Beija-flor
Nota: Para outros significados, veja Beija-flor (desambiguação).
Trochilidae | |||||||||||
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Eupetomena macroura | |||||||||||
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O beija-flor, também conhecido como colibri, cuitelo, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel, binga, guanambi, guinumbi, guainumbi, guanumbi[1] e mainoĩ,[2] é uma ave da família Trochilidae, composta por 108 gêneros e 322 espécies conhecidas. No Brasil, alguns gêneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos do gênero Phaethornis ou os bicos-retos do gênero Heliomaster. No sistema classificativo de Sibley & Ahlquist, a família Trochilidae integrava uma ordem própria, a Trochiliformes. Entre as características distintivas do grupo contam-se o bico alongado, a alimentação à base de néctar, oito pares de costelas, catorze a quinze vértebras cervicais, plumagem iridescente e uma língua extensível e bifurcada.
O grupo é originário das Américas e ocorre desde o Alasca à Terra do Fogo. A maioria das espécies é tropical e subtropical, vivendo entre as latitudes 10ºN e 25ºS. A maior biodiversidade do grupo encontra-se no Brasil e no Equador, que contam com cerca de metade das espécies conhecidas de beija-flor. Os troquilídeos estão ausentes do Velho Mundo, onde o seu nicho ecológico é preenchido pela família Nectariniidae, da ordem Passeriformes.
Índice
1 Características Físicas
2 Comportamento
2.1 Polinização
2.2 Alimentação Artificial
2.3 Reprodução
3 Conservação
4 Referências Culturais
5 Classificação
6 Referências
7 Ligações externas
Características Físicas |
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Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média de seis a doze centímetros de comprimento e pesam de dois a seis gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um voo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e podem ultrapassar 80 por segundo. Em contraste, as patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são, em geral, maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa. Vivem, em média, doze anos e seu tempo de incubação é de treze a quinze dias.
Comportamento |
Tal como a maioria das aves, o sentido do olfato não está muito desenvolvido nos beija-flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Além de poderem identificar cores, os beija-flores são dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no espectro ultravioleta.
A alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de noventa por cento) e artrópodes, em particular moscas e formigas.
Os beija-flores são poligâmicos.
Polinização |
Entre os animais que visitam flores em busca de alimento, os beija-flores são os mais conhecidos, pelos tons metálicos da sua plumagem e a capacidade de visitar flores pairando no ar. Os beija-flores precisam de grandes quantidades de néctar diariamente, para suprir a energia necessária ao seu esvoaçar contínuo. O néctar das flores visitadas por beija-flores é um alimento altamente energético, contendo cerca de vinte por cento de açúcares, sendo que a quantidade de néctar disponível varia com o tamanho e tipo de flor.
As flores visitadas por beija-flores em geral são tubulosas e e apresentam cores vivas, com tonalidades que variam do vermelho ao alaranjado. Esse conjunto de cores e formas permite prever que o polinizador de uma determinada flor seja um beija-flor. As flores da sálvia e do cipó-de-são-joão representam bem os tipos visitados por beija-flores. Entretanto, algumas flores polinizadas por essas aves podem ser azuis ou brancas, como as de certos caraguatás. Nesse caso, as brácteas ou alguma outra parte da planta apresentam cor avermelhada, que atrai a atenção dos beija-flores.
Alguns beija-flores também buscam néctar em flores que são polinizadas por outros tipos de animais, como abelhas, borboletas ou morcegos. Quando isso ocorre, nem sempre há um ajuste entre o tamanho e o tipo de flor e o tamanho do bico do beija-flor. Quando a flor é grande demais, pode ocorrer a "pilhagem de néctar". Nesse tipo de visita, o beija-flor retira o néctar sem tocar nas partes reprodutivas da planta e, portanto, não realiza a polinização. Beija-flores pequenos, como o besourinho-de-bico-vermelho são pilhadores habituais.
Ao visitar as flores em busca de néctar, os beija-flores podem adotar dois modos distintos: estabelecem territórios ou percorrem rotas alimentares. Os dois modos resultam em diferenças na polinização. Quando estabelece território, o beija-flor transporta pólen entre as flores da mesma planta ou de plantas próximas entre si. Já a territorialidade, portanto, resulta em menor número de plantas na polinização. Na ronda alimentar, por outro lado, o beija-flor transporta pólen entre as flores de um maior número de indivíduos, distantes entre si, possibilitando assim maior variabilidade genética.
