Médio Oriente





Disambig grey.svg Nota: Para o termo com conotações históricas, veja Oriente Próximo. Para o termo no contexto da Idade Antiga, veja Antigo Oriente Próximo. Para o termo amplo cunhado nos Estados Unidos, veja Grande Oriente Médio. Para a região definida pelas Nações Unidas, veja Sudoeste Asiático.



Oriente Médio


Oriente médio


















Países
18 ou 38
Idiomas

Oriente Médio: Árabe, Aramaico, Copta, Azeri, Grego, Hebraico, Curdo, Persa, Turco
Grande Oriente Médio: Árabe, Armênio, Aramaico, Copta, Azeri, Balúchi, Grego, Dari, Georgiano, Hebraico, Curdo, Pachto, Persa, Panjabi, Turco, Urdu
Fusos horários
UTC +2:00 (Egito) a UTC +3:30 (Irã)
Maiores cidades
Em ordem de classificação: Cairo, Istambul, Teerã, Bagdá, Riad, Ancara, Jidá



O Médio Oriente (português europeu) ou Oriente Médio (português brasileiro) (em árabe الشرق الأوسط, ash-sharq-al-awsat) é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do mar Mediterrâneo. É um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao golfo Pérsico. O Oriente Médio é uma sub-região da África-Eurásia (partes da Turquia estão na Europa, e o país é considerado por alguns como parte da última), sobretudo da Ásia, e partes da África setentrional. Comparada com o restante da Ásia, é uma região geograficamente pequena, com uma área aproximada de 7 200 000 km². A população do Oriente Médio é de 270 milhões de habitantes.[1]




Índice






  • 1 História


  • 2 Geografia


    • 2.1 Clima




  • 3 Demografia


  • 4 Territórios e regiões


  • 5 Política


  • 6 Economia


  • 7 Religião


  • 8 Ver também


  • 9 Referências


  • 10 Ligações externas





História |



Ver artigo principal: História do Oriente Médio

O Oriente Médio fica na junção da Eurásia, da África, do mar Mediterrâneo e do Oceano Índico. É o local de nascimento e centro espiritual do cristianismo, islamismo, judaísmo, yazidi, mitraísmo, zoroastrismo, maniqueísmo e bahá'i. Ao longo de sua história, o Oriente Médio tem sido um grande centro de negócios do mundo, uma área estratégica, económica, política, cultural e religiosamente sensível.




O monte do Templo em Jerusalém.


As primeiras civilizações da Mesopotâmia e do Antigo Egito, originaram-se no Crescente Fértil e em regiões do vale do Nilo do antigo Oriente, assim como as civilizações do Levante, Pérsia e da Arábia. O Oriente Médio foi unificado pela primeira vez sob o Império Aquemênida seguido mais tarde pelo Império Macedônio e império iranianos, a saber, o Império Parta e o Império Sassânida. No entanto, seriam os califados árabes na Idade Média ou idade de ouro islâmica, que primeiramente iriam unificar todo o Oriente Médio como uma região distinta e criar a identidade étnica dominante que persiste até hoje. Os turcos seljúcidas, o Império Otomano e os safávidas também depois dominariam a região.


O moderno Oriente Médio surgiu após a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano acabou e a Palestina passou a ser administrada pela Inglaterra. Isso fez com que os conflitos entre árabes e judeus se intensificarem ainda mais. A Inglaterra apoiava o movimento sionista, criado para fundar um Estado Judaico na Palestina que era considerada o berço do povo judeu.[2]


De acordo com esse sistema sionista, o papel da Inglaterra seria criar um lar nacional para os judeus que vinham sofrendo perseguições em todo o mundo, mas sem violar os direitos dos Palestinos que já viviam ali. Assim na década de XX ocorreu uma grande migração de judeus para a Palestina.


Após a Segunda Guerra Mundial e o fim do Holocausto (que matou mais de 6 milhões de judeus), a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou em 1947, a criação de dois estados: um judeu (ocupando 57% da área) e outro Palestino (ocupando o resto do território). Essa partilha de terras desagradou os Palestinos (árabes). Em 1948 quando os ingleses desocuparam a região, os judeus criaram o Estado de Israel sendo que um dia depois, os árabes insatisfeitos com a partilha declararam guerra. Acabou que os árabes foram derrotados e esse conflito fez Israel conseguir aumentar seu território de 57% para 75%.


