Alfabeto latino




























































































































































Alfabeto latino

Latin alphabet Jj.svg
Alfabeto Latino Básico

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V

W

X

Y

Z




Letras importadas



Æ

Ʌ

Ð

Ɛ

Ə/Ǝ

Ɣ

ɪ

Ɩ

Ʒ

Ɔ

Œ

ß

Ʃ

Þ

Ȣ

Ʊ

ω

Ʋ

Ɂ
Letras arcaicas



Ȝ

Ƅ

ĸ





Ƕ

Ƽ

Ч

Ɋ

Ƣ

Ʀ

ſ

Ƨ

Ƿ

Ɯ



Ɀ

Ƶ

Diacríticos

À

Å

Ã

Ä

Ɓ

Ƀ

Ƈ

Č

Ç

Ɗ

Ð

É

Ê

Ƒ

Ɠ

ɦ

Ħ

İ

Ŧ

Ɨ

Ƙ

Ǩ

Ł



Ñ

Ŋ

Ɲ

Ö

Ø

Ɵ

Ƥ



Š

Ş

Ţ

Ƭ

Ʈ

Ü

Ų

Ʉ



Ƴ

Ž

Ȥ







O alfabeto latino, também conhecido como alfabeto romano, é o sistema de escrita alfabética mais utilizado no mundo, e é o alfabeto utilizado para escrever a língua portuguesa e a maioria das línguas da Europa ocidental e central e das áreas colonizadas por europeus. Ao longo dos séculos XIX e XX, o alfabeto latino tornou-se também o alfabeto preferencialmente adotado por um número considerável de outras línguas, em especial pelas línguas indígenas de zonas colonizadas por europeus que não tinham sistemas de escrita próprios.




Índice






  • 1 História


    • 1.1 Origem e desenvolvimento


    • 1.2 Disseminação




  • 2 Uso


    • 2.1 Alfabeto Fonético Internacional


    • 2.2 Romanização




  • 3 Caracteres


    • 3.1 Alfabeto básico


    • 3.2 Ligaturas


    • 3.3 Dígrafos e trígrafos


    • 3.4 Diacríticos


    • 3.5 Novas letras




  • 4 Tipografia


  • 5 Referências





História |



Ver artigo principal: História do alfabeto latino


Origem e desenvolvimento |


O alfabeto latino, utilizado pelos romanos a partir do século VII a. C., derivou do alfabeto etrusco, que por sua vez evoluiu a partir do alfabeto grego. Das 26 letras etruscas, os romanos adotaram 21: A, B, C, D, E, F, Z, H, I, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, V, X.


A letra ⟨C⟩ era uma variação do gama, usada indistintamente pelos etruscos para representar os sons /k/ e /g/. Durante o século III a.C., o Z deixou de ser considerado parte do alfabeto, por não representar nenhum som da língua romana; em seu lugar, foi introduzido o ⟨G⟩, uma versão modificada do ⟨C⟩, desenhada por Spurius Carvillius para representar apenas a variante sonora /g/.[1]


No século I a.C., com a conquista romana da Grécia, as letras ⟨Y⟩ e ⟨Z⟩ foram re-adotadas e postas no fim do alfabeto, para escrever palavras com radicais gregos.


Durante a Idade Média, três letras ainda foram introduzidas. O ⟨J⟩ surgiu como uma variação do ⟨I⟩, alongado nos manuscritos do século XIV para indicar uso consonantal, especialmente em início de palavras. O ⟨U⟩, de forma similar, diferenciou-se do ⟨V⟩ para representar seu som vocálico. O ⟨W⟩, originalmente uma ligatura de dois Vs, foi adicionado para representar sons germânicos.[1]


O alfabeto usado pelos romanos consistia somente de letras maiúsculas (ou caixa alta). As letras minúsculas, ou de caixa baixa, surgiram na Idade Média a partir da escrita cursiva romana, primeiro como uma escrita uncial, e depois como minúsculas. As antigas letras romanas foram mantidas em inscrições formais e para dar ênfase em documentos escritos. As línguas que usam o alfabeto latino geralmente usam maiúsculas para iniciar parágrafos, sentenças e nomes próprios. As regras de uso de maiúsculas mudaram com o tempo, e variam um pouco entre idiomas diferentes. O inglês, por exemplo, costumava pôr todos os substantivos iniciados em caixa alta, como o alemão ainda faz atualmente.