Alimentação Artificial |
Aproveitando a grande necessidade que os beija-flores têm de um alimento energético de rápida utilização, como o néctar, que contém carboidratos em concentração variável em torno de quinze a 25 por cento, é possível atraí-los para fontes artificiais de soluções açucaradas, os chamados "bebedouros" para beija-flores. Trata-se de recipientes com corolas artificiais onde é colocada uma solução açucarada cuja concentração recomendada é de vinte por cento. Uma crença, que tudo indica foi iniciada a partir de uma publicação de autoria do naturalista Augusto Ruschi, diz que o uso desses bebedouros, sem a devida manutenção, pode ocasionar doenças nessas aves, podendo até matá-las. Porém não há, na literatura ornitológica, nenhum trabalho científico comprovando isto. Essa crença tornou-se extremamente difundida na população. A doença à qual Ruschi se referiu seria a candidíase, infecção oportunista causada pelo fungo Candida albicans, que acometeria a boca dos beija-flores. Sendo assim, é aconselhável quando se utiliza de tal artifício para atração de beija-flores, por exemplo em jardins ou sacadas, proceder-se aliado à limpeza diária dos bebedouros e à troca da solução açucarada; preparado de preferência com açúcar comum, evitando-se a utilização de mel, açúcar mascavo, e demais preparados caseiros, pois estes possuem uma maior tendência à fermentação. Além disso, é contraindicado o uso da água encanada de rede pública, pois esta usualmente é tratada com compostos de cloro ou flúor em dosagens insignificantes para os humanos mas que nos organismos de aves de pequeno e médio porte caracterizam-se como substâncias acumulativas que prejudicam a saúde destes.
Havendo a disponibilidade do alimento artificial, normalmente os beija-flores o procuram complementando, com louvor, seu provimento energético. Esse alimento fornecido auxilia os beija-flores, porém alguns cuidados são necessários.
Em áreas com desequilíbrio da vegetação natural ou mesmo em certos períodos do ano, quando há maior escassez de alimento, os beija-flores tendem a se especializar nos bebedouros. A hipótese é que essa fase de especialização pode provocar um desequilíbrio no organismo do animal, debilitando o seu sistema imunológico. Foi observado, principalmente nestes períodos de escassez, um aumento de doenças nestas aves, especialmente aquelas provocadas por fungos. Isso provavelmente pode ter origem na carência de alguns nutrientes que normalmente seriam encontrados em fontes naturais de alimento, como o néctar e artrópodes. Estudos demonstraram que com uma pequena adição de sal na dieta líquida houve um aumento na resistência às doenças, tornando-se rara a presença de aves enfermas. Desta forma, além da troca diária da calda açucarada, é recomendável o acréscimo de uma pequena pitada de sal comum no preparado, porém evitando-se quantidades excessivas pois quantidades demasiadas de sal prejudicam o metabolismo dos animais.
Com relação à limpeza dos bebedouros, outrossim é importante mantê-los longe de insetos como formigas, vespas, baratas etc. Tais insetos, além de competir pelo alimento com os beija-flores, carregam parasitas, especialmente fungos que infectam os bebedouros. Um sinal visível da infestação por fungos é o pronto escurecimento do bocal e até pétalas das flores artificiais, logo após a visita dos insetos. Sendo assim, é recomendável utilizarem-se modelos de bebedouros que tenham algum dispositivo limitador de formigas etc., e, ao se notar o escurecimento das flores de plásticos, estas devem imediatamente ser esterilizadas com algum composto clorado (destinado a purificar alimentos como verduras, e "jamais usar produtos comuns de limpeza") e bem enxaguadas antes de serem reutilizadas.
Uma prática condenável é completar o nível dos bebedouros com mais calda. A presença eventual de alguma ave doente pode contaminar outros beija-flores, através do próprio bebedouro. Dessa maneira, particularmente quando o nível do líquido está próximo do fim, aumenta a concentração de possíveis elementos patogênicos. Ademais, ocorre que no preparado, bactérias rapidamente fermentam o açúcar dissolvido, produzindo-se substâncias nocivas às aves. Em avançado processo de fermentação, é perceptível um característico odor de azedo e, em alguns casos, até um leve aroma alcoólico. Para reduzir todos esses riscos, o procedimento correto é diariamente trocar "completamente" a água adocicada e higienizar os bebedouros.
Reprodução |
Certas espécies, como a Leucochloris albicollis, apreciadora das regiões de altitude da Mata Atlântica, são bastante canoras. O macho desta espécie emite um característico e longo trinado para atrair a fêmea e se acasalar.
