Cosmogonia




Cosmogonia (ou Cosmogenia) é qualquer modelo relacionado à existência (ou seja, a origem) que seja do cosmos (ou o universo), ou da chamada realidade dos seres sencientes.[1][2] A cosmogonia é a especulação sobre a origem e formação do mundo que se encontra em muitos mitos religiosos e na filosofia dos pré-socráticos, principalmente Tales de Mileto, o primeiro a buscar a origem de todas as coisas, acreditando encontrá-la na água,[3] considerada por ele como a substância primordial do universo.[4]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 História


  • 3 Mitos


    • 3.1 Tupi-Guarani




  • 4 Ver também


  • 5 Referências





Etimologia |


A palavra vem do grego koiné κοσμογονία (de κόσμος "Cosmos, o mundo") e da raiz de γί(γ)νομαι / γέγονα ("entrar em um novo estado de ser").[5] Em astronomia, cosmogonia refere-se ao estudo da origem de determinados objetos ou sistemas astrofísicos, e é mais comumente usada em referência à origem do universo, o sistema solar, ou o sistema Terra-Lua.[1][2]



História |


As primeiras tentativas do homem de explicar a origem do mundo foram os mitos. A mitologia grega, por exemplo, diz que no princípio havia o Caos, e em algum momento surgiu Érebo, o lugar desconhecido onde a morte mora, e Nix, a noite. Havia apenas silêncio e vazio. Então, Eros nasce produzindo um início de ordem, e se faz Luz e Dia, e a terra (Gaia) aparece. Érebo e Nix copulam e dão nascimento a Éter, a luz celestial, e Dia, a luz terrena. Gaia, por si só, gera Urano, o céu. Urano torna-se o esposo de Gaia e a cobre por todos os lados. Da união de Urano e Gaia surgem todas as criaturas, Titãs, Ciclopes e Hecatonquiros.


A ciência atual aceita a teoria do big bang. Segundo esta teoria, o Universo teria surgido de uma grande explosão há cerca de 13 bilhões de anos, quando então as primeiras estrelas e galáxias se formaram.


Na Bíblia, o livro do Gênesis narra a criação do mundo pelo Senhor Deus, começando pela criação do céu e da terra e a separação das águas, em seis dias, tendo no sétimo dia Deus descansado. Hoje, a Teologia liberal considera esta narrativa alegórica, abandonando seu sentido literal. A Igreja Católica Romana atualmente aceita a teoria científica do big bang.


Segundo a cabala, a tradição esotérica e mística do judaísmo, a criação do mundo e do Homem deu-se por emanações de um princípio chamado de Ain Soph. Estas emanações são chamadas de Sephiroth, em número de dez, e o seu conjunto forma a árvore da vida, que representa esotericamente o Homem Arquetípico, Homem Primordial, Adam Kadmon. O mundo material é representado na árvore da vida por sua base, que é associada a Adonai (veja: Tetragrammaton).


Na Teosofia, filosofia esotérica fundada por Helena Petrovna Blavatsky e outros, explica-se que o cosmo é emanado de um princípio que é chamado de Parabrahman, e que não é o deus criador das religiões monoteístas. Esta manifestação do cosmo ocorre de forma periódica, em um ciclo eterno, sem início nem fim.


Blavatsky descreve esta teoria em seu livro A Doutrina Secreta (1888) que, segundo ela própria, tem como inspiração pergaminhos muito antigos, chamados de Estâncias de Dzyan, os quais ela teria tido acesso e teria estudado. A cosmogênese da Teosofia tem suas raizes na filosofia oriental, particularmente o hinduismo e o budismo e influenciou as chamadas ciências ocultas.



Mitos |



Tupi-Guarani |


Na cosmogonia Guarani, tudo que existe nasce e é nomeado a partir de um som produzido no mundo superior, o Espírito-Música, o Grande Som Primeiro, esse som desdobra-se em formas que serão pais e mães de seus filhos, as palavras-almas.[6]Tupã não é a divindade suprema, mas apenas uma força da natureza, como por exemplo, entre os Sioux e na mitologia germânica.[7]



Ver também |



  • Big Bang

  • Criacionismo

  • Cosmogênese

  • Origem do Universo

  • Sopa Orgânica



Referências




  1. ab Ridpath, Ian (2012). A Dictionary of Astronomy. [S.l.]: Oxford University Press 


  2. ab Woolfson, M.M. (1979). «Cosmogony Today». Quarterly Journal of the Royal Astronomical Society. 20 (2). pp. 97–114. Bibcode:1979QJRAS..20...97W 


  3. Gérard Durozoi; André Roussel; Marina Appenzeller (2005). Dicionário de filosofia. PAPIRUS. p. 108. ISBN 978-85-308-0227-1.


  4. CARLOS CHESMAN; AUGUSTO MACEDO; CARLOS ANDRE (2004). Física Moderna Experimental e Aplicada. Editora Livraria da Fisica. p. 109. ISBN 978-85-88325-18-0.


  5. Staff. «γίγνομαι - come into a new state of being». Tufts University. Consultado em 14 de julho de 2015 


  6. Luciana Marino do Nacimento; Simone de Souza Lima (2014). Caleidoscópios da Cultura Brasileira. Letra Capital Editora LTDA. p. 82. ISBN 978-85-7785-256-7.


  7. Roberto Gambini (2000). Espelho índio: a formação da alma brasileira. Editora Terceiro Nome. p. 100. ISBN 978-85-85554-14-9.





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