Vogal
Modos de articulação |
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Obstruente |
Oclusiva |
Africada |
Fricativa |
Sibilante |
Soante |
Nasal |
Vibrante |
Simples |
Múltipla |
Aproximante |
Líquida |
Vogal |
Semivogal |
Lateral |
Fluxo de ar |
Ejetiva |
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Vogal é todo fonema em cuja emissão o ar passa livremente pela boca (ou também pelo nariz), sem obstrução.
[1][2]
Também é como se denominam as letras que representam os sons vocálicos. Na língua portuguesa são cinco as letras usadas para representar vogais: A, E, I, O, U.
Na maioria das línguas as vogais constituem o que se chama de cume silábico, ou seja, qualquer sílaba tem de possuir uma vogal, quer tenha consoante(s) ou não, sendo essa vogal o segmento fonético pronunciado com maior intensidade.
Índice
1 Articulação
1.1 Nasalização
1.2 Altura
1.3 Posteridade
1.4 Arredondamento
1.5 Fonação
1.6 Tensão
1.7 ATR
1.8 R vocálico
1.9 Fechamentos secundários no aparelho vocal
2 Encontros vocálicos
2.1 Ditongo
2.2 Tritongo
2.3 Hiato
3 Vogal temática
4 Tema
5 Referências
6 Bibliografia
Articulação |
As características da articulação distinguem as diferentes qualidades das vogais. Daniel Jones elaborou o sistema de vogal cardinal, para descrever as vogais em termos comuns como a altura (posição vertical da língua), a posteridade (posição horizontal da língua) e o arredondamento (posição dos lábios). E também existem outras características como a nasalização, a fonação, a posição da raiz da língua, e mais algumas outras características.
Nasalização |
São variações das vogais onde o ar é liberado também pelo nariz. As vogais nasais são encontradas em algumas línguas, as quais incluem, além do português, o francês, o polonês, o yorùbá, o navajo e o cassúbio, além do dialeto sueco älvdalzmål.
Altura |
Editar | Anterior | Quase anterior | Central | Quase posterior | Posterior | |
Fechada |
| |||||
Quase fechada | ||||||
Semifechada | ||||||
Média | ||||||
Semiaberta | ||||||
Quase aberta | ||||||
Aberta |
Quando símbolos são apresentados em pares, o da
direita representa uma vogal arredondada.
O Alfabeto Fonético Internacional identifica sete diferentes alturas vocálicas.
Vogal fechada (vogal alta)- Vogal quase fechada
- Vogal semifechada
- Vogal média
- Vogal semiaberta
- Vogal quase aberta
Vogal aberta (vogal baixa)
Posteridade |
O Alfabeto Fonético Internacional identifica cinco diferentes graus de posteridade.
- Vogal anterior
- Vogal quase anterior
- Vogal central
- Vogal quase posterior
- Vogal posterior
Arredondamento |
O termo arredondamento refere se as vogais são pronunciadas com os lábios arredondados ou não, na língua portuguesa, todas as vogais posteriores são arredondadas, enquanto as vogais anteriores e centrais não.
Fonação |
A fonação consiste nas vibrações das cordas vocais durante a articulação, na maioria das línguas no mundo as vogais são todas sonoras.
Tensão |
O contraste entre as tensões são comuns numa pequena quantidade de idiomas, principalmente nas línguas germânicas, como no caso da língua inglesa, geralmente usa-se mais o termo vogais longas e vogais curtas, como por exemplo, a diferença da pronuncia tensa de leap [liːp] e da lassa de lip [lɪp].
ATR |
O ATR (do inglês Advanced Tongue Root, raiz da língua adiantada), é uma característica muito comum nos idiomas africanos. O contraste entre a raiz da língua adiantada e a retraída se assemelham acusticamente com o contraste entre o tenso e o lasso, mas são articulados de maneira diferente. As vogais ATR envolvem uma notável tensão no aparelho vocal.
R vocálico |
Ocorrem em alguns idiomas, sendo o exemplo mais conhecido, o de muitos sotaques da língua inglesa, são as vogais que antecedem o R aproximante em finais silábicos, como em surfer [ˈsɝːfɚ] no inglês americano.
Fechamentos secundários no aparelho vocal |
A faringalização e epiglotalização ocorrem em alguns idiomas, são assemelhantes ao ATR, mas são acusticamente distintos.
Encontros vocálicos |
O encontro vocálico acontece quando há dois fonemas com sons vocálicos juntas em uma mesma palavra. Existem três tipos de encontros vocálicos: Ditongo, Tritongo e Hiato.
Ditongo |
Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal (e vice-versa), em uma mesma sílaba. O ditongo decrescente é o encontro sequencial de uma vogal com uma semivogal, o ditongo crescente da semivogal com a vogal.
[3]
Exemplos:
- História → his-tó-ria
ia, semivogal (i) com vogal (a).
- Vaidade → vai-da-de
ai, vogal (a) com semivogal (i).
Tritongo |
Tritongo é o encontro de uma vogal permeada por duas semivogais numa mesma sílaba.
[4]
Exemplos:
- Iguais → i-guais
uai, uma semivogal (u), seguido de vogal (a), seguido de uma semivogal (i).
Hiato |
Hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes.
[5]
Exemplos:
- Ruído → ru-í-do
u e i, duas vogais em sílabas diferentes.
Vogal temática |
É uma vogal que se acrescenta a alguns radicais, antes das desinências.
[6]
Esse morfema é necessário em alguns casos para que uma palavra receba desinências ou sufixos.
[7]
São classificadas em: nominais e verbais.
- Vogais temáticas nominais
- São vogais como a, o ou e, acrescidas às palavras paroxítonas ou proparoxítonas.[7]
Exemplos: bola, livro, estudante.
- Vogais temáticas verbais
- São vogais como a, e ou i, acrescidas a radicais verbais. Estas vogais formam as chamadas conjugações. A vogal a caracteriza os verbos de 1ª conjugação, o e os de 2ª, e o i os de 3ª conjugação.[7]
Exemplos: alegrar, torcer, sorrir.
Tema |
É a união entre o radical e a vogal temática.[6][7]
Referências
↑ «Dicionário Terminológico para consulta em linha». Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Consultado em 17 de fevereiro de 2014
↑ «Dicionário de Termos Linguísticos». Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Consultado em 17 de fevereiro de 2014
↑
«Dicionário Terminológico para consulta em linha (ditongo)». Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Consultado em 18 de fevereiro de 2014
↑
«Dicionário de Termos Linguísticos (tritongo)». Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Consultado em 18 de fevereiro de 2014
↑
«Dicionário Terminológico para consulta em linha (hiato)». Ministério da Educação e Ciência de Portugal. Consultado em 18 de fevereiro de 2014
↑ ab
Mesquita, Roberto Melo; Martos, Cloder Rivas (1994). Português - Linguagem & Realidade. 1 3 ed. São Paulo: Saraiva. p. 113. ISBN 85-02-01251-7 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑ abcd
Abaurre, Maria Luiza; Pontara, Marcela Nogueira; Fadel, Tatiana (2005). Português: língua e literatura. 1 2 ed. São Paulo: Moderna. p. 157. ISBN 85-16-03845-9 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
Bibliografia |
- MATTOSO CAMARA JR, Joaquim. História e estrutura da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Padrão. 2 ed.A.
- SABRINA ROSMANN Ortografia, pontuação e crase ESPIRÍTO SANTO: 2. ed.2015