Osmã I
Nota: Para outros significados, veja Osmã.
Osmã I | |
---|---|
Osmã retratado em miniatura otomana (Palácio Topkapi, Istambul) | |
1º sultão otomano (bei) | |
Reinado | ca. 1299-1323/1324 |
Consorte de | Malhum Hatuna Rabia Bala Hatuna |
Antecessor(a) | Ninguém |
Sucessor(a) | Orcano I |
Descendência | ver artigo |
Nascimento | Desconhecido[1] |
Morte | 1323/1324[2] |
Pai | Ertogrul |
Mãe | Desconhecida[3] |
Religião | Islamismo sunita |
Osmã I,[4]Otomão I (em árabe: عُثمَان; transl.: `Uthman), Otomano I (em latim: Ottomanus I), Atumão (em grego medieval: Ατουμάν; transl.: Atoumán) ou Atmão (Ατμάν, Atman), também chamado Osmã Gazi, Osmã Cã e Osmã Bei (em turco otomano: عثمان غازى; em turco: Birinci Osman ou Osman Gazi),[1][2] foi líder dos turcos otomanos e fundador da dinastia otomana. Deu seu nome ao nascente Império Otomano (então chamado Beilhique ou Emirado Otomano). O Estado, enquanto apenas um pequeno principado no tempo de Osmã, transformou-se num grande império nos séculos após sua morte.[5]
Devido a escassez de fontes históricas contemporâneas, muita pouca informação factual é sabida sobre ele. Não há qualquer fonte escrita sobrevivente de seu reinado.[6] Os otomanos não registraram a história de sua vida até o século XV, mais de 100 anos após sua morte.[7] Devido a isso, é um desafio aos historiadores diferenciar entre fato e mito nas várias histórias contadas sobre ele[8] a ponto de um historiador dizer ser impossível.[9]
Segundo a tradição otomana posterior, seus ancestrais eram descendentes da tribo dos cais dos turcos oguzes.[10] O Principado Otomano era apenas um dos muitos beilhiques da Anatólia que emergiram na segunda metade do século XIII. Situado na região da Bitínia, o principado de Osmã estava particularmente bem situado para lançar ataques no vulnerável Império Bizantino, o qual seus descendentes conquistaram.
Índice
1 Nome
2 Ver também
3 Referências
4 Bibliografia
Nome |
Alguns estudiosos argumentam que o nome original de Osmã era turco, talvez Atomão (Atman) ou Atamã (Ataman), e foi depois mudado para Osmã (ʿOsmān), de origem árabe. Fontes bizantinas mais antigas, incluindo seu contemporâneo Jorge Paquimeres, chamam-o Atumão (em grego medieval: Ατουμάν; transl.: Atoumán) ou Atmão (Ατμάν, Atman), cujas fontes gregas regularmente transpõem a forma árabe Otomão (ʿUthmān) e a versão turca Osmã com θ, τθ, ou τσ. Uma fonte árabe precoce mencionando-o escreve ط em vez de ث numa sentença. Ele pode ter assim adotado o nome muçulmano mais prestigioso mais tarde em sua vida.[11]
Ver também |
Precedido por Ertogrul | Bei otomano 1299–1323/1324 | Sucedido por Orcano I |
Referências
↑ ab Kermeli 2009, p. 444.
↑ ab Kafadar 1995, p. 16.
↑ Lowry 2003, p. 153.
↑ EBM 1967, p. 5.
↑ Quataert 2005, p. 4.
↑ Kafadar 1995, p. xii.
↑ Kafadar 1995, p. 93.
↑ Finkel 2005, p. 6.
↑ Imber 1991, p. 75.
↑ Kafadar 1995, p. 122.
↑ Kafadar 1995, p. 124.
Bibliografia |
Enciclopédia brasileira mérito Vol. 20. Lisboa: Editôra Mérito S. A. 1967
Finkel, Caroline (2005). Osman's Dream: The Story of the Ottoman Empire, 1300-1923. Londres: John Murray. ISBN 978-0-465-02396-7
Imber, Colin (1991). Zachariadou, Elizabeth, ed. The Ottoman Emirate (1300-1389). Retimno: Crete University Press
Kafadar, Cemal (1995). Between Two Worlds: The Construction of the Ottoman State. Berkeley, Los Angeles, Londres: University of California Press
Kermeli, Eugenia (2009). «Osman I». In: Ágoston, Gábor; Bruce Masters. Encyclopedia of the Ottoman Empire. Nova Iorque: Facts on File, Inc. !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)
Lowry, Heath W. (2003). The Nature of the Early Ottoman State. Albany, Nova Iorque: SUNY Press. ISBN 978-0-7914-8726-6
Quataert, Donald (2005). The Ottoman Empire, 1700-1922. Cambrígia: Cambridge University Press