Classificação de Hubble
Classificação de Hubble ou diagrama de Hubble foi um esquema sugerido por Hubble para classificar as galáxias.[1] Originalmente pensava-se que, com o tempo, o esquema poderia fornecer informações sobre a evolução das galáxias.
Hubble pensava que galáxias quase esfero-elípticas (denotadas E0) gradualmente adquiririam uma forma achatada até se assemelharem a lentes finas (E7), para transformar-se então em galáxias espirais comuns (Sa até Sc) ou em galáxias espirais barradas (galáxias cujos bojos possuem uma estrutura em forma de barra formada que, por sua vez, é formada por poeira, gás e estrelas; a essas galáxias a representação é dada pelas siglas Sba e Sbc). Posteriormente, foram incluídas no diagrama de Hubble galáxias irregulares após as espirais Sc e Sbc.
As galáxias do tipo S0 são conhecidas como galáxias lenticulares, possuem um bojo central e um disco, mas não têm braços espirais. Pensava-se que uma galáxia espiral comum desenvolvesse braços às custas da massa do núcleo central; os braços seriam mais frouxamente espiralados de Sa até Sc. No caso das galáxias espirais barradas, pensava-se que uma barra brilhantemente luminosa se desenvolvesse cortando seu núcleo com um braço espiral originando-se de cada extremidade da barra. Estudos mais recentes sobre as galáxias e sobre as estrelas contidas em seu interior lançaram dúvidas sobre este esquema evolutivo, mas o esquema ainda é útil como uma classificação prática dos diferentes tipos de galáxias.
Acredita-se hoje, entretanto, que o sentido cuja evolução das galáxias ocorre é inverso ao proposto por Hubble, já que as galáxias elípticas são objetos já virializados, ou seja, já alcançaram um equilíbrio energético.
Referências
↑ «Galaxias». IF-UFRGS. Consultado em 17 de agosto de 2018