Lubango




Coordenadas: 14° 55' S 13° 29' E



























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Lubango

Lubango.jpg

Panorama


Dados gerais

Fundada em
1901

Orago
Nossa Senhora do Monte

Gentílico
Lubanguense ("Tchicoronho")

Província

Huíla

Características geográficas

Área
3 147 km²

População
731 575[1] hab.

Altitude
1790 m




Lubango está localizado em: Angola


Lubango



Localização de Lubango em Angola
14° 55' " S 13° 30' " E{{{latG}}}° {{{latM}}}' {{{latS}}}" {{{latP}}} {{{lonG}}}° {{{lonM}}}' {{{lonS}}}



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Lubango é uma cidade e município do sul de Angola, situada no planalto da Huíla. É a capital da província da Huíla. Tem cerca de 2 milhões de habitantes. É limitado a Norte pelo município de Quilengues, a Este pelo município de Cacula, a Sul pelos municípios de Chibia e Humpata, e a Oeste pelo município da Bibala. A cidade desenvolveu-se sobretudo a partir da colónia de Sá da Bandeira, tomando esse nome entre 1884 e 1975, enquanto o município foi sempre denominado Lubango. É constituído pelas comunas de Lubango, Arimba, Hoque e Huíla.


João António de Aguiar realizou o plano de urbanização da cidade, uma das mais belas de Angola. Para além do Lubango, apreciadores apontam a Huíla como uma das mais belas regiões de Angola, contendo, de facto, as mais cantadas paisagens de Angola, como a serra da Leba, a Fenda da Tundavala ou a Nossa Senhora do Monte.




Índice






  • 1 História


  • 2 Economia


  • 3 Geografia


    • 3.1 Clima




  • 4 Infraestrutura


    • 4.1 Transportes


    • 4.2 Educação




  • 5 Cultura e lazer


    • 5.1 Cultura


    • 5.2 Lazer


    • 5.3 Desporto




  • 6 Referências


  • 7 Ligações externas





História |


Data de 1627 o primeiro contacto europeu com as terras do planalto angolano. A soberania portuguesa iniciou-se em 1769 com a criação do presídio de Alva Nova.


A actual cidade de Lubango implanta-se em território que se encontrava, até fins do século XIX, na área de influência do soba do Lubango, cuja embala se localizava na aldeia ainda actualmente conhecida como Muholo, sendo este um dos mais turbulentos da região.[2]


Os portugueses entenderam a necessidade de controle daquela região por 1880, sendo pensado em 1882 o estabelecimento de uma colónia nesta região, com colonos recrutados no Arquipélago da Madeira, nos termos do decreto de 16 de Agosto de 1881. A primeira remessa chegou a Mossâmedes a 19 de Novembro de 1884, a bordo do navio Índia, atingindo o Planalto da Huíla a 19 de Janeiro de 1885, onde fundaram a colónia de Sá da Bandeira,[2] assim designada em homenagem a Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira. A 2 de setembro de 1901, Sá da Bandeira foi elevada à categoria de vila e tornou-se a sede capital da província da Huíla. Passa a cidade em 31 de maio de 1923, quando o Caminho-de-ferro de Moçâmedes, depois de vencer o deserto e a serra, atingiu finalmente o planalto.


A cidade de Sá da Bandeira era chamada a "Coimbra de Angola" devido ao desenvolvimento cultural, num sentido universal e cosmopolita, sem abdicar da sua especificidade. A partir de meados da década de 1950 considerava-se a cidade mais branca de Angola (e Benguela, a cidade mulata por excelência), visto que a sua colonização se processara, de raiz, com a instalação de colonos portugueses (nomeadamente madeirenses e "brasileiros") e boers, além de outras precedências. Com a actividade desenvolvida por Leonel Cosme, figura de proa do (re)nascimento cultural ali operado, apoiado nas forças progressivas, que incluíam até entidades ligadas ao regime colonial-salazarista, a capital da Huíla pode disfrutar de uma vivência cultural de amplos horizontes, desde o cinema à pintura, literatura ou música clássica. Foi ali, por exemplo, que Sequeira Costa lançou um festival de música clássica, nos moldes em que, depois, passou a organizar o da Costa do Sol.




Carros blindados Eland Mk7 sul-africanos em Lubango, por volta de 26 de outubro de 1975, durante a Operação Savannah, na Guerra de Independência de Angola.


