Epistemologia









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Epistemologia (do grego ἐπιστήμη, transl. episteme: conhecimento certo, ciência;[1] λόγος, transl. logos: discurso, estudo), em sentido estrito, refere-se ao ramo da filosofia que se ocupa do conhecimento científico; é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, com a finalidade de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objetiva. [2] Em uma acepção mais restrita, a epistemologia pode ser identificada com a filosofia da ciência.


O termo "epistemologia", cunhado pelo filósofo escocês James Frederick Ferrier (1808 – 1864),[3] refere-se especificamente à parte da gnosiologia que estuda os requisitos e condições necessários à produção do conhecimento científico, incluindo os fundamentos, a validade, a consistência lógica das teorias e os limites desse conhecimento. [4] Mais recentemente, entretanto, o conceito passou a ser usado, em sentido amplo, como sinônimo de gnosiologia ou teoria do conhecimento - disciplina que se ocupa do estudo do conhecimento humano em geral.[5][6][7]


A epistemologia relaciona-se também com a metafísica. A sua problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento - nomeadamente, se é possível ao ser humano retratar o conhecimento total e genuíno - dos seus limites (haveria realmente uma distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível?) e de sua origem (por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e errado em alguma concepção a priori?). De fato, existem limites epistemológicos, que se devem ao fato de a diversidade e a complexidade dos seres humanos e dos ambientes onde estes se desenvolvem tornarem virtualmente impossíveis os procedimentos de controle experimental.




Índice






  • 1 Conhecimento


    • 1.1 Crença


    • 1.2 Verdade




  • 2 Justificação


  • 3 Ver também


  • 4 Referências


  • 5 Bibliografia





Conhecimento |




O conhecimento como um conjunto de crenças verdadeiras e justificadas.


Em geral, a epistemologia também discute o conhecimento proposicional ou o "saber que". Esse tipo de conhecimento difere do "saber como" e do "conhecimento por familiaridade". Por exemplo: sabe-se que 2 + 2 = 4 e que Napoleão foi derrotado na batalha de Waterloo. Essas formas de conhecimento diferem de saber como andar de bicicleta ou como tocar piano, e também diferem de conhecer uma determinada pessoa ou estar "familiarizado" com ela. Alguns filósofos consideram que há uma diferença considerável e importante entre "saber que", "saber como" e "familiaridade" e que o principal interesse da filosofia recai sobre a primeira forma de saber.


Em seu ensaio Os Problemas da Filosofia, Bertrand Russell distingue o "conhecimento por descrição" (uma das formas de saber que) do "conhecimento por familiaridade".[8]Gilbert Ryle dedica atenção especial à distinção entre "saber que" e "saber como" em The concept of mind (O Conceito de Mente).[9] Em Personal Knowledge, Michael Polanyi argumenta a favor da relevância epistemológica do saber-como e do saber-que. Usando o exemplo do equilíbrio envolvido no ato de andar de bicicleta, ele sugere que o conhecimento teórico da física para a manutenção do estado de equilíbrio não pode substituir o conhecimento prático sobre como andar de bicicleta. Para Polanyi, é importante saber como essas duas formas de conhecimento são estabelecidas e fundamentadas. Essa posição é a mesma de Ryle, que argumenta que, se não consideramos a diferença entre saber-que e saber-como, somos inevitavelmente conduzidos a um regresso ao infinito.


Mais recentemente, alguns epistemólogos (Ernest Sosa, John Greco, Jonathan Kvanvig, Linda Trinkaus Zagzebski) argumentaram que a epistemologia deveria avaliar as propriedades das pessoas (isto é, suas virtudes intelectuais) e não somente as propriedades das proposições ou das atitudes proposicionais da mente. Uma das razões é que as formas superiores de processamento cognitivo (como, por exemplo, o entendimento) envolveriam características que não podem ser avaliadas por uma abordagem do conhecimento que se restrinja apenas às questões clássicas da crença, verdade e justificação.



