Agronegócio






Cultivo mecanizado de arroz na Região Sul do Brasil


Agronegócio (em inglês: Agribusiness) é toda a relação comercial e industrial envolvendo a cadeia produtiva agrícola ou pecuária. No Brasil, o termo é usado para se referir às grandes propriedades monocultoras modernas que empregam tecnologia avançada e pouca mão de obra, com produção voltada principalmente para o mercado externo ou para as agroindústrias e com finalidade de lucro.[1]




Índice






  • 1 Ciclo do agronegócio


    • 1.1 Insumos


    • 1.2 Produção


    • 1.3 Distribuição


    • 1.4 Cliente final




  • 2 Principais produtos


    • 2.1 Alimentos


    • 2.2 Biocombustíveis


    • 2.3 Têxtil


    • 2.4 Madeira




  • 3 Questão ambiental


  • 4 Questão social


  • 5 Tipos de produtores


    • 5.1 Pequenas e médias áreas


    • 5.2 Grandes áreas




  • 6 O agronegócio e os biocombustíveis


  • 7 Ver também


  • 8 Referências





Ciclo do agronegócio |





Colheitadeiras em um campo de cana-de-açúcar em Piracicaba, São Paulo.


Agronegócio é o conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária. Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes: na primeira parte, os negócios à montante da agropecuária, ou da "pré-porteira", representados pela indústria e comércio que fornecem insumos para a produção rural, como, por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos e equipamentos.


Na segunda parte, se trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, ou de "dentro da porteira", representados pelos produtores rurais, sejam eles pequenos, médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou camponeses) ou de pessoas jurídicas (empresas).


E, na terceira parte, encontram-se as atividades à jusante dos negócios agropecuários, ou de "pós-porteira", onde estão a compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se, nesta definição, os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados e distribuidores de alimentos.[2]



Insumos |


Insumo é a combinação de fatores de produção diretos (matérias-primas) e indiretos (mão de obra, energia, tributos) e que entram na elaboração de certa quantidade de bens ou serviços. No agronegócio, os principais insumos são sementes, adubo, defensivos, maquinário, combustível, ração, mão de obra especializada, entre outros.



Produção |


A produção é o trabalho do agropecuarista por meio do cultivo do solo e/ou criação de animais, independentemente do tamanho da área ou método utilizado. É a transformação do produto agropecuário em subprodutos que podem ser bens de consumo ou insumos para outros processos, como o leite, queijos, carnes, embutidos, ração, fios, corantes.



Distribuição |


Caracteriza-se pelo transporte, processamento e distribuição dos bens agropecuários, para o consumidor ou para intermediários no processo.



Cliente final |


É o consumidor dos produtos agropecuários, que os recebe in natura ou processados.



Principais produtos |




Criação de gado leiteiro



Alimentos |


Envolve toda a cadeia da produção alimentícia, como, por exemplo, frigoríficos, usinas de beneficiamento de leite, indústria de óleo, rações, empacotadores, distribuidores de grãos e beneficiadores.



Biocombustíveis |


É o setor do agronegócio que cuida do cultivo de plantas que serão transformadas em combustíveis orgânicos, os chamados biocombustíveis.



Têxtil |


Ramo industrial que transforma bens agropecuários em produtos têxteis, como vestuário, artigos de cama, mesa e banho, bens de decoração e insumos para as indústrias moveleira e calçadista.


São exemplos de matéria-prima produzidos pelo agronegócio o algodão, o linho e a lã.



Madeira |


Explora o solo pelo cultivo de árvores que serão transformadas em madeira, celulose ou produtos químicos para posterior utilização como matéria-prima de várias indústrias, como a moveleira e a de construção civil, a indústria papeleira, ou mesmo a obtenção de lenha para combustível.



Questão ambiental |


O aprimoramento do agronegócio barateou o custo dos alimentos e deu, à população, um maior poder de consumo e de escolha, mas também trouxe vários problemas, principalmente ligados às questões ambientais e sociais.[3]


O maior desafio agora é a produção no campo sem impactos ao meio ambiente, causados notadamente pelo uso de agrotóxicos, pelo desmatamento e empobrecimento do solo, queimadas, contaminação de mananciais e do lençol freático, desequilíbrio ecológico e proliferação de pragas.