Disseminação |


Com a expansão do Império Romano, o alfabeto latino, seguindo a língua latina, transcendeu as fronteiras da Itália, espalhando-se pelas terras ao redor do Mar Mediterrâneo. A metade oriental do Império Romano, incluindo Grécia, Ásia Menor, Ponto e Egito, continuou a usar o grego como "língua franca", mas o latim foi falado amplamente na metade ocidental do Império. As línguas românicas, tendo derivado da língua latina, nunca deixaram de usar seu alfabeto.


Além disso, a expansão do cristianismo ocidental durante a idade média difundiu o latim e seu alfabeto entre os falantes das línguas germânicas (substituindo as runas), celtas (substituindo o ogham) e outras línguas até então sem escrita, como as bálticas, urálicas e em parte das línguas eslavas (como polonês e tcheco).


Na Idade Moderna, o alfabeto latino começou a se expandir para outros continentes, levado pelas línguas das Grandes Navegações: castelhano, português, inglês, francês, e neerlandês. Em 1558, menos de um século depois da chegada dos europeus à América, os maias registraram, no Popol Vuh, a história de seu povo em alfabeto latino, em vez dos antigos hieroglifos maias [2]. Por toda a América as línguas dos colonizadores e, quando não isso, o alfabeto latino, tornou-se hegemônico.


Na Ásia, entretanto, o alfabeto latino disputou espaço com outros sistemas de escrita. No século XIX, o Vietnã, então administrado pela França, deixou de usar os caracteres chineses para escrever o vietnamita, trocando-o oficialmente pela escrita romanizada Quốc Ngữ.[3] Fizeram o mesmo as administrações inglesa e neerlandesa da Malásia, Indonésia e Singapura, substituindo pela romanização (rumi) os outros sistemas de escrita usados na região, como a escrita bramânica e o alfabeto árabe (no sistema jawi). [4]


No mundo eslavo, a escrita latina disputou espaço com o alfabeto cirílico. Escolher entre um e outro quase sempre dependia de escolhas religiosas, políticas ou ideológicas. No século XIX, o romeno, uma língua românica de um país cristão ortodoxo, trocou a escrita cirílica pela latina.[5] O servo-croata é escrito em caracteres romanos na Croácia pelo menos desde o século XIX, com uma relativa coexistência com o cirílico durante a vigência da Iugoslávia e o estabelecimento da escrita latina como única oficial depois disso[6]. Situação semelhante se passa na Bósnia e Herzegovina e na própria Sérvia, onde ambos os alfabetos são adotados. Em algumas regiões da União Soviética, após seu colapso, em 1991, alguns países deixaram o alfabeto cirílico pelo latino, em especial as repúblicas turcófonas do Azerbaijão, Uzbequistão e Turcomenistão, adotando a nova escrita para o azeri, o uzbeque e o turcomeno, respetivamente.



Uso |


Ver também: Anexo:Lista de idiomas que adotam o alfabeto latino





  Sistema latino e oficial


  Sistema Latino e oficial junto com outro Sistema de escrita



O Alfabeto latino é usado na maioria das línguas indo-europeias, incluindo todas dos grupos românico, céltico, báltico e germânico (com a exceção do ídiche) e algumas do grupo eslavo. Geograficamente, isso inclui toda a Europa Ocidental, as Américas e boa parte da África Subsaariana e da Oceania. Além disso, ao longo dos processos de colonização, diversas outras línguas e localidades adotaram a escrita romana, com destaque para as línguas turcomanas na Turquia e no Cáucaso e para o malaio falado na Malásia e na Indonésia [4].



Alfabeto Fonético Internacional |


O Alfabeto Fonético Internacional, criado no final do século XIX como uma escrita-padrão para representar sons de todas as línguas, também foi baseado no alfabeto romano. Apesar disso, o AFI inclui também alguns símbolos cirílicos, gregos e, mais raramente, de outros sistemas.