Crença |


No discurso comum, uma "declaração da verdade" é uma típica expressão de fé ou confiança em uma pessoa, num poder ou em outra entidade - o que inclui visões tradicionais. A epistemologia se preocupa com o que acreditamos; isso inclui a verdade e tudo que nós aceitamos para nós mesmos como verdade.



Verdade |


A verdade não é um pré-requisito para a crença. De outro modo, se algo é conhecido, categoricamente, não pode ser falso. Por exemplo: se uma pessoa acredita que a ponte é segura o suficiente para aguentar seu peso e tenta atravessá-la, mas a ponte se quebra devido ao peso, pode-se dizer que a pessoa acreditou que a ponte era segura, mas estava errada. Não seria correto afirmar que ele sabia que a ponte era segura, pois ela, claramente, não era. Em contraste, se a ponte aguentasse seu peso, ela diria que acreditou que a ponte era segura e, agora que cruzou a ponte e provou para si que a ponte é segura, ela sabe que é segura.



Justificação |


A justificação se constitui das razões ou provas apresentadas em apoio à veracidade de uma crença ou de uma afirmação. É preciso, portanto, compreender as razões de uma crença e se tais razões têm um fundamento lógico.



Ver também |




  • Anarquismo epistemológico

  • Aristóteles

  • Alvin Plantinga

  • Ciência

  • Complexidade

  • Dissertação

  • Empirismo

  • Falseabilidade

  • Filosofia

  • Filosofia da ciência

  • Georg Wilhelm Friedrich Hegel

  • Gregory Bateson

  • Hermenêutica

  • Hipótese

  • História da ciência

  • Inteligência

  • Karl Popper

  • Lei (ciências)

  • Lógica

  • Método científico

  • Noética

  • Paradigma

  • Paul Feyerabend

  • Pseudociência

  • Racionalismo crítico

  • Reducionismo

  • Relativismo

  • Sociologia do conhecimento

  • Teorema

  • Teoria

  • Teoria semiótica da complexidade

  • Tese

  • Thomas Kuhn

  • Verdade

  • O Conhecimento




Referências




  1. Dicionário Houaiss: "epistem-"


  2. LALANDE, André. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1999.


  3. Wikisource-logo.svg Vários autores (1911). «Ferrier, James Frederick». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica. A Dictionary of Arts, Sciences, Literature, and General information (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público) 


  4. "Epistemologia" nell'Enciclopedia Treccani


  5. Infopédia: epistemologia


  6. "Gnosiologia". In FERRATER MORA, José; TERRICABRAS, Josep-Maria. Dicionário de Filosofía, vol. 2 (E-J), p. 1209 São Paulo: Loyola, 1994.


  7. Dicionário Houaiss: "gnosiologia"


  8. RUSSELL, Bertrand. The Problems of Philosophy. Home University Library, 1912. Tradução para o português, capítulo 5.


  9. RYLE, Gilbert. The concept of mind. The University of Chicago Press, 2002. (Publicado originalmente em 1949). ISBN 0-226-73296-7, pp. 25-31.



Bibliografia |



  • BOMBASSARO, Luiz Carlos. As fronteiras da Epistemologia. 3a. ed. Petrópolis: Vozes, 1993.


  • DESCARTES, René.

    • Discurso do método

    • Memórias



  • GRAYLING, A. C.. "Epistemology", in Bunnin, Nicholas & Tsui-James, E. P. (eds.) The Blackwell companion to philosophy. 2nd ed. Oxford: Blackwell, 2003.

  • JAPIASSU, Hilton F. O mito da neutralidade científica. Rio, Imago, 1975 (Série Logoteca), 188 p.


  • KANT, Emanuel. Crítica da Razão Pura


  • MANNHEIM, Karl. Ideologia e Utopia
















































  • Portal da história da ciência
  • Portal da filosofia






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