Subespécie
Em taxonomia, uma subespécie ou raça é uma subdivisão da espécie. Na maioria das vezes isso ocorre quando duas ou mais populações de uma mesma espécie se separam, indo viver em regiões diferentes. Devido a sua separação por barreiras geográficas por muitas e muitas gerações, não existe trocas de genes entre essas populações isoladas umas das outras. Então, os grupos isolados uns dos outros sofrem mutações com o tempo e assim, aparecendo diferenciações genéticas, surgem novas subespécies ou raças nessa mesma espécie.
- As populações evoluem de maneiras distintas, dando origem a raças ou subespécies diferentes.
Se indivíduos da mesma espécie mas de raças diferentes forem cruzados entre si, produzem descendentes férteis, com características intermediárias entre as raças ou subespécies que os geraram, produzindo os mestiços.
Qualquer espécie pode possuir diversas raças ou subespécies mas nem sempre isso acontece.
Em zoologia, o nome científico de uma espécie é obrigatoriamente escrito em latim e itálico.
Primeiro se escreve o nome do género em letra maiúscula seguido imediatamente pelo nome da espécie em letra minúscula, por exemplo Panthera pardus.
Os zoólogos consideram a raça como um sinónimo de subespécie, sendo que no “Código Internacional de Nomenclatura Zoológica” (4ª edição, 2000) não existe nenhuma norma para considerar categorias sistemáticas abaixo da espécie.
Os botânicos – de acordo com o “Código Internacional de Nomenclatura Botânica” - as variantes duma espécie são explicitamente denominadas subespécies.
Por exemplo, para o pinheiro negro europeu, Pinus nigra, são aceites três subespécies ou raças:
Pinus nigra nigra - pinheiro-negro-austríaco
Pinus nigra caramanica - pinheiro-negro-turco
Pinus nigra pallasiana - pinheiro-negro-da-crimeia
Portanto "nigra", "caramanica" e "pallassiana" são as raças ou subespécies da espécie pinheiro negro europeu.
O código norma ainda os nomes de “variedades” criadas artificialmente, chamadas “cultivares” – os nomes destas variantes são colocados entre aspas (sem ser em latim).
Por exemplo:
Clematis alpina "Ruby" é um cultivar infraspecífico; nesse caso "Ruby" significa apenas uma variedade cultivada e não uma subespécie ou raça.
Exemplo de rara exceção:
Magnolia "Elizabeth" é um híbrido produzido a partir de duas espécies diferentes do género Magnolia mas por ser um produto do cruzamento de espécies diferentes não produz sementes e por conseguinte não se reproduz; exemplo semelhante é o cruzamento de burro com égua produzindo mús ou mulas que também são estéreis e não constituem em si uma nova espécie e muito menos uma raça ou subespécie, é o que denominamos como bestas. Outro exemplo é o Ligre cruzamento de leão com tigresa.
Ver também |
- Classificação científica
- Código Internacional de Nomenclatura Zoológica
- Código Internacional de Nomenclatura Botânica
- Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas
- Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias
- Nomenclatura binomial
- Taxonomia
- Sistemática
- Filogenia
- Árvore filogenética
- Lista de raças de cães
- Lista de raças de ovinos
- Lista de raças de galinha
- Lista de raças de cavalos
- Racismo
Nível taxonômico | ||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Domínio ou Super-reino | Superordem | Superfamília | Superespécie | |||||
Reino | Filo/Divisão | Classe | Ordem | Família | Tribo | Gênero | Espécie | |
Sub-reino | Subfilo | Subclasse | Coorte | Subordem | Subfamília | Subtribo | Subgênero | Subespécie |
Infrarreino | Infrafilo | Infraclasse | Legião | Infraordem | Seção | Infraespécie | ||
Parvclasse | Parvordem |