin(pphi )\z&=-sin(qphi )end{aligned}}}{displaystyle {begin{aligned}x&=rcos(pphi )\y&=rsin(pphi )\z&=-sin(qphi )end{aligned}}}


onde r=cos⁡(qϕ)+2{displaystyle r=cos(qphi )+2}{displaystyle r=cos(qphi )+2} e 0<ϕ<2π{displaystyle 0<phi <2pi }{displaystyle 0<phi <2pi }. Esta situa-se na superfície do toro por (r−2)2+z2=1{displaystyle (r-2)^{2}+z^{2}=1}{displaystyle (r-2)^{2}+z^{2}=1} (em coordenadas cilíndricas).


Outras parametrizações também são possíveis, porque os nós são definidos sobre contínuas deformações. As ilustrações do nó toral (2,3) e (3,8) podem ser obtidas tomando-se r=cos⁡(qϕ)+4{displaystyle r=cos(qphi )+4}{displaystyle r=cos(qphi )+4} e no caso do nó (2,3) subtraindo-se, respectivamente, 3cos⁡((p−q)ϕ){displaystyle 3cos((p-q)phi )}{displaystyle 3cos((p-q)phi )} e 3sin⁡((p−q)ϕ){displaystyle 3sin((p-q)phi )}{displaystyle 3sin((p-q)phi )} acima das parametrizações de x e y. O último generaliza-se suavemente para quaisquer primos entre si , p,q satisfazendo p<q<2p{displaystyle p<q<2p}{displaystyle p<q<2p}.



Propriedades |




Diagrama de um nó toral (3,-8).


Um nó toral é trivial se, e somente se, ou p ou q é igual a 1 ou-1.


Cada nó toral não trivial é primo e quiral.


O nó toral (p,q) é equivalente ao nó toral (q,p). Isso pode ser comprovado pelo movimento dos fios na superfície do toro, que é muito bem ilustrado «aqui». sketchesoftopology.wordpress.com . O  nó (p,−q) é o contrário (imagem espelhada) do nó (p,q). O nó (−p,−q)  é equivalente a (p,q), exceto pela inversão da orientação.[4][5][6]




O nó toral (3, 4) aberto sobre um superfície do toro


Qualquer nó toral(p,q) pode ser feita a partir de uma trança fechada com p fios. O expressão da trança adequada é [4]


2⋯σp−1)q.{displaystyle (sigma _{1}sigma _{2}cdots sigma _{p-1})^{q}.}{displaystyle (sigma _{1}sigma _{2}cdots sigma _{p-1})^{q}.}

O número de cruzamentos de a no nó toral(p,q) com p,q > 0 é dada por



c = min((p−1)q, (q−1)p).

O gênero de um nó toral com p,q > 0 é


g=12(p−1)(q−1).{displaystyle g={frac {1}{2}}(p-1)(q-1).}{displaystyle g={frac {1}{2}}(p-1)(q-1).}

O polinômio de Alexander de um nó toral é


(tpq−1)(t−1)(tp−1)(tq−1).{displaystyle {frac {(t^{pq}-1)(t-1)}{(t^{p}-1)(t^{q}-1)}}.}{displaystyle {frac {(t^{pq}-1)(t-1)}{(t^{p}-1)(t^{q}-1)}}.}

O polinômio de Jones (destros) do nó toral é dado por


t(p−1)(q−1)/21−tp+1−tq+1+tp+q1−t2.{displaystyle t^{(p-1)(q-1)/2}{frac {1-t^{p+1}-t^{q+1}+t^{p+q}}{1-t^{2}}}.}{displaystyle t^{(p-1)(q-1)/2}{frac {1-t^{p+1}-t^{q+1}+t^{p+q}}{1-t^{2}}}.}

O complemento de um nó toral na 3-esfera é uma variedade de fibra Seifert, fibrado sobre o disco com duas fibras singulares.


Tomando Y como a concavidade p de um chapéu de burro com um disco removido de seu interior, Z sendo a concavidade q de um chapéu de burro com um disco removido e o seu interior, e X o quociente do espaço obtido através da identificação de Y e Z , ao longo de seu limite de círculo. O complemento do nó de um nó toral (p, q)  retrai deformações para o espaço X. Portanto, o grupo de nós de um nó toral tem a seguinte característica:


x,y∣xp=yq⟩.{displaystyle langle x,ymid x^{p}=y^{q}rangle .}{displaystyle langle x,ymid x^{p}=y^{q}rangle .}


Nós torais são apenas nós cujo grupos de nó não-triviais do centro (o que é um ciclo infinito, gerado pelo elemento na apresentação acima).


O fator de alongamento de um nó toral (p,q) , como uma curva no espaço Euclidiano, é Ω(min(p,q)), para o  nó toral que estiver acoplado em fatores de alongamento. O pesquisador John Pardon ganhou em 2012 o prêmio Morgan por sua pesquisa provar este resultado, resolvendo um problema originalmente colocado por Mikhail Gromov.[7][8]



Ligação de hipersuperfícies complexas |


O nó toral (p,q) surge quando considera-se o enlace de uma isolada hipersuperfície complexa singular. Uma intersecção de uma hipersuperfície complexa com uma hiperesfera, centrada no ponto singular isolado, e com o raio suficientemente pequeno para que ele não inclua e nem encontre, quaisquer outros pontos singulares. A intersecção dá uma subvariedade da hiperesfera.


