Copa Libertadores da América
CONMEBOL Libertadores | |||||||||
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Copa Libertadores da América | |||||||||
Logotipo atual | |||||||||
Dados gerais | |||||||||
Organização | CONMEBOL | ||||||||
Edições | 60 | ||||||||
Outros nomes | Libertadores | ||||||||
Local de disputa | América do Sul | ||||||||
Sistema | Grupos e Eliminatórias | ||||||||
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Edição atual | |||||||||
A Copa Libertadores da América ou Taça Libertadores da América (em espanhol: Copa Libertadores de América), oficialmente CONMEBOL Libertadores, é a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul, organizada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) desde 1960. É a competição de clubes mais importante do continente, sendo um dos torneios mais prestigiados do mundo, juntamente com a Liga dos Campeões da UEFA. O nome do torneio é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul: José Artigas, Simón Bolívar, José de San Martín, José Bonifácio de Andrada e Silva, D. Pedro I do Brasil, Antonio José de Sucre e Bernardo O'Higgins.[1]
A competição teve vários formatos diferentes ao longo de sua história. No início, apenas os campeões nacionais participavam, tanto que nos seus primórdios a competição era chamada de Copa dos Campeões da América, e recebeu o nome atual somente em 1965. A partir da edição do ano posterior, os vices-campeões nacionais sul-americanos também passaram a se classificar para a competição. Em 1998, as equipes do México foram convidadas a competir até 2017, quando a CONMEBOL instituiu uma reforma no certame que desencorajou os mexicanos a continuar disputando o torneio.[2] Hoje, pelo menos quatro clubes por país competem na Liberadores, enquanto que a Argentina e o Brasil têm seis e sete clubes representantes, respectivamente. Tradicionalmente, uma fase de grupos quase sempre foi usada, mas o número de times por chave variou por diversas vezes.
No formato atual, o torneio consiste em três etapas, com a primeira fase sendo iniciada geralmente no fim de janeiro. As seis equipes sobreviventes da primeira fase juntam-se aos outros 26 times previamente classificados na segunda, na qual existem oito grupos compostos por quatro equipes cada. Os dois melhores times de cada grupo vão pra fase final eliminatória, sempre em jogos de ida-e-volta até as finais, que são disputadas entre novembro e dezembro. O vencedor da Libertadores se classifica para a disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA (como representante da CONMEBOL) e na Recopa Sul-Americana do ano seguinte.
O Independiente é o recordista de títulos na competição, com sete conquistas. A Argentina é o país com o maior número de conquistas, com 25 títulos, enquanto que o Brasil é o país com a maior diversidade de times vencedores, com um total de 10 clubes diferentes que ergueram a taça. O troféu foi conquistado por 25 clubes diferentes, sendo que treze ganharam o torneio mais de uma vez e seis o venceram de forma consecutiva.[3]
Índice
1 História
1.1 Primeiros anos (1960-1969)
1.2 Domínio argentino (1970-1979)
1.3 Novos campeões e últimos triunfos uruguaios (1980-1989)
1.4 Renascimento (1990-1999)
1.5 Crescimento e prestígio (2000-2009)
1.6 Brasileiros e argentinos no topo novamente (2010-atualidade)
2 Formato
2.1 Classificação
2.2 Regras
2.3 Torneio
3 Premiação
3.1 Troféu
3.2 Prêmio em dinheiro
4 Impacto cultural
4.1 O "Sueño Libertador"
4.2 "La Copa se mira y no se toca"
5 Patrocínio
6 Cobertura da mídia
7 Bola
8 Hino oficial
9 Campeões
9.1 Títulos por equipe
9.2 Títulos por país
10 Participações
10.1 Equipes com mais participações
10.2 Por país
11 Maiores goleadas
12 Ranking de pontos
13 Artilheiros
14 Treinadores
15 Sede das finais
15.1 Por país
15.2 Por cidade
15.3 Por estádio
16 Ver também
17 Referências
18 Ligações externas
História
Ver artigo principal: História da Copa Libertadores da América e Campeonato Sul-Americano de Campeões
Os confrontos para a Copa Río de La Plata entre os campeões da Argentina e do Uruguai acenderam a ideia de uma competição continental na década de 1930. Em 1948, o Campeonato Sul-Americano de Campeões (espanhol: Campeonato Sudamericano de Campeones), o precursor mais direto da Copa Libertadores, foi realizado e organizado pelo clube chileno Colo-Colo após anos de planejamento e organização. Disputado em Santiago, no Chile, o torneio reuniu os campeões das principais ligas nacionais de cada nação, sendo conquistado pelo Vasco da Gama do Brasil.[4][5] Em seu sítio, a CONMEBOL se refere à competição de 1948 como a antecedente concreta que se tornou a Copa Libertadores,[6][7][8] e ao menos nos anos de 1996 e 1997, a citada entidade equiparou a dita competição à Copa Libertadores, uma vez que, com base neste título, em 29 de abril de 1996, o Comitê Executivo da entidade autorizou o Vasco da Gama a participar da edição de 1997 da Supercopa Libertadores,[9][10] competição aberta unicamente aos campeões da Copa Libertadores, e que não era aberta aos campeões de outras competições sul-americanas como a Copa Conmebol.
Em setembro de 1958, o brasileiro José Ramos de Freitas, então presidente da CONMEBOL, fez uma viagem à Argentina, para, dentre outros assuntos, tratar da criação de um campeonato sul-americano de clubes campeões.[11] Em 5 de março de 1959, acontece em Buenos Aires, sede da 26ª Copa América, o 30º Congresso Ordinário da CONMEBOL. Naquela reunião foi anunciada a criação da Copa dos Campeões da América, que reuniria todos os times campeões nacionais na América do Sul para uma disputa de melhor time do continente. Em 1965, esse mesmo torneio seria rebatizado de Copa Libertadores da América em homenagem aos heróis das independências das nações sul-americanas, como Simón Bolívar, José de San Martín, Pedro I, Bernardo O'Higgins, José Gervasio Artigas, entre outros.[12]
Primeiros anos (1960-1969)
A primeira edição da então Copa dos Campeões ocorreu em 1960. Participaram sete equipes na edição inaugural: Bahia do Brasil, Jorge Wilstermann da Bolívia, Millonarios da Colômbia, Olimpia do Paraguai, Peñarol do Uruguai, San Lorenzo da Argentina e Universidad do Chile. Todos esses times foram campeões nacionais de suas respectivas ligas em 1959. O primeiro jogo da história da competição ocorreu em 19 de abril de 1960. Foi vencido pelo Peñarol, que derrotou Jorge Wilstermann por 7-1. O primeiro gol na história da Copa Libertadores foi marcado pelo atacante uruguaio Carlos Borges do Peñarol. Os uruguaios ganharam essa primeira edição, derrotando o Olimpia nas finais e defendendo com sucesso o título em 1961.[13]
A Copa dos Campeões da América não recebia sua devida atenção internacional até a terceira edição, quando o time do Santos, liderado por Pelé, considerado por alguns como um dos melhores times de todos os tempos, ganhou admiração mundial.[14] Os "Santásticos", também conhecidos como "O Balé Branco", venceram o certame de 1962, derrotando o então Bicampeão Peñarol na final.[15] Na edição seguinte, "O Rei" e seu compatriota Coutinho demonstraram suas habilidades novamente ao vencer o torneio em cima do Boca Juniors da Argentina com duas vitórias: uma no Maracanã, no Rio de Janeiro, e a outra na Bombonera em Buenos Aires.[15][16]
O tradicional futebol argentino finalmente deixara sua marca na competição em 1964, quando o Independiente se tornou campeão após a eliminar o atual campeão Santos e derrotar o Nacional do Uruguai na final.[17][18] O Independiente conquistaria o bi em 1965,[18] e o Peñarol voltaria a vencer a Libertadores em 1966 derrotando o River Plate depois de vencê-lo em três partidas finais, uma vez que, na época, o regulamento da competição previa uma terceira partida de desempate em caso de empate de pontos nos dois primeiros jogos.[13] O Racing tornou-se a segunda equipe argentina a vencer a Libertadores em 1967,[19] mas um dos momentos mais importantes da história inicial do torneio iria ocorrer no ano seguinte, quando o Estudiantes viria a participar pela primeira vez na competição.[20]
O Estudiantes, um modesto clube de bairro e uma equipe relativamente pequena na Argentina, tiveram um estilo incomum que priorizou a preparação atlética e obteve resultados a todo custo.[21][22][23][24] Dirigido pelo treinador Osvaldo Zubeldía e uma equipe construída em torno de figuras como Carlos Bilardo, Oscar Malbernat e Juan Ramón Verón, os Pincharratas tornaram-se os primeiros tricampeões consecutivos da competição.[25][26][27][28] A equipe argentina venceu seu primeiro título em 1968, derrotando o Palmeiras do Brasil. Depois, defenderam o título com sucesso em 1969 e 1970 contra Nacional e Peñarol (ambos do Uruguai), respectivamente.[29][30]
Domínio argentino (1970-1979)
A década de 1970 foi dominada por clubes argentinos, com exceção de três temporadas. Em uma revanche das finais de 1969, o Nacional do Uruguai sagrou-se campeão do torneio em 1971 depois de superar o grande time do Estudiantes, que havia sido tricampeão consecutivo da Libertadores em 1968, 1969 e 1970.[31] Com dois títulos já no currículo, o Independiente formou um time vencedor com grandes jogadores como Francisco Sa, José Omar Pastoriza, Ricardo Bochini e Daniel Bertoni: bases dos títulos de 1972, 1973, 1974 e 1975.[18] O estádio do Independiente, La Doble Visera, tornou-se um dos locais mais temidos pelas equipes visitantes.[32] O título de 1972 veio quando Independiente enfrentou o Universitario do Peru nas finais. O Universitario havia se tornado a primeira equipe vinda de um país da costa do Pacífico a chegar à final depois de eliminar os gigantes uruguaios Peñarol e o então campeão Nacional na fase semifinal. A primeira partida em Lima terminou em um empate por 0-0, enquanto a segunda partida em Avellaneda terminou em 2-1 em favor do time da casa. O Independiente defendeu com sucesso o título um ano depois contra o Colo-Colo do Chile depois de vencer o jogo de desempate por 2-1. Los Diablos Rojos permaneceram com o troféu em 1974 depois de derrotar o brasileiro São Paulo por 1-0 em um jogo de desempate dificílimo. Em 1975, o Unión Española do Chile também não conseguiu parar os argentinos e sucumbiu por 2-0 na terceira partida decisiva da final.
