Corvo
Nota: Para outros significados, veja Corvo (desambiguação).
Corvo | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||||
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O corvo é uma ave da família Corvidae, representantes de maiores dimensões da Ordem passeriformes. Possuem ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes, vivendo em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos. Sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. Tais aves surgiram na Ásia, mas todos os continentes temperados e várias ilhas (como o Havaí) têm representantes do gênero. O corvo pode simbolizar a morte, a solidão, o azar, o mal presságio. Por outro lado, pode simbolizar a astúcia, a cura, a sabedoria, a fertilidade, a esperança. Muitas culturas acreditam que essa ave simboliza tais aspectos positivos, como por exemplo, para os ameríndios simboliza a criatividade e o sol; para os chineses e japoneses o corvo simboliza a gratidão, o amor familiar, o mensageiro divino que representa o bom presságio. Na China, o emblema do Imperador é um corvo de três patas, tripé considerado solar, representa o nascimento, o zênite e o crepúsculo ou ainda, sol nascente (aurora), sol do meio dia (zênite), sol poente (ocaso) e juntos simbolizam a vida e as atividades do imperador. Na Mitologia Grega, o corvo era consagrado a Apolo, Deus da luz do Sol, e para eles essas aves desempenhavam o papel de mensageiro dos deuses visto que possuíam funções proféticas. Por esse motivo, esse animal simbolizava a luz uma vez que para os gregos, o Corvo era dotado de poder a fim de conjurar a má sorte. No manuscrito Maia, o "Popol Vuh", o corvo aparece como o mensageiro do Deus da trovoada e do relâmpago. Ainda de acordo com a mitologia grega, o corvo era uma ave branca. Apolo deu a um corvo a missão de ser a guardiã de sua amante, mas o corvo se descuidou e a amante o traiu, como castigo Apolo tornou o corvo uma ave negra.Já na Mitologia Nórdica, encontramos o corvo como o companheiro de Odin (Wotan), deus da sabedoria, da poesia, da magia, da guerra e da morte. A partir disso, na Mitologia Escandinava, dois corvos aparecem empoleirados no Trono de Odin: "Hugin" que simboliza o espírito, enquanto "Munnin" representa a memória; e juntos simbolizam o princípio da criação.[1]
A supracitada acepção do corvo com o mau agouro tem como propulsores a Europa e o cristianismo, acepção negativa essa espalhada pelo mundo, fazendo parte de muitas crenças, religiões, mitos, lendas, etc. Desde então, para os cristãos esses animais necrófagos (que se alimentam de carne putrificada) são considerados os mensageiros da morte e são também associados ao Satanás, sendo que vários demônios são retratados na figura do corvo, como Caim, Amon, Stolas, Malphas, Raum. Na Índia, o corvo simboliza os mensageiros da morte e no Laos, a água utilizado pelos corvos não serve para realizar rituais, visto que representa a sujidade espiritual.
Inteligência |
Ver artigo principal: Inteligência em corvos
Os estudos da inteligência em corvos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência. Como exemplo disso, tem-se a descoberta de cientistas da Universidade de Auckland de que os corvos têm a capacidade de usar três ferramentas em sucessão para conseguir chegar até os alimentos.[2] Alguns corvos que comem sementes difíceis de se quebrar costumam atirar as semente nas ruas de uma metrópole qualquer e deixar que os carros quebrem-nas. O corvo-da-nova-caledônia (Corvus moneduloides) é conhecido pela sua capacidade de fabricar e utilizar pequenos instrumentos que o auxiliam na alimentação. Em testes específicos de inteligência animal, costumam atingir altas pontuações. A diferença entre um corvo a outro necrófago é que ele mata quando está com fome.
Espécies |
Nota: algumas espécies do género Corvus são conhecidas como gralha.
- Austrália
C. coronoides (corvo-australiano)- C. tasmanicus
- C. bennetti
- C. boreus
- C. mellori
- C. orru
- América do Norte
- C. brachyrhynchos
- C. cryptoleucus
C. corax (corvo-comum)- C. ossifragus
- C. caurinus
- C. imparatus
- C. sinaloae
- África
C. capensis (corvo do Cabo)- C. rhipidurus
C. albus (corvo-bicolor)- C. edithae
C. crassirostris (corvo-vulturino)- C. albicollis
Norte da África e Médio Oriente
- C. ruficollis
C. cornix (gralha-cinzenta)
C. corax (corvo-comum)- C. rhipidurus
- Europa
C. corone (gralha-preta)
C. corax (corvo-comum)
C. cornix (gralha-cinzenta)
C. monedula (gralha-de-nuca-cinzenta)
C. frugilegus (gralha-calva)
- Ásia
C. corone (gralha-preta)- C. torquatus
C. dauuricus (gralha-dáurica)- C. splendens
C. macrorhynchos (corvo-de-bico-grossudo)
C. frugilegus (gralha-calva)
C. corax (corvo-comum)
- Ilhas oceânicas
C. hawaiiensis (corvo-do-Hawaii)
C. moneduloides (corvo da Nova Caledónia)- C. nasicus
C. jamaicensis (corvo da Jamaica)- C. palmarum
- C. leucognaphalus
- C. woodfordi
- C. tristis
Referências
↑ «Hugin e Munnin de Odin com Triskle | Essência Pagã | Elo7». Elo7. Consultado em 20 de julho de 2017
↑ Folha: Corvos resolvem problema complexo criado por cientistas