O hinterland branco de Sá da Bandeira, nas eleições para a Presidência da República Portuguesa, em 1958, votou em Humberto Delgado, candidato da oposição derrotado, mas que venceu também na cidade da Benguela, o que mostra como as forças vivas da cidade não pautavam a sua orientação de vida pelas directivas do Terreiro do Paço. Havia, no Sul, alguma tradição de autonomia ou independência em relação à "Metrópole", bebida no convívio com o Brasil e o exemplo que ele representava. Os colonos tinham orgulho da sua cidadezinha que, talvez mais do que acontecia noutros lugares, consideravam a sua pequena pérola, verdadeiro sonho de terra prometida transformada em realidade, pela qual faziam, de facto, o melhor.


Durante muito tempo, só existiam os Liceus de Luanda e Sá da Bandeira, ministrando cursos até ao 7.º ano (actual 11.º de escolaridade). Assim, passaram pela cidade futuros intelectuais e políticos como Costa Andrade, Viriato da Cruz, Lúcio Lara, Aires de Almeida Santos, Manuel Rui, António Neto, que foram alunos, funcionários ou lá fizeram exames. [3]


É de referir que as mais fortes presenças de colonização acontecem normalmente no litoral, tornando-se a Huíla uma excepção. Actualmente encontram-se na Huíla grupos de origem portuguesa mantendo as suas tradições e vestígios da pronúncia madeirense. A família étnico-linguística Nhaneca-Humbe de cultura Bantu, encontra-se bem representada na antiga província da Huíla, nomeadamente o povo Mumuíla.



Economia |




Vista de Lubango e das montanhas que a cercam.


A agricultura foi o primeiro objectivo de Sá da Bandeira, sendo o trigo a maior produção. No entanto, o gado tornou-se rapidamente a maior riqueza da região. O boi é ainda hoje um símbolo de riqueza. Quando os transportes passaram a ser mecânicos e as estradas boas vias de acesso, fixou-se o comércio e rapidamente também a indústria. Assumiram a liderança os curtumes e as moagens. A metalurgia, o calçado, a banha, a salsicharia, as cerâmicas, as madeiras e os refrigerantes, seguiram-se em importância.


A economia de Lubango é hoje baseada principalmente na agricultura de cereais, frutas e legumes. Tem também algumas industrias de manufactura especializadas em embalagens de alimentos.



Geografia |



Clima |


Estando aproximadamente a 1.790 metros acima do nível do mar, Lubango é a cidade mais elevada de Angola. Possui um Clima Oceânico ou Tropical de Altitude tipo Cwb por consequência de sua própria altitude que o modifica. Durante o dia o clima é moderadamente abafado, mas à noite as temperaturas são consideravelmente mais baixas. Com temperatura média anual de 18°C é provavelmente a cidade com o clima mais ameno e temperado de Angola. Anualmente é comum a ocorrência de extremos de 1°C até 34°C. Junho e Julho são os meses mais frios, com eventuais geadas. As chuvas mais intensas ocorrem geralmente entre Dezembro e Março, os meses mais quentes são Setembro, Outubro e Novembro. Em zonas de alta atitudes como a serra da Leba e serra da Chela as temperaturas podem baixar bruscamente de 10 a -5 graus durante a noite.















































































































Dados climatológicos para Lubango
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Temperatura máxima recorde (°C)
30
30
30
28
30
28
27
30
31
34
38
31
Temperatura máxima média (°C)
25
25
25
25
25
24
24
26
28
28
26
25
Temperatura média (°C)
18
18
18
18
17
15
15
18
20
20
19
18
Temperatura mínima média (°C)
12
12
12
11
9
6
6
10
12
12
12
12
Temperatura mínima recorde (°C)
5
5
2
3
0
-1
-1
0
4
3
5
3

Precipitação (mm)
140
150
160
90
0
0
0
0
0
70
110
160

Fonte: Weatherbase: Historical weather for Sa da Bandeira, Angola Fevereiro 13, 2010

































Gráfico climático para Lubango, Huíla, Angola
J F M A M J J A S O N D


 

 

140

 

25

12




 

 

150

 

25

12




 

 

160

 

25

12




 

 

90

 

25

11




 

 

0

 

25

9




 

 

0

 

24

6




 

 

0

 

24

6




 

 

0

 

26

10




 

 

0

 

28

12




 

 

70

 

28

12




 

 

110

 

26

12




 

 

160

 

25

12



Temperaturas em °CPrecipitações em mm
Fonte: [http://www.weatherbase.com/weather/weather.php3?s=9366&refer=&units=metric Weatherbase


Infraestrutura |



Transportes |


Lubango é interligada ao território nacional por diversos meios, sendo o principal o meio rodoviário. Neste, a principal rodovia é a EN-280, que a liga ao Hoque, ao leste, e à Humpata, á oeste. Outra rodovia importante á a EN-105, que liga o Lubango à Bibala, ao norte, e ao Chibia, ao sul.