Romanização |


Dada a importância internacional da escrita latina, diversas línguas que utilizam outros sistemas de escrita possuem padrões oficiais de transcrição para o alfabeto romano, processo chamado de romanização. Isso inclui o sistema pinyin para o mandarim padrão, o rōmaji para o japonês e o sistema real do tailandês.



Caracteres |



Alfabeto básico |


O alfabeto latino do padrão ISO (codificado em ISO/IEC 646), também oficialmente adotado em língua portuguesa, consiste de 26 caracteres: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.


Apesar disso, para se adaptar às diferentes línguas em que é usado, o alfabeto absorve diversas variações e extensões, fundindo letras com ligaturas, modificando-as com diacríticos, atribuindo funções especiais a duplas ou trios de letras ou, por fim, absorvendo letras completamente novas ao alfabeto. Para uma relação exaustiva, ver lista de alfabetos derivados do latino.



Ligaturas |



Ver artigo principal: Ligadura tipográfica



Glifos de ligatura contidas na fonte Adobe Caslon Pro. No quadro à esquerda, ligaturas que possuem apenas papel estilístico; à direita, aquelas que são vistas como letras distintas.


Uma ligatura ou ligadura é a fusão de duas ou mais letras em um novo glifo ou caractere. Uma ligatura pode ser apenas estilística, bem como pode gerar novas letras que representem sons específicos. Em língua portuguesa, algumas ligaturas estilísticas podem ser utilizadas (a depender dos tipos escolhidos; letras formadas de ligatura, entretanto, não fazem parte do vernáculo.


Por outro lado, algumas línguas da Europa do Norte utilizam letras provenientes de ligaturas, como ⟨Æ/æ⟩ (vindo de ⟨AE⟩), ⟨Œ/œ⟩ (vindo de ⟨OE⟩) e ⟨ß⟩ (vindo de ⟨ſz⟩ ou ⟨ſs⟩, a junção do S longo com ⟨s⟩ ou ⟨z⟩). Além disso, algumas ligaturas geram glifos utilizados como logogramas, como é o caso de ⟨&⟩ (derivado do latim et), que representa a palavra e ou qualquer conjunção aditiva).



Dígrafos e trígrafos |



Ver artigos principais: Dígrafo e Trígrafo

Outra maneira de representar novos sons com o alfabeto latino é o uso de dígrafos, isto é, pares de letras que, juntas, representam um som diferente dos que representam as letras isoladamente. A língua portuguesa utiliza diversos dígrafos na escrita latina, como ⟨ch⟩, ⟨nh⟩, ⟨lh⟩, ⟨ss⟩ e ⟨rr⟩[7]. Exemplos de outras línguas incluem o ⟨ll⟩ da língua espanhola ou o dígrafo vocálico ⟨ij⟩ do holandês. Similarmente, um trígrafo é um conjunto de três letras que representam um novo som. Embora não existam em português, há alguns trígrafos bem conhecidos como o alemão ⟨sch⟩ ou o milanês ⟨oeu⟩.


Em algumas línguas, dígrafos e trígrafos são tratados como letras independentes do alfabeto, inclusive na ordenação de dicionários. No espanhol castelhano, por exemplo, os dígrafos ⟨ll⟩ e ⟨ch⟩ foram até 2010 considerados como letras independentes e, até 1994, palavras iniciadas com eles tinham uma entrada independente em dicionários[8]. Da mesma forma, varia também o uso de caixa alta, por exemplo, em palavras iniciadas com dígrafos.



Diacríticos |




Letra ⟨a⟩ com um acento agudo.



Ver artigo principal: Diacrítico

Diacríticos ou acentos são pequenos sinais colocados sobre, sob ou através de uma letra para modificar ou adaptar seu som. Na língua portuguesa, os diacríticos utilizados são a cedilha na letra ⟨c⟩ e, nas vogais, acento agudo, (´), acento circunflexo, (^), acento grave(`) e til (~). Em alguns casos, como o acento grave, a distinção na pronúncia já foi perdida, restando apenas a função de indicar o fenômeno morfológico da crase[9].