O reinado de Los Diablos Rojos finalmente terminou em 1976, quando foram derrotados pelos seus compatriotas do River Plate na segunda fase em um playoff dramático valendo vaga na final. No entanto, na finalíssima, o River Plate seria derrotado pelo Cruzeiro do Brasil, que se tornou a primeira equipe brasileira a vencer o torneio desde o Santos de Pelé.[33]
Depois de terem perdido o troféu em 1963 pro Santos, o Boca Juniors da Argentina finalmente viu sua hora chegar. No final da década, os Xeneizes alcançaram as finais em três anos consecutivos. A primeira vez foi em 1977, no qual Boca ganhou seu primeiro título contra o então campeão Cruzeiro.[34] Depois que ambas as equipes venceram suas respectivas partidas em seus domínios por 1 a 0, um playoff em um campo neutro foi disputado para decidir o vencedor. A partida de desempate terminou empatada em 0-0 e foi decidida por pênaltis, onde o Boca levou a melhor e conquistou a competição pela primeira vez. O Boca Juniors ganhou o troféu novamente em 1978, depois de bater o Deportivo Cali da Colômbia por 4-0 na partida de volta da final.[35] No ano seguinte, o sonho do Tri foi interrompido pelo Olimpia do Paraguai, que depois de vencer a primeira partida da final por 2-0 superou a fortíssima pressão do Estádio La Bombonera e segurou um empate por 0-0, sagrando-se campeão pela primeira vez.[36] Como ocorrera em 1963, os argentinos do Boca novamente tiveram que assistir um time adversário vencer a Libertadores dentro de seus próprios domínios.
Novos campeões e últimos triunfos uruguaios (1980-1989)
Nove anos depois do seu primeiro troféu, o Nacional venceu sua segunda Libertadores em 1980 depois de vencer o Internacional do Brasil. Apesar do forte status que o futebol brasileiro tinha, em 1981 o país levou apenas o seu quarto título com o Flamengo, liderado por estrelas como Zico, Júnior, Leandro, Adílio, Nunes, Cláudio Adão, Tita e Carpegiani; este time brilhava à medida que a geração dourada do "Mengão" atingiu o ápice de suas carreiras batendo Cobreloa do Chile na final.[37][38]
Após 16 anos, o Peñarol voltaria a ganhar a competição em 1982 depois de vencer o vice-campeão do ano anterior, Cobreloa.[13] Primeiramente, os uruguaios despacharam o campeão Flamengo por 1-0 na última rodada da segunda fase em pleno Maracanã. Na final, eles repetiram a façanha, batendo Cobreloa na partida de volta por 1-0 em Santiago. O Grêmio de Porto Alegre fez história ao derrotar Peñarol na final de 1983, sendo campeão pela primeira vez na história.[39] Em 1984, o Independiente venceu o seu sétimo e último caneco, estabelecendo o recorde de maior campeão do torneio até hoje, depois de vencer o então campeão Grêmio em uma final que incluiu uma vitória por 1-0 em pleno Estádio Olímpico Monumental, casa do Tricolor Gaúcho, na primeira partida. Os destaques daquele time do Independiente foram os jogadores Jorge Burruchaga e o veterano Ricardo Bochini.[18]
Outra equipe oriunda de um país da costa do Pacífico chegou na final, repetindo o feito do chileno Cobreloa. O América de Cali da Colômbia chegou a três finais consecutivas em 1985, 1986 e 1987, mas, assim como o Cobreloa, o América não conseguiu ganhar o torneio nenhuma vez. Em 1985, o time dos Argentinos Juniors, um pequeno clube do bairro de La Paternal da cidade de Buenos Aires, surpreendeu a América do Sul, eliminando os campeões Independiente em pleno Estádio La Doble Visera por 2-1 durante o último jogo decisivo da segunda rodada, garantindo-se na final. Os Argentinos Juniors ganharam seu único título na competição ao derrotar o America de
Cali na terceira partida logo após uma disputa de pênaltis.[40] Após as frustrações de 1966 e 1976, o River Plate chegou a sua terceira final de Libertadores em 1986 e foram campeões pela primeira vez depois de vencer as duas partidas da final contra o América de Cali: 2-1 no Estádio Pascual Guerrero e 1-0 no Estádio Monumental de Núñez.[41][42] O Peñarol venceu a Copa novamente em 1987 depois de bater por 1-0 o América de Cali na prorrogação do playoff decisivo,[13] conquistando seu último título na competição.[43] Curiosamente, o rival do Peñarol, o Nacional, também conquistara a competição pela última vez no ano seguinte, fazendo com que o futebol uruguaio sofresse um grande declínio na Libertadores, não conquistando mais nenhum título desde então.
Finalmente, em 1989 uma equipe da costa do Pacífico viria a conquistar o torneio, quebrando o domínio estabelecido pelas potências dos países do Oceano Atlântico. O Atlético Nacional de Medellín venceu a última edição da Libertadores da década de 1980, tornando-se a primeira equipe da Colômbia a vencer o torneio. O Atlético Nacional enfrentou o Olimpia do Paraguai perdendo a primeira partida em Assunção por 2-0. Como o Estádio Atanasio Girardot do Atlético Nacional não tinha a capacidade mínima que a CONMEBOL exigia para sediar uma final, a segunda partida teve que ser disputada no Estádio El Campín de Bogotá, jogo este que terminou em 2-0 para os colombianos. Depois de ter empatado a série, o Atlético Nacional se tornou campeão nos pênaltis (vale lembrar que naquela edição as partidas de desempate já haviam sido abolidas e o Atlético foi campeão na segunda partida). Nesta edição de 1989 também ocorreu um fato inédito: foi a primeira vez que nenhum clube da Argentina, do Brasil ou do Uruguai conseguiu chegar à final, e isso viria se repetir até 1991.
Renascimento (1990-1999)
Tendo liderado o Olimpia no título de 1979 como técnico, Luis Cubilla voltou a treinar o clube em 1988. Com o lendário goleiro Ever Hugo Almeida, Gabriel González, Adriano Samaniego e a estrela Raul Vicente Amarilla, o formidável time paraguaio resgatou seus dias de glória do final da década de 1970. Depois de chegar na final em 1989 contra o Atlético Nacional, o Olimpia chegou à final da Copa Libertadores de 1990 depois de derrotar o detentor do título em uma semifinal dramática que só foi decidida nos pênaltis. Nas finais, o Olimpia derrotou o Barcelona de Guayaquil do Equador por 3 a 1 no agregado ganhando seu segundo título.[36] O mesmo Olimpia chegou às finais da Libertadores de 1991 mais uma vez, derrotando o Atlético Nacional nas semifinais e enfrentando o Colo-Colo do Chile na decisão. Dirigido pelo treinador jugoslavo Mirko Jozić, o time chileno bateu os paraguaios na segunda partida da final por 3-0. A derrota trouxe a segunda era dourada do Olimpia ao fim.[44]
Em 1992, o São Paulo deixou de ser um mero grande time no Brasil para se tornar uma potência internacional. A geração de Telê Santana promoveu um futebol vistoso, alegre e decisivo. Contando com grandes jogadores como Zetti, Müller, Raí, Cafu, Palhinha, etc., o São Paulo venceu o Newell's Old Boys da Argentina dando início a uma grande dinastia.[45] Em 1993, o tricolor paulista defendeu com sucesso o título duelando contra a Universidad Católica do Chile nas finais.[45] O clube brasileiro tornou-se o primeiro clube desde o Boca Juniors em 1978 a vencer duas Copas Libertadores consecutivas. Como o próprio Boca Juniors, no entanto, chegaram mais uma vez na final em 1994 e perderam o título para o Vélez Sársfield da Argentina nas penalidades máximas.[46]
Com uma formação tática altamente compacta e os gols da formidável dupla Jardel e Paulo Nunes, o Grêmio ganhou o cobiçado troféu novamente em 1995 depois de vencer o Atlético Nacional, que naquela época contava ainda com a figura icônica de René Higuita.[47] Jardel terminou a competição como artilheiro, marcando 12 gols. A equipe treinada por Luiz Felipe Scolari foi liderada pelo defensor (e capitão) Adilson e pelo habilidoso meio-campista Arilson. Na temporada de 1996, figuras como Hernán Crespo, Matías Almeyda e Enzo Francescoli ajudou o River Plate a garantir seu segundo título depois de derrotar o América de Cali em uma revanche da final de 1986.[48]
A Copa Libertadores permaneceu em grande parte do fim dos anos 90 em terras brasileiras, quando Cruzeiro, Vasco da Gama e Palmeiras venceram o torneio. O Cruzeiro ganhara o título de 1997 em cima do time peruano do Sporting Cristal. O único gol das duas partidas foi marcado pelo atacante Elivélton na partida de volta em Belo Horizonte, que contou com um público de mais de 106 mil pessoas no Mineirão.[33] O Vasco derrotou o Barcelona do Equador com facilidade quando venceu o certame de 1998. A década terminou muito boa para o futebol brasileiro quando o Palmeiras venceu o título de 1999. Foram dois jogos dramáticos na final: 1-0 para o Deportivo Cali na ida e 2-1 para o Palmeiras na volta, levando a decisão para as penalidades máximas. Era o segundo título de Libertadores do técnico Luiz Felipe Scolari, uma vez que o mesmo havia vencido o troféu treinando o Grêmio em 1995.[49][50]
Este período mostrou ser um grande ponto de virada na história da competição, já que a Copa Libertadores passou por um grande crescimento e mudança. Desde há muito tempo dominada por equipes da Argentina, o futebol sul-americano viu o Brasil começar a ofuscar seus vizinhos, já que seus clubes alcançaram sete finais e ganharam seis títulos na década de 1990.