A cidade também é atravessada pelo Caminho de Ferro de Moçâmedes, que escoa a produção local até o Porto do Namibe, em Moçâmedes, bem como dá acesso ao Menongue.


Por via aérea, o Lubango dispõe do Aeroporto Internacional da Mukanka.



Educação |


O Lubango foi uma das primeiras cidades do interior a possuir ensino de segundo grau (liceu), não só o Liceu Nacional Diogo Cão, mas também a Escola Industrial e Comercial Artur de Paiva, bem como (perto da cidade) o Instituto Agrícola do Tchivinguiro (Escola de Agronomia). Desde então Lubango passou a ser conhecido como um polo de ensino.


Na educação superior, existe a Universidade Mandume ya Ndemufayo, com suas instituições orgânicas: Faculdade de Direito, Faculdade de Economia, Faculdade de Medicina e Instituto Superior Politécnico da Huíla. Outra instituição pública é o Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla. Em paralelo, existe no Lubango um campus da Universidade Privada de Angola, hoje chamado de Instituto Superior Politécnico da Tundavala, onde o domínio mais destacado é o da Psicologia. Existe também o Instituto Superior Politécnico Gregório Semedo (Lubango e Namibe), com uma oferta de ensino diversificada.[4]



Cultura e lazer |




Cristo-Rei do Lubango.



Cultura |


Uma das principais manifestações culturais-religiosas do Lubango é a Procissão de Nossa Senhora do Monte, a padroeira católica da cidade. Sua realização é uma iniciativa da Arquidiocese do Lubango.


Outra manifestação cultural muito popular é o carnaval, tanto o de rua quanto o de campeonato. Em Lubango existem muitos grupos de samba que disputam o campeonato carnavalesco todos os anos.



Lazer |


As principais áreas de atração do município são devidas às belezas naturais, tais como[5]:




  • Fenda e barragem da Tundavala;

  • Cascata da Huíla;

  • Capela da Nossa Senhora do Monte;

  • Serra da Leba

  • Barragem das Neves (embora não possuindo cascata);


  • Cristo-Rei do Lubango.



Desporto |


Recentemente construído pelos chineses, o Estádio Nacional da Tundavala está entre os mais modernos estádios de futebol de África. Nele foram realizadas algumas partidas do Campeonato Africano das Nações de 2010. As principais equipes de futebol da cidade são a Benfica Petróleos do Lubango, o Clube Desportivo da Huíla e o Clube Ferroviário da Huíla, este último que manda seus jogos no Estádio do Ferroviário da Huíla.


Torneios de judo tem despertado o interesse da população de Lubango. A geografia da cidade também propicia um bom espaço para o alpinismo e o rapel.


Os desportistas distribuem-se por diversas modalidades como o basquetebol, futebol, karaté, atletismo, ténis, ténis de mesa, ginástica, ciclismo, boxe e automobilismo. [6]



Referências




  1. http://www.citypopulation.de/php/angola-admin.php?adm2id=1501


  2. ab Sul d'Angola; relatório de um govêrno de distrito (1908-1910), p. 292


  3. Pires Laranjeira (1995). Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, Universidade Aberta, págs. 108-109


  4. Instituto Superior Polítecnico Gregório Semedo (2013). «Instituto Superior Polítecnico Gregório Semedo». Consultado em 16 de Novembro de 2016 


  5. COUCELO, Josefina Maria Costa Parreira Cruz - Caracterização de hábitos alimentares na Província da Huíla, Angola: contribuição para a elaboração de um guia alimentar


  6. COUCELO, Josefina Maria Costa Parreira Cruz - Caracterização de hábitos alimentares na Província da Huíla, Angola: contribuição para a elaboração de um guia alimentar



Ligações externas |



  • Geohive [1]

  • JaImagens: http://www.jaimagens.com/index.php?action=detail&id=27297

  • Sítio sobre a Huíla e o Lubango [2]





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