No século XX, ações importantes da região do petróleo deu-lhe nova importância estratégica e econômica. A produção em massa do petróleo começou por volta de 1945, com a Arábia Saudita, Irã, Kuwait, Iraque e Emirados Árabes Unidos com grandes quantidades de petróleo. As reservas de petróleo estimadas, especialmente na Arábia Saudita e Irã, estão entre as maiores do mundo, e o cartel internacional do petróleo da Opep é dominado por países do Oriente Médio.[2][3]


Durante a Guerra Fria, o Oriente Médio foi um teatro de luta ideológica entre as duas superpotências: os Estados Unidos e a União Soviética, que competiam por zonas de influências e aliados regionais. É claro que, além dos motivos políticos, houve também o "conflito ideológico" entre os dois sistemas. Neste quadro contextual, os Estados Unidos procuraram desviar o mundo árabe da influência soviética.


Desde o final da Segunda Guerra Mundial, a região tem tido períodos de relativa paz e tolerância, pontuada por conflitos e guerras como a Guerra do Golfo, a Guerra do Iraque, o conflito árabe-israelense, as invasões americanas ao Iraque e Afeganistão e o atual conflito na Síria. Além disto, também atualmente, acusações contra o programa nuclear do Irã aumentam ainda mais a instabilidade da região.



Geografia |





Imagem de satélite da península Arábica.


O clima predominante no Oriente Médio é seco (desértico) e a região apresenta poucos rios. Os maiores e mais importantes são o Tigre e o Eufrates, entre os quais há a Mesopotâmia, região muito fértil para a agricultura e berço da civilização mesopotâmica.[carece de fontes?]


Mesmo atravessando uma região árida, de poucas chuvas, os rios Tigre e Eufrates não secam, porque suas nascentes encontram-se numa região de muita chuva na Turquia. A água é um recurso natural muito escasso no Oriente Médio. Há previsões de que nesse século haverá muitas guerras e conflitos pela posse da água. Muitos países precisam importá-la ou dessalinizar água do mar para obter água potável. Essas medidas, contudo, são caras.[carece de fontes?]



Clima |


O clima do Oriente Médio é árido e semiárido, o que proporciona o predomínio de uma paisagem vegetal marcada pela presença de espécies xerófilas (nas áreas de clima árido) ou de estepes e pradarias (nas áreas de clima semiárido). Apenas pequenas faixas de terra, na porção litorânea, apresentam climas um pouco mais úmidos, onde há presença de formações vegetais arbustivas. A vegetação da região ocidental esta baseada em xerófitas e estepes, vegetação rala e seca com baixa produtividade agrícola



Demografia |


O Oriente Médio destaca-se pela variedade de etnias, origens, com culturas e religiões diversas. A etnia predominante é a árabe. Israel, Turquia, Chipre e Irã são países não árabes.


A população conta com 320 milhões de habitantes que são, em sua maioria, de origem arábica. O Oriente Médio, conta também com turcos, persas, judeus e curdos.  A densidade demográfica é mediana e os países mais populosos da região são Irã e a Turquia que somam cerca de 140 milhões de habitantes, ultrapassando 50% de toda a população do Oriente Médio. Há países, porém, que tem sua população bem restrita; é o caso do Catar, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Omã e Kuwait, que juntos não somam nem oito milhões de habitantes.  A estrutura etária da população é formada, em sua maioria, por jovens.  A maioria dos países possui o IDH médio ou alto. O Oriente Médio é o berço das três principais religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.



Territórios e regiões |






  Definição tradicional do Oriente Médio

  Definição do G8 do Grande Oriente Médio

  Ásia Central (algumas vezes associada ao Grande Oriente Médio)



O termo Oriente Médio define uma área de forma pouco específica, ou sem definição de fronteiras precisas. Geralmente considera-se incluir:








  • Arábia Saudita


  •  Bahrein


  •  Catar


  •  Chipre


  •  Egito (parte asiática)


  •  Emirados Árabes


  • Iêmen


  •  Israel





  •  Irão


  •  Iraque


  • Jordânia


  • Kuwait


  • Líbano


  • Omã


  •  Palestina


  •  Síria


  •  Turquia (parte asiática)



Destes, os únicos países não totalmente asiáticos são o Egito (que tem seu território da península do Sinai na Ásia mas é majoritariamente africano) e a Turquia (majoritariamente asiático, mas com a Trácia incluída na Europa).[carece de fontes?]