A partir de 1998, a Copa Libertadores começou a ser patrocinada pela montadora japonesa Toyota e foi batizada oficialmente como Copa Toyota Libertadores. Nesse mesmo ano, os clubes mexicanos, embora afiliados à CONCACAF, começaram a participar da competição graças às cotas obtidas ao participarem inicialmente na chamada pré-Libertadores, onde dois times mexicanos enfrentaram dois clubes venezuelanos, num grupo de turno e returno a qual os dois primeiros colocados garantiam vaga a fase de grupos. O torneio posteriormente foi expandido para 32 equipes e os incentivos econômicos foram introduzidos por um acordo entre a CONMEBOL e a patrocinadora Toyota. Todas as equipes que avançaram para a segunda etapa do torneio receberam US$ 25.000 por sua participação.[51]
Crescimento e prestígio (2000-2009)
Durante a Copa Libertadores da América de 2000, o Boca Juniors voltou ao topo do continente e ergueu a Taça Libertadores novamente após 22 anos. Conduzido por Carlos Bianchi, o Virrey, juntamente com jogadores destacados como Mauricio Serna, Jorge Bermúdez, Óscar Córdoba, Juan Roman Riquelme e Martín Palermo, o clube se estabeleceu como um dos melhores times do mundo.[52] Os Xeneizes iniciaram esse legado ao vencer o detentor do título Palmeiras nas finais.[53] O time do Boca ganhou a edição de 2001 ao derrotar, mais uma vez, o Palmeiras nas semifinais e o mexicano Cruz Azul na final.[3][54] O Cruz Azul havia se tornado o primeiro clube mexicano a atingir a final após grandes atuações contra River Plate e um inspirado Rosario Central. Assim como os seus predecessores do final da década de 1970, no entanto, o Boca Juniors ficaria longe da terceira conquista consecutiva da Libertadores. Os Xeneizes se frustraram quando foram eliminados pelo Olimpia, desta vez nas quartas de final. Dirigido pelo técnico vencedor da Copa do Mundo de 1986 Nery Pumpido, o Olimpia superaria o Grêmio e chegara a final onde enfrentaria a grande surpresa São Caetano.[36] A final foi sofrida: após perder a primeira partida em casa por 1-0, o Olimpia conseguiu levar a decisão nos pênaltis na partida de volta em São Paulo vencendo por 2-1 no tempo normal. Os paraguaios levaram a melhor nas penalidades e levaram seu terceiro título do torneio.
O torneio de 2003 foi talvez uma das edições mais excepcionais da história da Libertadores, já que muitas equipes, como América de Cali, River Plate, Grêmio, Cobreloa e Racing, entre outros, apresentaram grandes times; além de grandes surpresas inesperadas como Independiente de Medellín e Paysandu.[55] O time do Santos (que tinha uma jovem equipe Campeã Brasileira em 2002, treinada por Emerson Leão e contando com jogadores de destaque como Renato, Alex, Léo, Ricardo Oliveira, Diego, Robinho e Elano), tornou-se um símbolo do futebol divertido e alegre que se assemelhava à geração de Pelé dos anos 60. O Boca Juniors mais uma vez mostrou seu talento dentro das quatro linhas preenchendo a lacuna deixada pelo bem sucedido time de 2000-2001 (com os novos destaques Rolando Schiavi, Roberto Abbondanzieri e Carlos Tevez). Boca Juniors e Santos acabariam se encontrando na final, fazendo uma revanche da edição de 1963 vencida pelos santistas. O Boca acabou vingando a derrota dos anos 60, superando o Santos nas duas partidas da final: 2-0 na Bombonera e 3-1 no Morumbi.[56][57] O treinador Carlos Bianchi venceu a Copa pela quarta vez e se tornou o técnico mais bem sucedido da história da competição, enquanto o Boca comemorava seu Pentacampeonato. O time argentino chegaria a sua quarta final em cinco torneios no ano seguinte, mas foi superado pelo surpreendente Once Caldas da Colômbia.[56] Empregando um estilo de futebol conservador e defensivo, o Once Caldas tornou-se o segundo clube colombiano a vencer a competição, depois do Atlético Nacional em 1989.
Depois de ser eliminado na semifinal de 2004, o São Paulo realizou um excelente torneio em 2005, chegando até a final para disputar o troféu com o Atlético Paranaense. Foi a primeira vez que a final da Libertadores envolveu dois times de um mesmo país.[58] O Tricolor obteve sua terceira conquista depois de vencer o Atlético na partida de volta por 4-0.[45] A final de 2006 também envolveu duas equipes brasileiras, com o atual campeão São Paulo em frente ao Internacional. Dirigidos pelo icônico capitão Fernandão, os Colorados venceram o São Paulo por 2-1 no Estádio do Morumbi e empataram por 2-2 em casa em Porto Alegre, ganhando assim seu primeiro título.[59][60] O grande rival do Internacional, o Grêmio, deu o melhor de si e chegou à final de 2007 com um esquadrão relativamente novo. No entanto, enfrentou o Boca Juniors, que contava com muitos jogadores experientes, que acabou levando seu sexto título.[61][62]
Em 2008, a CONMEBOL arranjou um novo patrocinador para o torneio: o Grupo Santander, um dos maiores bancos do mundo, tornou-se o patrocinador da Copa Libertadores, e assim o nome oficial mudou novamente para Copa Santander Libertadores. Nessa temporada, a LDU de Quito tornou-se o primeiro time do Equador a vencer a Copa Libertadores depois de derrotar o Fluminense por 3-1 nas penalidades. O goleiro José Francisco Cevallos desempenhou um papel fundamental, defendendo três cobranças nas penalidades máximas.[63][64] O maior ressurgimento da década aconteceu na 50ª edição da Libertadores e foi conquistada por um antigo clube que reapareceu pro continente. O Estudiantes de La Plata, liderado por Juan Sebastián Verón, ganharam seu quarto título depois de 39 longos anos após a geração bem-sucedida da década de 1960 (liderada pelo pai de Juan Sebastián, Juan Ramón). Os pincharatas conseguiram derrotar o Cruzeiro por 2-1 na partida de volta em Belo Horizonte.[65][66]
Brasileiros e argentinos no topo novamente (2010-atualidade)
A partir de 2010, a competição passou a ser dominada pelos clubes brasileiros por quatro anos, primeiramente com o Internacional, que conquistou o bi ao derrotar o Chivas Guadalajara do México na final.[67] Em 2011, o Santos volta a alcançar o topo do continente e vence sua terceira Copa depois de um longo hiato de 48 anos, superando novamente o Peñarol (como fez em sua primeira conquista em 1962) por 2–1 na finalíssima no Pacaembu em São Paulo.[68] No ano seguinte, o Corinthians venceu o torneio de forma invicta, batendo o tradicional Boca Juniors por 2–0 na finalíssima em São Paulo. Foi o primeiro título do Corinthians na competição.[69] Na segunda partida da final de 2013, o Atlético Mineiro devolveu ao Olimpia o placar de 2–0 que havia sofrido no primeiro jogo no Paraguai, levando a decisão para as penalidades máximas e se sagrou vencedor graças as defesas do goleiro Victor, conquistando seu primeiro título.[70]
O domínio brasileiro terminou com o título do San Lorenzo da Argentina em 2014, batendo o Nacional do Paraguai nas finais. Mas uma condição permaneceu nessa conquista: o campeão mais uma vez era inédito pelo terceiro ano consecutivo. A vitória do San Lorenzo foi seguida pela vitória de outro argentino, o River Plate, ganhando seu terceiro título em 2015. O Atlético Nacional quebrou o domínio argentino e venceu a edição de 2016 ao derrotar o Independiente del Valle do Equador em um placar agregado de 2–1. A equipe colombiana ganhou seu segundo título após 27 anos, tornando-se a primeira equipe do Pacífico a atingir um bi da competição. Em 2017, o Grêmio voltaria a colocar o Brasil no topo da Libertadores, ganhando o torneio pela terceira vez em sua história após 22 anos, ao derrotar o Lanús da Argentina na final com um placar agregado de 3–1. O Tricolor Gaúcho foi a segunda equipe brasileira a vencer a Libertadores em solo argentino, depois do Santos em 1963.