É a fêmea que constrói o ninho e cuida da incubação. Normalmente, dura de dezesseis a dezessete dias a eclosão dos dois ovos, que costumam ter a cor branca. Até os filhotes saírem do ninho, ainda vai um período de vinte a trinta dias nos quais permanecem sendo alimentados pela mãe.
O formato do ninho e material de construção varia de espécie para espécie, assim como a dimensão dos ovos. A maioria costuma ter o ninho em forma de tigela utilizando materiais como fibras vegetais, folhas, teias de aranha para dar coesão externa, musgo e líquens. Todos com aparência muito delicada.
Contudo, algumas espécies como a Phaethornis eurynome (rabo-branco-da-mata), típica da Mata Atlântica, constroem o ninho em forma de uma bola ovalada trançada com musgo. Assemelha-se a uma rede pendente, porém presa por um único fio (este com cerca de quinze centímetros) no galho de uma planta a cerca de dois metros de altura em média. Seu ninho é revestido com líquens e, sob o calor da incubação, os ovos acabam tingidos por eles. A entrada é pela lateral, próxima à base. Com esta forma, o ninho fica fechado por cima e protegido da chuva. Mas devido ao seu diminuto tamanho, curiosamente a longa cauda da fêmea pende pelo lado externo.
Conservação |
Duas espécies de beija-flor extinguiram-se no passado recente: esmeralda-de-brace (Chlorostilbon bracei) e esmeralda-de-gould (Chlorostilbon elegans). Das 322 espécies conhecidas, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais lista nove como "em perigo crítico de extinção", onze como "em perigo" e outras nove como "vulneráveis". As maiores ameaças à preservação do grupo são a destruição, degradação e fragmentação de seus habitat.
Referências Culturais |
Os beija-flores estão representados:
- No brasão de armas e na moeda de um cêntimo de Trinidade e Tobago.
- Nas linhas de Nazca.
- Na cédula de um real.
- No símbolo da Prefeitura Municipal de Betim, em Minas Gerais, no Brasil.
- Na música Cuitelinho, do folclore do Pantanal mato-grossense.
- Na música brasileira Ai que Saudade d'Ocê.
- Na bandeira e no brasão de Santa Teresa, no Espírito Santo, no Brasil.
- O colibri (mainoĩ) faz parte das histórias sagradas dos indígenas brasileiros, como relatado no livro mítico Origem da Linguagem (Ayvu Rapyta) dos guarani.[3] No dia a dia dos guarani, um colibri circulando um jovem casal reflete o desejo deles de ter um bebê.
Classificação |
- Família Trochilidae Vigors, 1825
- Subfamília Phaethornithinae Jardine, 1833
- Gênero Ramphodon Lesson, 1830
- Gênero Eutoxeres Reichenbach, 1849
- Gênero Glaucis Boie, 1831
- Gênero Threnetes Gould, 1852
- Gênero Anopetia Simon, 1918
- Gênero Phaethornis Swainson, 1827
- Gênero Ramphodon Lesson, 1830
- Subfamília Trochilinae Vigors, 1825
- Gênero Androdon Gould, 1863
- Gênero Doryfera Gould, 1847
- Gênero Phaeochroa Gould, 1861
- Gênero Campylopterus Swainson, 1827
- Gênero Aphantochroa Gould, 1853
- Gênero Eupetomena Gould, 1853
- Gênero Florisuga Bonaparte, 1850
- Gênero Melanotrochilus Deslongchamps, 1879
- Gênero Colibri Spix, 1824
- Gênero Anthracothorax Boie, 1831
- Gênero Topaza G. R. Gray, 1840
- Gênero Eulampis Boie, 1831
- Gênero Chrysolampis Boie, 1831
- Gênero Orthorhyncus Lacépède, 1799
- Gênero Klais Reichenbach, 1854
- Gênero Stephanoxis Simon, 1897
- Gênero Abeillia Bonaparte, 1850
- Gênero Lophornis Lesson, 1829
- Gênero Discosura Bonaparte, 1850
- Gênero Trochilus Linnaeus, 1758