Nas cidades, a preocupação se dá com o lixo gerado após o consumo, mais precisamente com o descarte de embalagens.[4][5]



Questão social |


Nos países pobres, a modernização da agricultura deixou muitos produtores à margem do processo, principalmente famílias que viviam da agricultura de subsistência, ou agricultura familiar, em pequenas propriedades rurais.


Estes, privados de técnicas e métodos modernos, como irrigação, maquinários e insumos, perderam a competitividade, o que levou ao abandono do campo, num fenômeno conhecido como êxodo rural, aumentando, assim, nas grandes cidades, o acúmulo de pessoas vindas do campo.[6]



Tipos de produtores |



Pequenas e médias áreas |




Horta em pequena área


Os pequenos e médios produtores, conhecidos como minifundiários, são aqueles que contam com áreas pequenas e, por vezes, poucos recursos financeiros para incrementar o processo.


Porém, existem empreendedores modernos que, apesar de pouca área, conseguem maximizar a produção ao diversificar a produção, a exemplo do que acontece em países com pouca extensão territorial, como o Japão e os integrantes da Europa, auferindo bons lucros com a criação de aves, suínos ou piscicultura, bem como na plantação de hortifrutigranjeiros, de fumo, arroz e outras culturas que dependem de pouco espaço e muita mão de obra.


A agricultura familiar é a que predomina nos minifúndios.



Grandes áreas |


Os proprietários ou arrendatários de grandes extensões de terra são também conhecidos como latifundiários. Geralmente, os latifúndios são áreas onde ocorre a monocultura de produtos considerados commodities, principalmente a soja, o milho, o algodão e a pecuária leiteira e de corte.


É o tipo de produção que ocorre em países de grande extensão territorial, onde o lucro se dá pelo ganho em escala e a redução dos custos de produção.[7]



O agronegócio e os biocombustíveis |


O biocombustível é uma opção para substituição dos combustíveis fósseis, por ser renovável e menos poluente. Trata-se dos chamados combustíveis de biomassa, em especial o etanol e diversos tipos de óleos vegetais, com inúmeras fontes, como mamona, soja, milho, dendê, pequi, girassol.


O Brasil foi pioneiro no uso do biocombustível em escala, através do programa Pró-álcool, idealizado pelo Governo Federal na década de 1970, após a segunda fase da crise do petróleo.


Foi também o primeiro país a obrigar o seu uso, através da mistura do álcool na gasolina, bem como o primeiro a ter frota composta por automóveis flex, que rodam com os dois tipos de combustível, independente da quantidade de cada um.


Atualmente, o Governo Federal trabalha para ampliar o uso do biodiesel.[8]



Commons

O Commons possui imagens e outras mídias sobre Agronegócio



Ver também |



  • Zootecnia

  • Revolução verde

  • Agronomia

  • Agricultura

  • Pecuária

  • Agropecuária

  • Piscicultura

  • Fruticultura

  • Agronegócio no Brasil

  • Engenharia Florestal



Referências




  1. A Modernização da Agricultura no Brasil e os Novos Usos do Território. Acesso em 9 de maio de 2016.


  2. [1] Portal do Agronegócio


  3. «O Agronegócio Sustentável». Planeta Sustent�vel. Consultado em 3 de junho de 2016. Arquivado do original em 30 de Maio de 2016 


  4. «Agronegócio e meio ambiente - Opinião - Estadão». Estadão. Consultado em 3 de junho de 2016 


  5. «Impacto das embalagens no meio ambiente». www.mma.gov.br. Consultado em 3 de junho de 2016 


  6. «Agricultura - Inclusão pelo campo - Ambiente econômico gerado pelo agronegócio favorece avanço social de regiões carentes». www.ipea.gov.br. Consultado em 3 de junho de 2016 


  7. «Estrutura Fundiária. Conceito e tipos de estrutura fundiária - Escola Kids». Escola Kids. Consultado em 3 de junho de 2016 


  8. «CEAB - Biocombustíveis» 






























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