Em 2018 o River Plate ganhou o certame pela quarta vez numa final contra o seu maior rival, o Boca Juniors, depois de empatar a primeira partida na Bombonera por 2–2 e vencer a segunda partida no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, por 3–1 na prorrogação.[71] Esta foi a primeira vez que o superclássico do futebol argentino decidiu uma final internacional (sendo a terceira final na história da competição com dois times de um mesmo país após 2005 e 2006),[72] e também a primeira vez que foi decidida fora da América do Sul, após a partida de volta ter sido transferida de Buenos Aires por questões de segurança.[73]
Formato
Classificação
A forma de classificação para a competição é geralmente baseada nos resultados dos campeonatos nacionais dos países do continente, assim como a Liga dos Campeões da UEFA, na Europa. Mas há confederações que se utilizam de torneios próprios, independentes dos campeonatos nacionais propriamente ditos, para definir pelo menos algumas vagas como a Copa do Brasil, no Brasil, desde 1989, a Liguilla Pré-Libertadores, no Uruguai, entre 1974 e 2009, e no Chile desde 1974 (com algumas interrupções), o Torneo del Inca, no Peru, em 2015, e a InterLiga, entre 2004 e 2010, e Supercopa MX, entre 2014 e 2016, no México.
A Libertadores tem uma primeira fase na qual um número de clubes, atualmente 19, são emparelhados em duas séries de "mata-matas". Os quatro sobreviventes juntam-se aos clubes restantes na segunda fase, na qual são divididos em grupos de quatro. Os times dos grupos da segunda fase jogam entre si em turno e returno. Os dois melhores de cada grupo classificam-se para a fase eliminatória, na qual é realizado um sorteio entre os primeiros e segundos colocados dos grupos. A disputa acontece então em um novo sistema "mata-mata", assim como as quartas-de-final, semifinais e a final. Entre 1960 e 1987 os campeões da edição anterior entravam na competição na fase semifinal, tornando muito mais fácil a retenção do título. A partir de 1988 o campeão da edição anterior passou a entrar na terceira fase. Apenas a partir da edição de 2000, o campeão do ano anterior passou a disputar desde a fase de grupos, precisando obter vaga para a fase eliminatória, como os demais participantes.
Em seus primeiros anos, apenas os campeões nacionais das principais nações participavam, sendo a edição de 1966 a primeira a contar também com os vice-campeões. A competição acabou aumentada para 21, 32, 36, 38 e agora contará com 47 clubes.
A partir de 2010 o campeão da Copa Sul-Americana passou a ter uma vaga na Libertadores do ano seguinte, ocupando uma das vagas previamente estabelecidas para cada confederação (5 para Brasil e Argentina, e 3 para as demais confederações).[74]
A partir de 2017 a competição passou a ter 44 equipes e duas fases preliminares antes da fase de grupos, garantindo mais duas vagas extras para o Brasil e uma para a Argentina, Chile e Colômbia, além da vaga do campeão da Copa Sul-Americana direto na fase de grupos (até 2016 entrava na primeira fase).[75]
As vagas são distribuídas da seguinte maneira:
Vagas | País | Classificação |
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1 | Campeão da Copa Libertadores do ano anterior | |
1 | Campeão da Copa Sul-Americana do ano anterior | |
6 | Argentina | Primeiro a quinto lugar no Campeonato Argentino (5) Campeão da Copa Argentina (1) |
4 | Bolívia | Campeão do Torneo Apertura do Campeonato Boliviano (1) Campeão do Torneio Clausura do Campeonato Boliviano (1) Pontuação geral na temporada (2) |
7 | Brasil | Primeiro a sexto lugar no Campeonato Brasileiro (6) Campeão da Copa do Brasil (1) |
4 | Chile | Campeão do Torneio Clausura do Campeonato Chileno (1) Campeão do Torneio Apertura do Campeonato Chileno (1) Campeão da Copa Chile (1) Play-off entre os vice-campeões da temporada (1) |
4 | Colômbia | Campeão do Torneio Apertura do Campeonato Colombiano (1) Campeão do Torneio Finalización do Campeonato Colombiano (1) Pontuação geral na temporada (2) |
4 | Equador | Campeão e vice-campeão do Campeonato Equatoriano (2) Pontuação geral na temporada (2) |
4 | Paraguai | Campeão do Torneio Apertura do Campeonato Paraguaio (1) Campeão do Torneio Clausura do Campeonato Paraguaio (1) Pontuação geral na temporada (2) |
4 | Peru | Primeiro a quarto lugar no Campeonato Peruano (4) |
4 | Uruguai | Campeão do Campeonato Uruguaio (1) Vice-Campeão do Campeonato Uruguaio (1) Pontuação geral na temporada (1) Campeão do Torneo de Transición (1) |
4 | Venezuela | Campeão e vice-campeão do Campeonato Venezuelano (2) Pontuação geral na temporada (2) |
Os times de pior campanha de cada país, com exceção de Argentina, Chile e Colômbia onde está incluído o segundo de pior campanha e do Brasil onde se inclui também a terceira pior campanha, totalizando 16 times, jogam duas fases de mata-mata, sobrando 4 equipes que se juntam às 28 restantes na fase de grupos da Copa.
No México, uma das vagas era definida num jogo realizado entre os campeões do Torneio Apertura e do Clausura do país. No Brasil, entre os anos de 2000 a 2002, uma das vagas ficava com o campeão da Copa dos Campeões, competição oficial da CBF, atualmente não mais disputada.
Regras
Ao contrário da maioria das outras competições de futebol ao redor do mundo, a Copa Libertadores historicamente ficou por um bom período sem usar em suas partidas métodos de desempate como a regra do gol fora de casa ou até mesmo prorrogações.[76] De 1960 a 1987, as finais em duas partidas usavam como critério único o total de pontos somados nos dois jogos (as equipes recebiam 2 pontos por uma vitória, 1 ponto por empate e nenhum ponto por derrota), sem levar em consideração o saldo de gols. Se ambas as equipes permanecessem empatadas em número de pontos após as duas partidas, um terceiro jogo de desempate (playoff) seria disputado em um campo neutro. Se mesmo assim a terceira partida permanecesse empatada (mesmo após o tempo extra) uma disputa por pênaltis era realizada para determinar o campeão.[76]
A partir de 1988, os playoffs foram abolidos, limitando o número de jogos nas finais a apenas duas partidas. Exclusivamente em 1988, além de não haver uma terceira partida, não havia também o critério de saldo de gols como desempate, o que levou a decisão daquele ano para a prorrogação.[77] A partir de 1989, passaram a valer como critérios, além do número de pontos, o saldo de gols, com uma disputa por pênaltis imediata (sem prorrogação) caso o empate no placar agregado persistisse.[76] No ano de 1995, por determinação da FIFA, uma vitória passaria a valer três pontos, e não mais dois, com empate e derrota mantendo seu valor de um ponto e zero pontos, respectivamente.[76] A partir de 2005, a CONMEBOL começou a usar a regra de gols fora de casa, sendo que em 2008 somente as partidas finais não seriam consideradas para a utilização dessa mesma regra e utilizado tempo extra (prorrogação) caso o placar agregado permanecesse empatado.[76]
No dia 23 de fevereiro de 2018 durante uma reunião do conselho da CONMEBOL, foi anunciado que a partir da edição de 2019 a Libertadores da América será decidida em finais de jogo único num local previamente escolhido anualmente antes do início do torneio; segundo a entidade, a decisão foi tomada "após análise rigorosa de diversos estudos técnicos preparados por consultores especializados".[78] A ideia é de que as partidas decisivas sejam realizadas em horário nobre aos sábados (nos mesmos moldes das finais da Liga dos Campeões da UEFA) e que os clubes finalistas recebam 25% de receita da bilheteria cada um (sem arcar com nenhuma despesa de organização da partida).[79] A primeira cidade a sediar a final única será Santiago, no Chile.[80]
Torneio
A versão atual da competição possui 47 clubes que competem por um período de aproximadamente 11 meses (janeiro a novembro). Existem três fases: a primeira fase (chamada de Pré-Libertadores), a segunda fase (fase de grupos) e a fase eliminatória (mata-mata).
