Paulo Gracindo
Paulo Gracindo | |
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Paulo Gracindo como Odorico Paraguaçu, seu mais famoso personagem televisivo. | |
Nome completo | Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo |
Nascimento | 16 de julho de 1911 Rio de Janeiro (Distrito Federal) |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 4 de setembro de 1995 (84 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Ocupação | Ator e radialista |
Atividade | 1937-1993 |
Parentesco | Avô de Daniela Duarte, pai de Gracindo Jr., sogro de Débora Duarte |
Cônjuge | Beth Castro (1976-1984) Dulce Xavier de Araújo (?-1995) |
IMDb: (inglês) |
Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, mais conhecido como Paulo Gracindo, (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1911 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1995) foi um ator brasileiro.
Paulo Gracindo se considerava alagoano, pois foi viver em Maceió ainda bebê. Sonhava ser ator, o pai era um obstáculo, e lhe dizia: No dia em que você subir a um palco, saio da plateia e te arranco de lá pela gola. Paulo Gracindo respeitou a proibição até a morte do pai. Aos vinte anos, mudou-se para o Rio, dormiu na rua e passou fome. Investiu num namoro com a filha de um português para entrar no grupo de teatro de maior prestígio da época, o Teatro Ginástico Português. Batizado Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, no palco mudou o nome: "Uns me chamavam de Petrópolis, outros de Pelopes. A empregada me chamava de Envelope." Num dos primeiros trabalhos, a personagem de Gracindo ficava dois minutos no palco, o que levou um crítico a fazer o seguinte comentário: De onde veio esse rapaz que não faz nada e aparece tanto? Participou das maiores companhias teatrais dos anos 30 e 40.
Fez sucesso na Rádio Nacional, apresentando o Programa Paulo Gracindo. Com a radionovela O Direito de Nascer, encantou no papel de Alberto Limonta; e no programa de rádio Balança mas Não Cai interpretou, com Brandão Filho, o quadro do Primo Pobre e Primo Rico.
Na televisão fez personagens inesquecíveis, como o Tucão da telenovela Bandeira 2 (1971), o Coronel Ramiro Bastos em Gabriela (1975), o João Maciel de O Casarão (1976), o padre Hipólito de Roque Santeiro (1985) e o Primo Rico, no humorístico Balança mas Não Cai. Mas, o mais marcante foi o prefeito Odorico Paraguaçu, de O Bem Amado de Dias Gomes (1973; 1980-1984). Em 1990, atuou em Rainha da Sucata como o Betinho (Alberto Figueiroa), nas quais tinha um bordão que ficou muito conhecido, o famoso "coisas de Laurinha!".
Fez poucos filmes, mas foi um dos atores preferidos da geração do Cinema Novo. Fez um papel em Terra em Transe, de Glauber Rocha. Achava a sétima arte complicada demais: É coisa de chinês, dizia.Em tom de despedida,seu último papel na televisão foi na minissérie "Agosto", no papel do maestro Emílio, fechando o ciclo de um dos grandes atores brasileiros.
Morreu aos 84 anos, de câncer de próstata[1]. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro. É pai do também ator Gracindo Júnior, e avô dos atores Gabriel Gracindo, Pedro Gracindo e Daniela Duarte.
Índice
1 Carreira
1.1 Na televisão
1.2 No cinema
2 Referências
3 Ligações externas
Carreira |
Na televisão |
Ano | Título | Papel |
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1967 | A Rainha Louca | Conde Demétrius |
1968 | A Gata de Vison | Pat O'Hara[2] |
1970 | A Próxima Atração | Borges |
1971 | Bandeira 2 | Artur do Amor Divino (Tucão) |
O Cafona | Fred da Silva Barros | |
1973 | O Bem-Amado | Odorico Paraguaçu |
Os Ossos do Barão | Antenor Camargo Parente de Rendon Pompeo e Taques | |
1975 | Gabriela | Ramiro Bastos |
1976 | O Casarão | João Maciel |
1978 | Sinal de Alerta | Tião Borges |
1979 | Pai Herói | Dr. Caio |
1980-1984 | O Bem-Amado | Odorico Paraguaçu |
1984 | Caso Verdade, Esperança | João Alfaiate |
1985 | Roque Santeiro | Padre Hipólito |
1986 | Hipertensão | Candinho |
1987 | Mandala | Vovô Pepê (Perácio Silveira) |
Expresso Brasil | Odorico Paraguaçu / Tucão | |
1990 | Rainha da Sucata | Betinho (Alberto Figueroa) |
1991 | Vamp | Arlindo Cachorrão |
1992 | Deus nos Acuda | Embaixador Harold Cross |
1993 | Mulheres de Areia | Padre |
Agosto | Emílio |
No cinema |
Ano | Título | Papel |
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1937 | João Ninguém | |
1938 | Tererê Não Resolve | Homem no Baile |
1939 | Anastácio | Azevedo |
Está Tudo Aí | Batista | |
Onde Estás Felicidade? | André | |
1941 | 24 Horas de Sonho | Diretor da Rádio |
O Dia É Nosso | Campos | |
1950 | Estrela da Manhã | |
1953 | Balança, mas não Cai | Primo Rico[3] |
1957 | De Pernas pro Ar | |
1962 | Copacabana Palace | |
1965 | A Falecida | João Guimarães Pimentel |
1967 | Tarzan and the Great River | Professor |
Terra em Transe | Don Julio Fuentes | |
Cara a Cara | Hugo Castro | |
Na Mira do Assassinato | Promotor | |
1968 | Antes, o Verão | Padrasto |
Copacabana Me Engana | Alfeu | |
1969 | O Bravo Guerreiro | Péricles |
1970 | Salário Mínimo | Roberto |
1975 | Blablablá | Ditador |
1978 | A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água | Quincas Berro D'Água |
Tudo Bem | Juarez Ramos Barata | |
1979 | Amor Bandido | Galvão |
1986 | Trancado por Dentro | Bóris |
1987 | Exu-Pia, Coração de Macunaíma |
Referências
↑ Veja, edição 1409, de 13 de setembro de 1995
↑ «A Gata de Vison». Teledramaturgia. Consultado em 3 de abril de 2017
↑ «Balança, mas não Cai». Cinemateca Brasileira. Consultado em 3 de abril de 2017
Ligações externas |
Paulo Gracindo (em inglês) no Internet Movie Database
Paulo Gracindo (em inglês) no Allmovie
- Site oficial do documentário sobre a vida de Paulo Gracindo
- Paulo Gracindo no Adoro Cinema