Da mesma maneira que os dígrafos, as letras com diacrítico podem ser reconhecidas ou não como letras independentes e podem contar separadamente ou não para ordenação alfabética. Em português, o ⟨ç⟩ é reconhecido como letra em uso, mas as vogais acentuadas não são assim consideradas[10]; na língua sueca, por outro lado, as vogais com diacrítico ⟨å⟩, ⟨ä⟩ e ⟨ö⟩ são consideradas letras de pleno direito.[11]



Novas letras |


Existem letras oriundas de diferentes alfabetos que, por representarem sons distintos dos contemplados pelo alfabeto latino básico, foram incorporadas a ele, para expressar algumas línguas. Por exemplo, o inglês antigo incorporou as letras rúnicas wynn ⟨Ƿ/ƿ⟩, thorn ⟨Þ/þ⟩ e eth ⟨Ð/ð⟩, que permanecem em uso nas escritas do islandês e do feroês.


As incorporações mais recentes incluem algumas feitas por línguas africanas. Por exemplo, as línguas ga-dangme utilizam as letras ⟨Ɛ/ɛ⟩, ⟨Ŋ/ŋ⟩ e ⟨Ɔ/ɔ⟩, que representam sons similares no IPA, enquanto a língua haúça usa ⟨Ɓ/ɓ⟩ e ⟨Ɗ/ɗ⟩ para implosivas e ⟨Ƙ/ƙ⟩ como uma ejetiva.



Tipografia |



Ver artigo principal: História da tipografia latina

Embora um alfabeto seja constituído de letras bem definidas, essas letras podem assumir diversas formas, codificadas como fontes.




Inscrição em capitalis monumentalis, Arco de Titus, Roma


Inicialmente, a escrita romana utilizava apenas letras de caixa alta, chamada capitalis, e não utilizava espaçamento entre palavras. Por volta de 190 a.C., entrou em uso geral o pergaminho, o que estimulou o surgimento da escrita cursiva romana.[1] A partir do século III, desenvolveram-se outros estilos tipográficos nos pergaminhos, como o uncial, importado da tipografia grega, e o visigótico, com influências árabes.[12] A partir do século XI, desenvolveu-se a escrita gótica (ou blackletter), que permaneceu em uso até o século XVII, sobretudo na Alemanha[13].


Durante o humanismo medieval e a renascença, surgiu um interesse em reavivar o antigo estilo romano de escrita, o que levou à construção de letra romana e, na Itália, ao desenvolvimento do estilo cursivo. Com a invenção da imprensa de tipos móveis, a letra romana difundiu-se pela Europa e a imitação da cursiva, conhecida como letra itálica, desenvolveu-se como uma alternativa interessante para a composição de textos.


Para mais, ver Lista de famílias tipográficas.



Referências




  1. abc Meggs, Phillip K. (2009). «2 - Alfabetos». História do Design Gráfico 1ª ed. [S.l.]: Cosac Naify. pp. 43–47. ISBN 8575037757 


  2. Gordon Brotherston e Sérgio Medeiros (org.) (2007). Popol Vuh. São Paulo: Iluminuras. ISBN 978-85-7321-274-7 


  3. «The Vietnamese writing system». Consultado em 12 de Janeiro de 2012 


  4. ab Cliff Goddard. The Languages of East and Southeast Asia (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-927311-1 


  5. Revista Ciência Hoje. «Herança Romana». Consultado em 12 de Janeiro de 2012 


  6. Darko Zubrinic. «Croatian Cyrilic Script». Consultado em 12 de Janeiro de 2012 


  7. Brasil Escola. «Dígrafo». Consultado em 8 de Janeiro de 2012 


  8. Diccionario panhispánico de dudas. [S.l.]: Santillana Ediciones Generales. ISBN 958-704-368-5 


  9. Colégio Web. «Acento Grave». Consultado em 8 de Janeiro de 2012 


  10. Portal da Língua Portuguesa. «Acordo Ortográfico de 1990». Consultado em 8 de Janeiro de 2012 


  11. Omniglot. «Swedish (Svenska)» (em inglês). Consultado em 8 de Janeiro de 2012 


  12. Velázquez Soriano, Isabel (1989). Antigüedad y Cristianismo: Monografías históricas sobre la Antigüedad Tardía. [S.l.]: Universidade de Múrcia. ISSN 0214-7165 


  13. «Gothic Variations». Medieval Writing 



  • Portal da linguística



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