A primeira fase envolve 19 clubes em uma pequena fase eliminatória de partidas no sistema ida-e-volta, onde classificam-se 4 times para a segunda fase, que por sua vez estará dividida em 32 times em 8 grupos com 4 concorrentes cada.[76] As equipes de cada grupo jogam no formato de "todos contra todos" com turno e returno, com cada equipe jogando um jogo como mandante e outro como visitante contra todos os adversários de seu respectivo grupo.[76] As duas primeiras equipes de cada grupo são então classificadas para terceira fase que é eliminatória, que consiste em uma disputa de "mata-mata" com jogos de ida-e-volta.[76] A partir dessa fase, a competição prossegue com subfases chamadas de oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinal e final, todas com duas partidas cada onde cada time joga uma partida como mandante e outra visitante.[76] Entre 1960 e 1987, os times que defenderiam o título entravam na competição apenas na fase semifinal, o que facilitava muito pra um time ser campeão consecutivamente.
Entre 1960 e 2004, o vencedor do torneio era classificado para a disputa da extinta Copa Intercontinental (ou após 1980 Copa Européia/Sul-Americana Toyota), um torneio de futebol organizado pela UEFA e CONMEBOL que confrontava o Campeão da Libertadores e da Liga dos Campeões da UEFA.[76] Desde 2005, o vencedor da Libertadores ganha vaga para a atual Copa do Mundo de Clubes da FIFA, uma competição internacional organizada pela FIFA disputada pelos clubes campeões das seis confederações continentais. Como a Europa e a América do Sul são consideradas potências do futebol mundial, os campeões desses continentes entram no torneio diretamente na fase semifinal.[76] A equipe vencedora da Libertadores também ganha o direito de disputar a Recopa Sul-Americana num confronto de duas partidas contra o vencedor da Copa Sul-Americana.[76]
Premiação
Troféu
O troféu da competição foi concebido já no ano de 1959, logo quando a Copa Libertadores foi criada. O então presidente da CONMEBOL, Férmin Sorhueta, solicitou a Teófilo Salinas, membro do Comitê Executivo, a busca por uma taça para o torneio que teria início no ano seguinte, em 1960. O troféu foi desenhado na capital peruana pelo designer italiano Alberto de Gásperi, sendo aprovado pelos dirigentes da entidade.[81] Ficou decidido também que os clubes que vencessem o torneio três vezes seguidas teria o direito de ficar com a taça em formato definitivo.
Inicialmente, o objeto era consistido basicamente em 63 centímetros de prata esterlina[81]; no topo da taça, há uma figura composta de bronze[81] representando um jogador de futebol se preparando para chutar uma bola localizado acima de uma esfera com duas alças. A metade superior do globo abaixo do jogador leva os dez brasões dos países membros da CONMEBOL; na barra do meio da esfera era localizada a inscrição "Campeonato de Campeones de Sudamerica".[82] A partir dos anos 70, o troféu sofreria algumas mudanças: em 1971, logo após o Tricampeonato do Estudiantes e a posse definitiva do troféu por essa equipe, uma nova taça com as mesmas características foi oferecida, desta vez com um pedestal de madeira de cedro negro na qual os clubes campeões da competição seriam mostrados na base da taça através de pequenas placas de metal onde seriam mostrados o ano que o time venceu o torneio, o nome completo do clube vencedor, a cidade e a nação de origem da equipe juntamente com o escudo da agremiação; em 1974, a antiga inscrição no meio da esfera foi substituída apenas pelo nome popular do torneio "Copa Libertadores", a qual se mantém até hoje.[83]
No princípio, os próprios clubes campeões eram responsáveis por implementar suas próprias placas na base de madeira do troféu, o que causou uma falta de "padronização" das mesmas, pois as placas possuíam diversos tamanhos e cores diferentes (algumas eram prateadas e outras douradas).[83] O primeiro pedestal de cor escura durou até 1981; no ano seguinte a base seria substituída por uma madeira de cor mais clara e com maior capacidade para abrigar as placas dos campeões; no ano de 2004, o pedestal seria novamente ampliado com uma base maior para anexação de mais placas, mas no mesmo ano o troféu sofreria mais uma reforma por conta do dano sofrido durante a comemoração na cerimônia de premiação da equipe campeã do Once Caldas na qual o jogador Herly Alcázar destruiu a parte superior da esfera em meio à festa dos colombianos.[83] Em 2009, o troféu ganhou sua última alteração, com as placas agora padronizadas (todas de cor prata e de tamanho único) e anexadas pela própria CONMEBOL no ato da premiação dos campeões nas finais, e não mais pelos próprios clubes como era até então. Atualmente, o troféu pesa 10 quilos e 25 gramas e possui uma altura aproximada de 1 metro em sua totalidade.
O troféu atual é o terceiro a ser fabricado e oferecido na competição, uma vez que o Estudiantes (tricampeão consecutivo em 1968, 1969, 1970) e o Independiente (tricampeão consecutivamente em 1972, 1973, 1974), ambos da Argentina, conseguiram o direito de ter em definitivo a posse do troféu.[84]
Prêmio em dinheiro
A partir de 2014, os clubes participantes da Copa Libertadores recebem US$ 250.000 ao avançar para a segunda fase e US$ 300.000 por cada jogo em casa na fase de grupos. Esse montante é derivado de direitos de televisão e publicidade dentro dos estádios. O pagamento por partida como mandante aumenta para US$ 550.000 a partir das oitavas-de-final. A premiação em dinheiro vai aumentando à medida que os clubes vão indo mais longe na competição: os que alcançam as quartas-de-final recebem US$ 650.000, os que chegam às semis ganham US$ 700.000, o vice-campeão recebe US$ 1.000.000 enquanto que o campeão ganha US$ 2.300.000.[85]
O campeão da Copa Libertadores de 2014, San Lorenzo recebeu US$ 5,350,000 em prêmios em dinheiro, por exemplo. Os artilheiros daquela edição, Julio dos Santos e Nicolás Olivera, receberam o Troféu Alberto Spencer e o Prêmio Santander.[86][87] O Troféu de Fair Play, patrocinado pela Samsung, foi oferecido pela primeira vez em 2011 para a equipe melhor disciplinada em cada temporada, juntamente com uma bonificação de US$ 50.000.[88][89]
Para a edição de 2018, a CONMEBOL decidiu dobrar a premiação para o campeão e o vice da Copa Libertadores. O vencedor do torneio ganhará US$ 6 milhões e o segundo colocado ficará com a metade deste valor. Somadas as bonificações recebidas em todas as fases, o campeão da edição 2018 da Libertadores deve faturar mais de US$ 11 milhões. Para efeito de comparação, o Grêmio, vencedor do torneio em 2017, ficou com aproximadamente R$ 25 milhões. Em setembro do mesmo ano, a Conmebol anunciou que garantiu o valor mínimo de US$ 1,4 bilhão para a comercialização de seus torneios entre os anos de 2019 e 2022. Isso representa mais que o dobro do contrato atual. Porém, ainda não foi divulgado como este montante será repartido entre os clubes.Também houve um incremento de 100 mil dólares nos prêmios dos times eliminados nas semifinais. Eles devem receber aproximadamente R$ 4,5 milhões.[90]
Impacto cultural
A Copa Libertadores ocupa um espaço importante na cultura sul-americana. O folclore, a fanfarra e a organização de muitas competições em todo o mundo devem seus aspectos à Libertadores.
O "Sueño Libertador"
O Sueño Libertador, ou Sonho Libertador em português, é uma frase promocional usada pelo jornalismo esportivo no contexto de ganhar ou tentar vencer a Copa Libertadores.[91] Assim, quando um time é eliminado da competição, é comum dizer que esta equipe "despertou do sonho Libertador". O "sonho" normalmente começa após o clube ganhar a liga nacional (o qual lhes concede o direito de competir na Copa Libertadores do ano seguinte).
É comum que os clubes gastem grandes somas para disputar a Copa Libertadores. Em 1998, o Vasco da Gama gastou US$ 10 milhões para montar o elenco que foi campeão daquele ano e, no ano seguinte, o Palmeiras, treinado por Luiz Felipe Scolari, trouxe Júnior Baiano entre outros jogadores de destaque e conseguiu vencer a sua primeira Copa Libertadores em 1999. O torneio é altamente desejado pelos seus participantes. Em 2010, os jogadores do Chivas Guadalajara do México declararam que prefeririam jogar na final da Copa Libertadores do que disputarem um amistoso contra a Espanha, depois que esta venceu a Copa do Mundo FIFA de 2010.[92] Da mesma forma, após o triunfo na Copa do Brasil de 2010, vários jogadores do Santos optaram por permanecer no clube para poderem jogar a Copa Libertadores da América de 2011, mesmo recebendo ofertas milionárias de clubes europeus, como o Chelsea da Inglaterra e Lyon da França.[93]
O ex-goleiro do Boca Juniors, Óscar Córdoba, afirmou que a Copa Libertadores foi o troféu mais importante que ele havia vencido em sua carreira (acima inclusive da Copa Intercontinental)[94]Deco, vencedor duas vezes da Liga dos Campeões da UEFA com o Porto e o Barcelona em 2004 e 2006 respectivamente, afirmou que trocaria essas duas conquistas internacionais por um título da Libertadores.[95]
"La Copa se mira y no se toca"
Desde a sua criação em 1960, a Copa Libertadores foi predominantemente conquistada por clubes de países da costa atlântica: Argentina, Brasil e Uruguai. O Olimpia do Paraguai tornou-se o primeiro time fora desses países a vencer a Copa Libertadores erguendo o troféu de 1979.
