Caio Fernando Abreu









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Caio Fernando Abreu
Nome completo
Caio Fernando Loureiro de Abreu
Nascimento

12 de setembro de 1948
Santiago, Rio Grande do Sul
Morte

25 de fevereiro de 1996 (47 anos)
Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Nacionalidade

brasileiro
Ocupação
jornalista, escritor e dramaturgo
Prémios



  • Prémio Jabuti (1984), (1989)


  • Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1990)




Magnum opus

Onde andará Dulce Veiga? - um romance B
Página oficial

www.caiofernandoabreu.com


Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.


Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".




Índice






  • 1 Biografia


  • 2 Obra


  • 3 Prêmios


  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Biografia |




A casa onde Caio Fernando Abreu viveu seus últimos anos de vida, no bairro Menino Deus de Porto Alegre.


Caio Fernando Abreu estudou letras e artes cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo.


Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritora Hilda Hilst, em Campinas, São Paulo. No início da década de 1970, ele se exilou por um ano na Europa, morando, respectivamente, na Espanha, na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.


Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador de HIV. Abreu era declaradamente homossexual em plena época da ditadura militar no Brasil.[1]


Um ano depois, Caio Fernando Abreu voltou a viver novamente com seus pais, tempo durante o qual se dedicaria à jardinagem, cuidando de roseiras. Morreu em 25 de fevereiro de 1996, no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, no mesmo dia que Mário de Andrade. Seus restos mortais jazem no Cemitério São Miguel e Almas.[2]



Obra |


Ver também: Lista de livros de Caio Fernando Abreu

Seu primeiro romance, Limite branco (1970), já possui as marcas que iriam acompanhar sua trajetória literária: a angústia diante do devir e a morte como certeza no final da jornada.[3] Segundo sua perspectiva literária, a vida deve ser buscada continuamente.[3]


Caio Fernando Abreu viveu intensamente a época da ditadura, em suas obras literárias, o autor buscava inspiração em momentos importantes de sua vida, fazia uma releitura rápida, porém despercebida de seu modo de pensar, a maioria de suas criações e personagens retratavam um modo cinzento e triste de viver, na busca inquietante pela felicidade.


Em 2018, a editora Companhia das Letras reuniu no livro "Contos Completos" todos os contos de Caio Fernando Abreu. O volume abarca seis títulos — Inventário do ir-remediável (1970), O ovo apunhalado (1975), Pedras de Calcutá (1977), Morangos mofados (1982), Os dragões não conhecem o paraíso (1988) e Ovelhas negras(1995) —, além de dez contos avulsos, sendo três deles inéditos em livro.[4]



Prêmios |




  • Prêmio Jabuti de Literatura, 1996, categoria Contos / Crônicas / Novelas - livro "Ovelhas Negras"[5]


  • Prêmio Jabuti de Literatura, 1989, categoria Contos / Crônicas / Novelas - livro "Os Dragões não Conhecem o Paraíso"[6]


  • Prêmio Jabuti de Literatura, 1984, categoria Contos / Crônicas / Novelas - livro "O Triângulo das Águas"[7]


  • Revista IstoÉ, 1982, Melhor Livro - "Morangos Mofados"[8]



Referências




  1. O Globo. Morto há 15 anos, Caio Fernando Abreu está vivo nas redes sociais, é cultuado por jovens e ganha livros, documentário e peça. Acesso em 11 de janeiro de 2013


  2. «Listagem de Sepultados do Cemitério Irmandade Arcanjo São Miguel e Almas». Buratto.org. Consultado em 18 de março de 2015 


  3. ab PIVA, Mairim Linck (2012). «Um romancista do Sul: muito além do espaço». Navegações, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 16-26. Consultado em 29 jan 2013 


  4. «CONTOS COMPLETOS - - Grupo Companhia das Letras». www.companhiadasletras.com.br. Consultado em 12 de setembro de 2018 


  5. Câmara Brasileira do Livro (1996). «Prêmio Jabuti». Consultado em 18 fev 2015 


  6. Câmara Brasileira do Livro (1989). «Prêmio Jabuti». Consultado em 18 fev 2015 


  7. Câmara Brasileira do Livro (1984). «Prêmio Jabuti». Consultado em 18 fev 2015 


  8. MEDEIROS, Delma. (2015). «Editora Nova Fronteira revisita Caio Fernando Abreu». Correio Popular, 08/02/2015. Consultado em 18 fev 2015 



Ligações externas |



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