Seja p e q inteiros, primos entre si e maiores ou iguais a dois. Considere a função holomorfa f:C2→C{displaystyle f:mathbb {C} ^{2}to mathbb {C} }{displaystyle f:mathbb {C} ^{2}to mathbb {C} } dada por f(w,z):=wp+zq.{displaystyle f(w,z):=w^{p}+z^{q}.}{displaystyle f(w,z):=w^{p}+z^{q}.} Temos Vf⊂C2{displaystyle V_{f}subset mathbb {C} ^{2}}{displaystyle V_{f}subset mathbb {C} ^{2}} sendo o conjunto (w,z)∈C2{displaystyle (w,z)in mathbb {C} ^{2}}{displaystyle (w,z)in mathbb {C} ^{2}} tal que f(w,z)=0.{displaystyle f(w,z)=0.}{displaystyle f(w,z)=0.}Dado um número real 0<ε1,{displaystyle 0<varepsilon ll 1,}{displaystyle 0<varepsilon ll 1,} definimos o real na 3-esfera 3⊂R4↪C2{displaystyle mathbb {S} _{varepsilon }^{3}subset mathbb {R} ^{4}hookrightarrow mathbb {C} ^{2}}{displaystyle mathbb {S} _{varepsilon }^{3}subset mathbb {R} ^{4}hookrightarrow mathbb {C} ^{2}} como dado por |w|2+|z|2=ε2.{displaystyle |w|^{2}+|z|^{2}=varepsilon ^{2}.}{displaystyle |w|^{2}+|z|^{2}=varepsilon ^{2}.} A função f{displaystyle f}f tem um ponto crítico isolado em (0,0)∈C2{displaystyle (0,0)in mathbb {C} ^{2}}{displaystyle (0,0)in mathbb {C} ^{2}} visto que f/∂w=∂f/∂z=0{displaystyle partial f/partial w=partial f/partial z=0}{displaystyle partial f/partial w=partial f/partial z=0} se, e somente se w=z=0.{displaystyle w=z=0.}{displaystyle w=z=0.} Assim, consideramos a estrutura Vf{displaystyle V_{f}}{displaystyle V_{f}} fechada em (0,0)∈C2.{displaystyle (0,0)in mathbb {C} ^{2}.}{displaystyle (0,0)in mathbb {C} ^{2}.} Para fazer isso, consideramos a interseção Vf∩3⊂3.{displaystyle V_{f}cap mathbb {S} _{varepsilon }^{3}subset mathbb {S} _{varepsilon }^{3}.}{displaystyle V_{f}cap mathbb {S} _{varepsilon }^{3}subset mathbb {S} _{varepsilon }^{3}.} Essa intersecção é chamada também de enlace de sigularidade f(w,z)=wp+zq.{displaystyle f(w,z)=w^{p}+z^{q}.}{displaystyle f(w,z)=w^{p}+z^{q}.} O enlace de f(w,z)=wp+zq{displaystyle f(w,z)=w^{p}+z^{q}}{displaystyle f(w,z)=w^{p}+z^{q}}, onde p e q são primos entre si, e ambos maiores ou iguais a dois, sendo exatamente o nó toral(p, q)[9].



Ver também |



  • Nó de torção

  • Nó de trevo

  • Nó figura oito



Referências




  1. Livingston, Charles (1993). Knot theory. Mathematical Association of America. ISBN 0-88385-027-3


  2. Murasugi, Kunio (1996). Knot theory and its applications. Birkhäuser. ISBN 3-7643-3817-2


  3. Kawauchi, Akio (1996). A survey of knot theory. Birkhäuser. ISBN 3-7643-5124-1


  4. ab Lickorish, W. B. R. (1997).


  5. Dehornoy, P. et al. (2000). Why are braids orderable? http://www.math.unicaen.fr/~dehornoy/Books/Why/Dgr.pdf


  6. Birman, J. S., and Brendle, T. E. Braids: a survey. In: Menasco, W., and Thistlethwaite, M. (Eds.) (2005). Handbook of knot theory. Elsevier. ISBN 0-444-51452-X.


  7. Kehoe, Elaine (abril 2012), «2012 Morgan Prize», Notices of the American Mathematical Society, 59 (4): 569–571, doi:10.1090/noti825 .


  8. Pardon, John (2011), «On the distortion of knots on embedded surfaces», Annals of Mathematics, Second Series, 174 (1): 637–646, MR 2811613, arXiv:1010.1972Acessível livremente, doi:10.4007/annals.2011.174.1.21 .


  9. Milnor, J. (1968), Singular Points of Complex Hypersurfaces, ISBN 0-691-08065-8, Princeton University Press8 



Ligações externas |




  • «Renderizador em Actionscript do nó toral». ww17.flexr.org 


  • «Divertindo-se com nó toral (p,q)». blackpawn.com 




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