O primeiro clube de um país da costa do Pacífico a chegar a uma final da Libertadores foi o Universitario de Lima, do Peru, que foram vices em 1972 para o Independiente da Argentina.[18] No ano seguinte, o Independiente derrotou na final o Colo-Colo do Chile, outra equipe de um país do Pacífico, criando o mito de que o troféu nunca iria para o oeste, dando à luz ao ditado La Copa se mira y no se toca (em português, A Taça é vista mas não tocada).[18] O Unión Española tornou-se a terceira equipe do Pacífico a atingir a final em 1975, embora também perdessem para o Independiente.[18] Em 1990 e 1998, o Barcelona do Equador, também chegou nas finais, mas perdeu as duas para Olimpia e Vasco da Gama, respectivamente. O Atletico Nacional de Medellín, da Colômbia, venceu a Copa Libertadores em 1989, tornando-se a primeira equipe de uma nação da costa do Pacífico a conquistar o torneio.
Após o triunfo do Colo-Colo do Chile em 1991, uma nova frase foi cunhada naquele país após a conquista: A copa se mira y se toca (A Taça é vista e tocada). Outros clubes de nações com costa no Pacífico que ganharam a competição foram Once Caldas da Colômbia em 2004 e LDU do Equador em 2008. O Atlético Nacional da Colômbia ainda venceu seu segundo título em 2016.
Patrocínio
Assim como a Copa do Mundo FIFA, a Libertadores é patrocinada por um grupo de corporações multinacionais. Entre 1998 e 2017 a competição tinha um patrocinador master que dava direito de nomeação.
O primeiro grande patrocinador da Libertadores foi a montadora japonesa Toyota Motor Corporation, que assinou um contrato de 10 anos com a CONMEBOL em 1997.[96] O segundo principal patrocinador foi o banco espanhol Santander, que assinou um contrato de 5 anos com a CONMEBOL em 2008. Entre 2013 e 2017 a competição teve como patrocínio principal a fabricante de pneus japonesa Bridgestone Corporation.[97] Para 2018 a CONMEBOL decidiu não renovar o contrato de naming rights com a Bridgestone nem procurar um novo patrocinador para nomear o torneio, numa estratégia que visa deixar o nome da competição mais limpo.[98]
Muitos patrocinadores secundários também investiram no torneio. A Nike fornece a bola oficial das partidas, assim como para todas as outras competições da CONMEBOL.[99] O jogo eletrônico Pro Evolution Soccer da Konami também é um patrocinador secundário, sendo o videogame oficial da Copa Libertadores.[100][101] Este foi o primeiro jogo de videogame a ambientar a competição.[102] Os clubes também podem usar camisas com seus patrocínios normalmente, mesmo que tais patrocinadores não sejam os mesmos da Copa Libertadores.[76]
Os patrocinadores e marcas anunciantes secundárias atuais do torneio (em itálico) são:
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Cobertura da mídia
Ver artigo principal: Lista de transmissoras da Copa Libertadores da América
O torneio atrai audiências de televisão além da América do Sul como Estados Unidos, México e Espanha. Os jogos são transmitidos em mais de 135 países, com comentários em mais de 30 idiomas, sendo um dos eventos esportivos mais assistidos na televisão mundial.[104] A Fox Sports en Latinoamérica, por exemplo, atinge mais de 25 milhões de famílias nas Américas.[105] A edição de 2009 teve mais de 1 bilhão de telespectadores acompanhando o certame.[106] A Torneos y Competencias é uma empresa secundária que patrocina as transmissões de televisão da Copa Libertadores.[76] O canal beIN Sports da Austrália transmite jogos da Copa Libertadores ao vivo para o país.
No Brasil a Copa Libertadores da América ainda demoraria para conquistar um espaço na mídia brasileira. Assim como as primeiras Copas do Mundo, as primeiras edições da Libertadores seriam gravadas na tecnologia de videoteipe para depois serem exibidas na TV. Foi assim com as duas primeiras conquistas do Santos, que primeiro foram gravadas para depois serem narradas e exibidas pela extinta TV Tupi na década de 1960. A mesma coisa ocorreu em 1976, quando o Cruzeiro levantou o troféu daquele ano, numa época em que a popularidade da competição ainda estava engatinhando no país. Somente nos anos 80 é que a Libertadores ganharia suas primeiras partidas ao vivo no Brasil, com a introdução da Rede Globo nas transmissões esportivas. Nesse período, os brasileiros viram as conquistas do Flamengo, em 1981, e Grêmio, em 1983. Mas foi nos anos 90 que o torneio passou a ser acompanhado mais assiduamente pelos brasileiros, com as equipes da Globo e, em algumas ocasiões também, da Rede Bandeirantes, da Rede Manchete e da Rede Record nas transmissões da Libertadores.[107] Atualmente, a Rede Globo detém os direitos exclusivos para a TV aberta até a edição de 2018. Por contrato tem direito de transmitir até duas partidas envolvendo clubes brasileiros por semana, além da final.[108]
A Fox Sports, de propriedade do grupo norte-americano News Corporation, com sede na Argentina, é a principal detentora dos direitos de transmissão na América Latina e, ao mesmo tempo, a co-organizadora do torneio oferecendo prêmios em dinheiro aos clubes que passam em cada fase. A emissora adquiriu os direitos de exibição da Libertadores em 2002 após a falência da PSN, que transmitiu com exclusividade a Libertadores para o continente – no Brasil, foi o canal exclusivo para televisão por assinatura – por duas temporadas.[109][110] Como não havia um canal da Fox Sports no Brasil, a Copa Libertadores da América de 2002 não foi transmitida para o país em sinal fechado.[111] A partir do ano seguinte, a Fox Sports repassou o torneio para o SporTV e a Rede Globo enquanto não possuía um canal próprio em território brasileiro.[112]
A partir da edição de 2012 da Libertadores, a Fox Sports requisitou a exclusividade para TV fechada quando lançou seu canal do Brasil.[113] Desde 2013, a Fox Sports fez um acordo com o SporTV, no qual os dois canais compartilham o jogo principal da rodada, depois a Fox detém exclusividade de uma segunda escolha e o SporTV, da terceira.[112] Todos os demais jogos são exclusivos da Fox.[112] A partir da edição 2017, a transmissão em TV Fechada continuará sendo da Fox e do SporTV, porém com um novo sistema de compartilhamento, onde cada uma escolherá o jogo que irá transmitir – exceto a final – tendo direito cada uma de até 50% das partidas.[114][115]
Bola
A bola oficial para uso nas partidas da Copa Libertadores é atualmente fabricada pela empresa norte-americana Nike.[99] É uma das muitas bolas produzidas pela fabricante americana de equipamentos esportivos para a CONMEBOL. A bola, aprovada pela FIFA, pesa aproximadamente 422g, e possui uma forma mais esférica que permite que a mesma voe mais rápido, mais longe e com mais precisão.[99] De acordo com a Nike, a precisão geométrica da bola distribui pressão uniformemente em torno dela mesma. A camada de polietileno comprimido armazena energia do impacto e a liberta no lançamento, e a câmara de ar de carbono-latex de 6 alas melhora a aceleração.[99]
Outra característica da bola é a sua camada de borracha; ela foi projetada para permitir uma melhor resposta, mantendo a energia de impacto e liberando-a no chute.[99] O seu material de suporte de espuma expandida de nitrogênio reticulado melhora sua retenção e aumenta sua durabilidade.[99] O tecido de suporte de poliéster aumenta a estrutura e a estabilidade. O gráfico assimétrico de alto contraste ao redor da bola cria uma cintilação ideal à medida que a bola gira dando características estéticas quando ela rola, permitindo também que o jogador identifique e rastreie mais facilmente a mesma.[99]
Hino oficial
Ver artigo principal: Sinfonia n.º 9 (Beethoven)
O hino oficial da Libertadores é um trecho da nona sinfonia de Beethoven.[116] O famoso coral no final da canção é a representação musical de Beethoven da Universal Brotherhood.[117] A peça é uma adaptação não literal de An die Freude de Friedrich Schiller, que Beethoven admirou.[118] O coro do hino é tocado antes do início e no fim das transmissões de televisão das partidas da Copa Libertadores.[116] A música também é tocada durante o sorteio das equipes no início de cada edição.[119] Também é tocada durante as cerimônias de premiação aos campeões nas finais.