O Paquistão é considerado parte intersecional entre o Subcontinente Indiano e a Ásia Meridional ou sul da ásia, mas raramente no Oriente Médio.[carece de fontes?]



Política |


O Oriente Médio é uma das regiões mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para esse fato, como sua própria história e posição no contexto geopolítico mundial, no contato entre três continentes (Europa, Ásia, África); suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados são dependentes de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, como o petróleo e gás[1] . Existe uma pluralidade de formas de governo; monarquistas( Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã e Jordânia). Nacionalismo árabe(Síria e Egito , são republicas, onde á eleição e partidos políticos , o Iémen ( apesar que nos últimos anos está com um governo provisório[4]). Republica teocratica (Irão). República parlamentarista (Líbano , Iraque e Turquia). Emirado constitucional (Kuwait). Democracia parlamentar (Israel).



Economia |





Dubai, Emirados Árabes Unidos.


O Oriente Médio está sobre uma dobra tectônica que se inicia na Mesopotâmia e se prolonga até o golfo Pérsico. Nela, encontra-se uma magnífica reserva de petróleo, que representa 60% das reservas mundiais desse minério. Os principais países exportadores de petróleo são: Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Essa grande quantidade de petróleo, aliada a fatores econômicos e políticos, criou as condições para a formação, na década de 1960, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).[1] As elevadas rendas per capita do Kuwait e da Arábia Saudita revelam que esses países obtêm muito lucro com a venda de petróleo, entretanto, a população dos países petrolíferos é, em geral, pobre, fato que decorre da má distribuição de renda.[carece de fontes?]


Embora o predomínio de climas áridos e semiáridos no Oriente Médio prejudique o desenvolvimento da agropecuária, ela é outra atividade econômica importante na região. Ela é realizada predominantemente de forma tradicional, com uso de pouca tecnologia e mecanização, e incorpora até 40% da população economicamente ativa.[1] A atividade econômica tradicional do Oriente Médio é o pastoreio nômade. Destacam-se as criações de carneiros, cabras e camelos em áreas desérticas. Na Planície Mesopotâmica, também conhecida como "crescente fértil", cultivam-se frutas, arroz, trigo e cana-de-açúcar, utilizando-se a técnica de irrigação. Na região mediterrânea, destacam-se culturas comerciais como oliveira, fumo, trigo e tâmara.[carece de fontes?]




Plantação de limão em Israel.


O turismo é também um segmento econômico importante para alguns países do Oriente Médio, como Israel e Turquia - que juntos recebem cerca de 2,5 milhões de turistas por ano.[1] Já o setor industrial no Oriente Médio apresenta pouca expressividade. Nos países petrolíferos, há refinarias e petroquímicas. Outras indústrias se relacionam aos setores mais tradicionais, como o têxtil e o alimentício.[1]Israel é um caso à parte e tem um parque industrial desenvolvido e uma economia independente da exportação de petróleo.



Religião |


A região é conhecida por ser o berço das três maiores religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, essa que predomina hoje no Oriente Médio. Para os muçulmanos, Meca, na Arábia Saudita, é uma cidade sagrada, além de várias outras, tendo Jerusalém como maior questão para as três religiões. Há grupos menores de muçulmanos, como os drusos e os alauítas.[1]


A região abriga ainda cerca de 13 milhões de cristãos - muitos de igrejas árabes, como a copta ou a maronita, que estão entre as mais antigas do cristianismo. Além disso, há cerca de seis milhões de judeus na região, quase todos em Israel.[1]



Ver também |



  • Lista de países do Oriente Médio por geografia e economia

  • Protestos no mundo árabe em 2010-2011



Referências




  1. abcdefgh Francisco, Wagner Cerqueria E. «Oriente Médio». Brasil Escola. Consultado em 1 de novembro de 2016. 


  2. ab Silva, Júlio C. Lázaro. «Aspectos da População do Oriente Médio: Contextualização Político-Econômica». Brasil Escola. Consultado em 1 de novembro de 2016. 


  3. Silva, Júlio C. Lázaro. «Aspectos da População do Oriente Médio: Contextualização Político-Econômica (Parte II)». Brasil Escola. Consultado em 1 de novembro de 2016. 


  4. «What is next for Yemen's Houthis?». www.aljazeera.com. Consultado em 26 de junho de 2018. 



Ligações externas |






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