- Gênero Chlorestes Reichenbach, 1854
- Gênero Chlorostilbon Gould, 1853
- Gênero Panterpe Cabanis & Heine, 1860
- Gênero Elvira Mulsant, J. Verreaux & E. Verreaux, 1866
- Gênero Eupherusa Gould, 1857
- Gênero Goethalsia Nelson, 1912
- Gênero Goldmania Nelson, 1911
- Gênero Cynanthus Swainson, 1827
- Gênero Cyanophaia Reichenbach, 1854
- Gênero Thalurania Gould, 1848
- Gênero Damophila Reichenbach, 1854
- Gênero Lepidopyga Reichenbach, 1855
- Gênero Hylocharis Boie, 1831
- Gênero Chrysuronia Bonaparte, 1850
- Gênero Leucochloris Reichenbach, 1854
- Gênero Polytmus Brisson, 1760
- Gênero Leucippus Bonaparte, 1850
- Gênero Taphrospilus Simon, 1910
- Gênero Amazilia Lesson, 1843
- Gênero Microchera Gould, 1858
- Gênero Anthocephala Cabanis & Heine, 1860
- Gênero Chalybura Reichenbach, 1854
- Gênero Lampornis Swainson, 1827
- Gênero Basilinna Boie, 1831
- Gênero Lamprolaima Reichenbach, 1854
- Gênero Adelomyia Bonaparte, 1854
- Gênero Phlogophilus Gould, 1860
- Gênero Clytolaema Gould, 1853
- Gênero Heliodoxa Gould, 1850
- Gênero Eugenes Gould, 1856
- Gênero Hylonympha Gould, 1873
- Gênero Sternoclyta Gould, 1858
- Gênero Urochroa Gould, 1856
- Gênero Boissonneaua Reichenbach, 1854
- Gênero Aglaeactis Gould, 1848
- Gênero Oreotrochilus Gould, 1847
- Gênero Lafresnaya Bonaparte, 1850
- Gênero Coeligena Lesson, 1833
- Gênero Ensifera Lesson, 1843
- Gênero Pterophanes Gould, 1849
- Gênero Patagona G. R. Gray, 1840
- Gênero Sephanoides G. R. Gray, 1840
- Gênero Heliangelus Gould, 1848
- Gênero Eriocnemis Reichenbach, 1849
- Gênero Haplophaedia Simon, 1918
- Gênero Urosticte Gould, 1853
- Gênero Ocreatus Gould, 1846
- Gênero Lesbia Lesson, 1833
- Gênero Sappho Reichenbach, 1849
- Gênero Polyonymus Heine, 1863
- Gênero Ramphomicron Bonaparte, 1850
- Gênero Oreonympha Gould, 1869
- Gênero Oxypogon Gould, 1848
- Gênero Metallura Gould, 1847
- Gênero Chalcostigma Reichenbach, 1854
- Gênero Opisthoprora Cabanis & Heine, 1860
- Gênero Taphrolesbia Simon, 1918
- Gênero Aglaiocercus Zimmer, 1930
- Gênero Augastes Gould, 1849
- Gênero Schistes Gould, 1851
- Gênero Heliothryx Boie, 1831
- Gênero Heliactin Boie, 1831
- Gênero Loddigesia Bonaparte, 1850
- Gênero Heliomaster Bonaparte, 1850
- Gênero Rhodopis Reichenbach, 1854
- Gênero Thaumastura Bonaparte, 1850
- Gênero Tilmatura Reichenbach, 1854
- Gênero Doricha Reichenbach, 1854
- Gênero Calliphlox Boie, 1831
- Gênero Microstilbon Todd, 1913
- Gênero Calothorax G. R. Gray, 1840
- Gênero Mellisuga Brisson, 1760
- Gênero Archilochus Reichenbach, 1854
- Gênero Calypte Gould, 1856
- Gênero Atthis Reichenbach, 1854
- Gênero Myrtis Reichenbach, 1854
- Gênero Eulidia Mulsant, 1876
- Gênero Myrmia Mulsant, 1876
- Gênero Chaetocercus G. R. Gray, 1855
- Gênero Selasphorus Swainson, 1832
- Gênero Stellula Gould, 1861
- Gênero Androdon Gould, 1863
- Subfamília Phaethornithinae Jardine, 1833
Referências
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.244
↑ TIBIRIÇA, L. C., Dicionário Guarani Português. Ed. Traço, ISBN 85-7119-017-8, 174 p., 1989
↑ CADOGAN, Leon, Ayvu Rapyta, USP, FFLCH, Antropologia N° 5, Boletim N° 227, São Paulo, Brasil, 1959. Yvára jeguaka poty mbyte rupi | guyra yma, Maino i, | oveve oikovy. (Por entre as flores do adorno divino, o primeiro pássaro, Colibri voava em volutas. )
Ligações externas |
- Commons
- Commons
- Wikcionário
- Wikispecies
Trochilidae no Animal Diversity (em inglês)
IUCN (em inglês)