Campeões
Ver artigo principal: Lista de campeões da Copa Libertadores da América
Campeões da Copa Libertadores da América | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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*Conquistou o título de forma invicta.[120] |
Títulos por equipe
Clube | País | Títulos | Vices | Aprov. |
---|---|---|---|---|
Independiente | Argentina | 7 (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984) | 0 | 100% |
Boca Juniors | Argentina | 6 (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007) | 5 (1963, 1979, 2004, 2012 e 2018) | 55% |
Peñarol | Uruguai | 5 (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987) | 5 (1962, 1965, 1970, 1983 e 2011) | 50% |
River Plate | Argentina | 4 (1986, 1996, 2015 e 2018) | 2 (1966 e 1976) | 67% |
Estudiantes | Argentina | 4 (1968, 1969, 1970 e 2009) | 1 (1971) | 80% |
Olimpia | Paraguai | 3 (1979, 1990 e 2002) | 4 (1960, 1989, 1991 e 2013) | 43% |
Nacional | Uruguai | 3 (1971, 1980 e 1988) | 3 (1964, 1967 e 1969) | 50% |
São Paulo | Brasil | 3 (1992, 1993 e 2005) | 3 (1974, 1994 e 2006) | 50% |
Grêmio | Brasil | 3 (1983, 1995 e 2017) | 2 (1984 e 2007) | 60% |
Santos | Brasil | 3 (1962, 1963 e 2011) | 1 (2003) | 75% |
Cruzeiro | Brasil | 2 (1976 e 1997) | 2 (1977 e 2009) | 50% |
Atlético Nacional | Colômbia | 2 (1989 e 2016) | 1 (1995) | 67% |
Internacional | Brasil | 2 (2006 e 2010) | 1 (1980) | 67% |
Palmeiras | Brasil | 1 (1999) | 3 (1961, 1968 e 2000) | 25% |
Colo-Colo | Chile | 1 (1991) | 1 (1973) | 50% |
San Lorenzo | Argentina | 1 (2014) | 0 | 100% |
Racing | Argentina | 1 (1967) | 0 | 100% |
Flamengo | Brasil | 1 (1981) | 0 | 100% |
Vélez Sarsfield | Argentina | 1 (1994) | 0 | 100% |
LDU Quito | Equador | 1 (2008) | 0 | 100% |
Argentinos Juniors | Argentina | 1 (1985) | 0 | 100% |
Corinthians | Brasil | 1 (2012) | 0 | 100% |
Atlético Mineiro | Brasil | 1 (2013) | 0 | 100% |
Vasco da Gama | Brasil | 1 (1998) | 0 | 100% |
Once Caldas | Colômbia | 1 (2004) | 0 | 100% |
América de Cali | Colômbia | 0 | 4 (1985, 1986, 1987 e 1996) | 0% |
Barcelona de Guayaquil | Equador | 0 | 2 (1990 e 1998) | 0% |
Deportivo Cali | Colômbia | 0 | 2 (1978 e 1999) | 0% |
Cobreloa | Chile | 0 | 2 (1981 e 1982) | 0% |
Newell's Old Boys | Argentina | 0 | 2 (1988 e 1992) | 0% |
Universidad Católica | Chile | 0 | 1 (1993) | 0% |
Universitario | Peru | 0 | 1 (1972) | 0% |
Chivas Guadalajara | México | 0 | 1 (2010) | 0% |
Unión Española | Chile | 0 | 1 (1975) | 0% |
Sporting Cristal | Peru | 0 | 1 (1997) | 0% |
Cruz Azul | México | 0 | 1 (2001) | 0% |
São Caetano | Brasil | 0 | 1 (2002) | 0% |
Atlético Paranaense | Brasil | 0 | 1 (2005) | 0% |
Fluminense | Brasil | 0 | 1 (2008) | 0% |
Nacional-PAR | Paraguai | 0 | 1 (2014) | 0% |
Tigres UANL | México | 0 | 1 (2015) | 0% |
Independiente del Valle | Equador | 0 | 1 (2016) | 0% |
Lanús | Argentina | 0 | 1 (2017) | 0% |
Títulos por país
País | Títulos | Vices | Aprov. | Clubes campeões |
---|---|---|---|---|
Argentina | 25 | 11 | 69,4% | 8 |
Brasil | 18 | 15 | 54,5% | 10 |
Uruguai | 8 | 8 | 50% | 2 |
Colômbia | 3 | 7 | 30% | 2 |
Paraguai | 3 | 5 | 37,5% | 1 |
Chile | 1 | 5 | 16,7% | 1 |
Equador | 1 | 3 | 25% | 1 |
México | 0 | 3 | 0% | 0 |
Peru | 0 | 2 | 0% | 0 |
Bolívia | 0 | 0 | – | 0 |
Venezuela | 0 | 0 | – | 0 |
Participações
Equipes com mais participações
Ver artigo principal: Participações dos clubes na Copa Libertadores da América
Participações[121] | Clube | |||||
---|---|---|---|---|---|---|
46 | Nacional e Peñarol | |||||
40 | Olimpia | |||||
39 | Cerro Porteño | |||||
34 | River Plate | |||||
33 | Colo-Colo e Sporting Cristal | |||||
32 | Bolívar | |||||
30 | Universitario | |||||
27 | Boca Juniors e Emelec | |||||
25 | Universidad Católica e Alianza Lima | |||||
24 | Barcelona, El Nacional e The Strongest | |||||
22 | Universidad de Chile e Deportivo Táchira | |||||
21 | Oriente Petrolero | |||||
20 | Independiente, Atlético Nacional e Deportivo Cáli | |||||
19 | América de Cáli | |||||
18 | São Paulo, Grêmio, Palmeiras e Jorge Wilstermann | |||||
17 | Millonarios, LDU Quito, Guaraní, Libertad e Caracas | |||||
16 | Cruzeiro | |||||
15 | San Lorenzo, Vélez Sársfield, Estudiantes e Defensor Sporting | |||||
14 | Corinthians, Flamengo, Santos e Junior | |||||
13 | Cobreloa | |||||
12 | Unión Española e Santa Fe | |||||
11 | Rosario Central, Internacional e Deportivo Petare | |||||
10 | Deportivo Quito |
Por país
País | Clube(s) | Participações[121] |
---|---|---|
Argentina | River Plate | 34 |
Bolívia | Bolívar | 32 |
Brasil | Grêmio, Palmeiras e São Paulo | 18 |
Chile | Colo-Colo | 33 |
Colômbia | Deportivo Cáli e Atlético Nacional | 20 |
Equador | Emelec | 27 |
México | América e Chivas Guadalajara | 7 |
Paraguai | Olimpia | 40 |
Peru | Sporting Cristal | 33 |
Uruguai | Nacional e Peñarol | 46 |
Venezuela | Deportivo Táchira | 22 |
Maiores goleadas
Estes são as maiores goleadas (maior diferença de gols) da história da Copa Libertadores.[122]
# | Data | Cidade | Mandante | Placar | Visitante | Estádio |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | 15 de março de 1970 | Montevidéu | Peñarol | 11–2 | Valencia | Estádio Centenario |
2 | 11 de março de 1970 | Buenos Aires | River Plate | 9–0 | Universitario | Estádio Monumental de Núñez |
3 | 22 de março de 1971 | Montevidéu | Peñarol | 9–0 | The Strongest | Estádio Centenario |
4 | 28 de fevereiro de 1962 | Santos | Santos | 9–1 | Cerro Porteño | Vila Belmiro |
5 | 30 de abril de 1963 | Montevidéu | Peñarol | 9–1 | Everest | Estádio Centenario |
6 | 14 de abril de 1985 | Santa Cruz de la Sierra | Blooming | 8–0 | Deportivo Itália | Estádio Ramón Tahuichi Aguilera |
7 | 10 de maio de 2012 | Santos | Santos | 8–0 | Bolívar | Vila Belmiro |
8 | 21 de setembro de 2017 | Buenos Aires | River Plate | 8–0 | Jorge Wilstermann | Estádio Monumental de Núñez |
Ranking de pontos
De 1960 até 2017, foram realizadas 58 edições da Copa Libertadores da América.[123] Nesse período, os 30 maiores clubes pontuadores na competição, foram os seguintes:
Pos. | Clube | País | Part | Tít | J | V | E | D | GP | GC | Pts | Dif. |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Nacional | Uruguai | 44 | 3 | 367 | 154 | 100 | 113 | 523 | 405 | 562 | |
2 | River Plate | Argentina | 33 | 3 | 324 | 159 | 80 | 85 | 538 | 350 | 557 | (1) |
3 | Peñarol | Uruguai | 44 | 5 | 351 | 155 | 78 | 118 | 531 | 431 | 543 | (1) |
4 | Boca Juniors | Argentina | 26 | 6 | 262 | 140 | 62 | 60 | 410 | 240 | 482 | |
5 | Olimpia | Paraguai | 39 | 3 | 292 | 115 | 84 | 93 | 419 | 365 | 429 | |
6 | Cerro Porteño | Paraguai | 38 | 0 | 287 | 102 | 84 | 101 | 377 | 381 | 390 | |
7 | América de Cali | Colômbia | 19 | 0 | 196 | 89 | 55 | 52 | 287 | 211 | 322 | |
8 | Colo-Colo | Chile | 32 | 1 | 225 | 90 | 52 | 83 | 326 | 314 | 322 | |
9 | Bolívar | Bolívia | 31 | 0 | 223 | 88 | 50 | 85 | 328 | 337 | 314 | (1) |
10 | São Paulo | Brasil | 18 | 3 | 181 | 90 | 42 | 49 | 279 | 171 | 312 | (1) |
11 | Grêmio | Brasil | 17 | 3 | 169 | 87 | 36 | 46 | 256 | 156 | 297 | (2) |
12 | Universidad Católica | Chile | 25 | 0 | 210 | 80 | 56 | 74 | 324 | 302 | 296 | (1) |
13 | Cruzeiro | Brasil | 15 | 2 | 148 | 86 | 27 | 35 | 278 | 147 | 285 | (1) |
14 | Palmeiras | Brasil | 17 | 1 | 162 | 83 | 31 | 48 | 287 | 189 | 280 | (1) |
15 | Universitario | Peru | 29 | 0 | 213 | 67 | 67 | 79 | 253 | 285 | 268 | (1) |
16 | Barcelona | Equador | 24 | 0 | 203 | 69 | 53 | 81 | 237 | 258 | 260 | (1) |
17 | Atlético Nacional | Colômbia | 19 | 2 | 163 | 68 | 41 | 54 | 223 | 186 | 245 | (1) |
18 | Sporting Cristal | Peru | 33 | 0 | 214 | 62 | 56 | 96 | 271 | 337 | 242 | (1) |
19 | Independiente | Argentina | 19 | 7 | 144 | 68 | 36 | 40 | 201 | 136 | 240 | (1) |
20 | Vélez Sársfield | Argentina | 15 | 1 | 131 | 67 | 32 | 32 | 187 | 116 | 233 | |
21 | Santos | Brasil | 13 | 3 | 122 | 68 | 25 | 29 | 245 | 142 | 229 | (3) |
22 | Emelec | Equador | 26 | 0 | 199 | 63 | 37 | 99 | 212 | 287 | 226 | (2) |
23 | Estudiantes | Argentina | 14 | 4 | 121 | 67 | 21 | 33 | 165 | 107 | 222 | (1) |
24 | Deportivo Cali | Colômbia | 20 | 0 | 154 | 61 | 32 | 61 | 217 | 206 | 215 | (3) |
25 | Corinthians | Brasil | 13 | 1 | 112 | 59 | 26 | 27 | 196 | 111 | 203 | |
26 | Universidad de Chile | Chile | 21 | 0 | 153 | 56 | 32 | 63 | 118 | 222 | 200 | |
27 | Flamengo | Brasil | 13 | 1 | 107 | 57 | 20 | 30 | 202 | 131 | 191 | (3) |
28 | Internacional | Brasil | 11 | 2 | 110 | 53 | 29 | 28 | 163 | 103 | 188 | (1) |
29 | The Strongest | Bolívia | 23 | 0 | 151 | 53 | 29 | 69 | 192 | 255 | 188 | (2) |
30 | El Nacional | Equador | 24 | 0 | 146 | 53 | 28 | 65 | 177 | 208 | 187 | (1) |
Artilheiros
Ver artigo principal: Lista de artilheiros da Copa Libertadores da América
N° | Jogador | Ano | Clube(s) | Gols |
---|---|---|---|---|
1 | Alberto Spencer | 1960–70 1971–72 | Peñarol (48) Barcelona (6) | 54 |
2 | Fernando Morena | 1973–86 | Peñarol | 37 |
3 | Pedro Rocha | 1963–70 1972–74 1979 | Peñarol (25) São Paulo (10) Palmeiras (1) | 36 |
4 | Daniel Onega | 1966–70 | River Plate | 31 |
5 | Julio Morales | 1966–81 | Nacional | 30 |
6 | Antony de Ávila | 1983–96 1998 | América de Cali (27) Barcelona (2) | 29 |
6 | Juan Carlos Sarnari | 1966–67 1968–69 1972 1976 | River Plate (10) Universidad Católica (12) Universidad de Chile (4) Independiente de Santa Fe (3) | 29 |
7 | Luizão | 1998–99 2000 2002 2005 | Vasco da Gama (8) Corinthians (15) Grêmio (1) São Paulo (5) | 29 |
Treinadores
Ver artigo principal: Treinadores campeões da Copa Libertadores
O argentino Carlos Bianchi é o treinador mais vitorioso da Copa Libertadores, com quatro conquistas, comandando o Vélez Sarsfield (em 1994) e o Boca Juniors (em 2000, 2001 e 2003). Osvaldo Zubeldía, além de ser o segundo treinador mais vitorioso, é o único treinador tricampeão em anos consecutivos (em 1968, 1969 e 1970) sob o comando do Estudiantes de La Plata. Juan Carlos Lorenzo (em 1977 e 1978), Luís Alonso Pérez (em 1962 e 1963), Manuel Giudice (em 1964 e 1965), Roberto Scarone (em 1960 e 1961), Telê Santana (em 1992 e 1993) foram bicampeões em anos consecutivos e os treinadores Edgardo Bauza (em 2008 e 2014), Luis Cubilla (em 1979 e 1990), Luiz Felipe Scolari (em 1995 e 1999), Marcelo Gallardo (em 2015 e 2018), Paulo Autuori (em 1997 e 2005), Pedro Dellacha (em 1972 e 1975) também foram bicampeões mas em anos alternados.
Sede das finais
As listagens a seguir mostra todos os locais que sediaram pelo menos uma decisão de Libertadores, ou seja, a derradeira partida da competição. Vale lembrar que, até meados dos anos 80, havia a possibilidade de uma terceira partida de desempate ser realizada em campo neutro caso as equipes finalistas permanecessem empatadas em número de pontos (que era o critério único na época), as tabelas abaixo também consideram esses playoffs.
Por país
País | Finais | Cidades |
---|---|---|
Brasil | 18 | São Paulo (10), Porto Alegre (4), Belo Horizonte (3) e Rio de Janeiro (1) |
Argentina | 14 | Buenos Aires (9), Avellaneda (3), La Plata (1) e Lanús (1) |
Chile | 9 | Santiago (9) |
Uruguai | 7 | Montevidéu (7) |
Colômbia | 4 | Medellín (2), Bogotá (1) e Manizales (1) |
Paraguai | 3 | Assunção (3) |
Equador | 2 | Guayaquil (2) |
Espanha | 1 | Madrid (1) |
Peru | 1 | Lima (1) |
Por cidade
Cidade | País | Finais |
---|---|---|
São Paulo | Brasil | 10 |
Buenos Aires | Argentina | 9 |
Santiago | Chile | 9 |
Montevidéu | Uruguai | 7 |
Porto Alegre | Brasil | 4 |
Assunção | Paraguai | 3 |
Avellaneda | Argentina | 3 |
Belo Horizonte | Brasil | 3 |
Guaiaquil | Equador | 2 |
Medellín | Colômbia | 2 |
Bogotá | Colômbia | 1 |
Lanús | Argentina | 1 |
La Plata | Argentina | 1 |
Lima | Peru | 1 |
Madrid | Espanha | 1 |
Manizales | Colômbia | 1 |
Rio de Janeiro | Brasil | 1 |
Por estádio
Estádio | Finais | Anos |
---|---|---|
Estádio Nacional de Chile | 8 | 1965*, 1966*, 1967*, 1974*, 1976*, 1982, 1987* e 1993 |
Estádio Centenario | 7 | 1968*, 1970, 1973*, 1977*, 1980, 1981*, 1988 |
Morumbi | 5 | 1992, 1994, 2000, 2003 e 2005 |
La Bombonera | 4 | 1963, 1978, 1979 e 2001 |
Monumental de Núñez | 4 | 1962*, 1986, 1996 e 2015 |
Pacaembú | 4 | 1961, 2002, 2011 e 2012 |
Libertadores de América | 3 | 1964, 1972 e 1984 |
Mineirão | 3 | 1997, 2009 e 2013 |
Atanasio Girardot | 2 | 1995 e 2016 |
Beira-Rio | 2 | 2006 e 2010 |
Defensores del Chaco | 2 | 1975* e 1985* |
Monumental de Guayaquil | 2 | 1990 e 1998 |
Olímpico Monumental | 2 | 1983 e 2007 |
Ciudad de Lanús | 1 | 2017 |
El Bosque de Para Uno | 1 | 1960 |
El Campín | 1 | 1989 |
Estádio Nacional do Peru | 1 | 1971* |
Jorge Luis Hirschi | 1 | 1969 |
Maracanã | 1 | 2008 |
Monumental de Santiago | 1 | 1991 |
Nuevo Gasómetro | 1 | 2014 |
Palestra Itália | 1 | 1999 |
Palogrande | 1 | 2004 |
Santiago Bernabéu | 1 | 2018 |
Nota: Os anos com asterisco consistem em finais que foram decididas em um playoff.
Ver também
- Campeonato Sul-Americano de Campeões
- Copa Libertadores da América de Futebol Feminino
- Copa Libertadores da América Sub-20
- Estatísticas da Copa Libertadores da América
- Ranking CONMEBOL da Copa Libertadores
- Classificação dos clubes brasileiros em edições da Copa Libertadores da América
- Copa Sul-Americana
- Participações de clubes brasileiros na Libertadores e na Sul-americana
- Lista de futebolistas que foram campeões da Copa Libertadores e da Champions League
- Lista dos treinadores vencedores da Copa Libertadores da América
- Participações de clubes brasileiros em competições da CONMEBOL
- Lista de bolas oficiais da Copa Libertadores da América
Referências
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↑ Predefinição:Citar web=https://www.campeoesdofutebol.com.br/libertadores goleadas.html
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Ligações externas
Página da Copa Libertadores da América no site oficial da CONMEBOL (em castelhano)
Copa Libertadores da América no portal GloboEsporte.com (em português)
Estatísticas da Copa Libertadores da América no site RSSSF.com (em inglês)
Hace exactamente 50 años nacía la Copa Libertadores de América (CONMEBOL.com) (em castelhano)
Copa Libertadores da América no twitter (em português)