Salto com vara

















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Salto com vara



Olímpico desde

1896 H / 2000 S

Desporto

Atletismo
Praticado por
Ambos os sexos

Rio de Janeiro 2016
Homens

Thiago Braz
 Brasil
Mulheres

Ekaterini Stefanidi
 Grécia

Londres 2017
Homens
Sam Kendricks
 Estados Unidos
Mulheres

Ekaterini Stefanidi
 Grécia

Salto com vara é um evento do atletismo onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo. Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.


É uma modalidade classificada como um das quatro principais provas de salto no atletismo, junto com o salto em altura, salto em distância e o salto triplo. Sua originalidade está no fato de ser um esporte que requer uma significativa quantidade de equipamento especializado para ser praticado, tornando-o mais caro que os demais, mesmo em nível básico. Vários saltadores de sucesso na prova tem uma base na ginástica, caso da russa Yelena Isinbayeva e da brasileira Fabiana Murer, o que reflete os atributos físicos similares necessários para os dois esportes.[1]


O primeiro campeão olímpico foi o norte-americano William Hoyt, em 1896, e a primeira campeã, 104 anos depois, Stacy Dragila, também dos Estados Unidos. Dragila tinha como base na adolescência ser montadora de cavalos e touros em rodeios na Califórnia.[2] O brasileiro Thiago Braz é o atual campeão e recordista olímpico masculino da modalidade – 6,03 m. Os recordes mundiais pertencem ao francês Renaud Lavillenie – 6,16 m – e à russa Yelena Isinbayeva – 5,06 m. Ele é disputado tanto ao ar livre quanto em pista coberta, e os recordes são registrados independente da locação aberta ou fechada.[3]




Índice






  • 1 História


  • 2 Regras


  • 3 Recordes


  • 4 Melhores marcas mundiais


    • 4.1 Homens


    • 4.2 Mulheres




  • 5 Melhores marcas olímpicas


    • 5.1 Homens


    • 5.2 Mulheres




  • 6 Marcas da lusofonia


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





História |


Varas eram equipamentos usados como meios práticos de atravessar obstáculos naturais como terrenos pantanosos no Noroeste da Europa, em províncias como a Frísia, na Holanda, ao longo do Mar do Norte, e em regiões pantanosas do leste da Inglaterra em torno de Cambridgeshire, Lincolnshire e Norfolk. Drenagens artificiais nestes locais criaram uma rede de canais e coletores abertos que se cruzavam uns com os outros. Para cruzar estes locais sem se molhar e evitar tediosos e longos rodeios pelas pontes, uma pilha de longas e finas varas de salto era mantida em cada casa e usada para saltar sobre os pequenos canais. Competições de salto em distância, e não ainda de altura, com estas varas, eram realizadas anualmente nas terras baixas ao longo do Mar do Norte e chamadas de Fierljeppen.[4]





Fierljeppen sobre a água na Holanda.


Uma das primeiras competições de salto com varas onde a altura foi medida aconteceu no Ulverston Football and Cricket Club, em Lancashire, Inglaterra, em 1843.[2] A competição moderna começou por volta, de 1850 na Alemanha, quando o salto com vara foi adicionado como modalidade para a prática de exercícios em clubes de ginástica. Também em uso na Inglaterra nesta época eram competições com o uso de varas de cinza sólida ou de nogueira com pontas de ferro no final delas.[5] A moderna técnica do salto foi desenvolvida nos Estados Unidos no fim do século XIX. Inicialmente as varas eram feitas de material rígido como bambu – registrado pela primeira vez em 1857 – [5] ou alumínio, mas com a introdução a partir do início da década de 1950 de varas feitas de fiberglass e fibra de carbono, os saltadores começaram a atingir alturas mais elevadas antes inalcançáveis.[6] Em 1985, o ucraniano Sergei Bubka, então competidor da União Soviética, foi o primeiro homem a superar os seis metros.[7]



Regras |


A pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.[8]


As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor.[5]



Recordes |


Os recordes mundiais incluem outdoor e indoor (i), de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[9][10][11]


Homens



























Recorde

Marca

Atleta

País

Data

Local
Recorde mundial 6,16 m (i)
Renaud Lavillenie França 15 fevereiro 2014
Donetsk
Recorde olímpico 6,03 m Thiago Braz Brasil 15 agosto 2016
Rio 2016

Mulheres



























Recorde

Marca

Atleta

País

Data

Local
Recorde mundial 5,06 m Yelena Isinbayeva Rússia 28 agosto 2009
Zurique
Recorde olímpico 5,05 m Yelena Isinbayeva Rússia 18 agosto 2008
Pequim 2008


Melhores marcas mundiais |


As marcas abaixo incluem outdoor e indoor (i) de acordo com a Federação Internacional de Atletismo – IAAF.[9][10][11]



Homens |























































































Posição
Marca
Atleta
País
Data
Local
1 6,16 m (i)
Renaud Lavillenie França 15 fevereiro 2014
Donetsk
2 6,15 m (i)
Sergei Bubka Ucrânia 21 fevereiro 1993
Donetsk
3 6,14 m (i)
Sergei Bubka Ucrânia 13 fevereiro 1993
Liévin
6,14 m Sergei Bubka Ucrânia 31 julho 1994
Sestriere
5 6,13 m (i)
Sergei Bubka Ucrânia 21 fevereiro 1992
Berlim
6,13 m Sergei Bubka Ucrânia 19 setembro 1992
Tóquio
7 6,12 m (i)
Sergei Bubka União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 23 março 1991
Grenoble
6,12 m Sergei Bubka Ucrânia 30 agosto 1992
Padova
9 6,11 m (i)
Sergei Bubka União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 19 março 1991
Donetsk
6,11 m Sergei Bubka Ucrânia 13 junho 1992
Dijon


Mulheres |
























































































Posição
Marca
Atleta
País
Data
Local
1 5,06 m Yelena Isinbayeva Rússia 28 agosto 2009
Zurique
2 5,05 m Yelena Isinbayeva Rússia 18 agosto 2008
Pequim
3 5,04 m Yelena Isinbayeva Rússia 29 julho 2008
Mônaco
4 5,03 m Yelena Isinbayeva Rússia 11 julho 2008
Roma
5 5,02 m (i)
Jennifer Suhr Estados Unidos 2 março 2013
Albuquerque
6 5,01 m Yelena Isinbayeva Rússia 12 agosto 2005
Helsinque
5,01 m (i)
Yelena Isinbayeva Rússia 23 fevereiro 2012
Estocolmo
8 5,00 m Yelena Isinbayeva Rússia 22 julho 2005
Londres
5,00 m (i)
Yelena Isinbayeva Rússia 15 fevereiro 2009
Donetsk
5,00 m Sandi Morris Estados Unidos 10 setembro 2016
Bruxelas


Melhores marcas olímpicas |


As marcas abaixo são da prova ao ar livre, a única olímpica, e são de acordo com o Comitê Olímpico Internacional – COI.[12]



Homens |
























































































Posição
Marca
Atleta
País
Medalha
Local
1 6,03 m Thiago Braz Brasil ouro
Rio 2016
2 5,98 m Renaud Lavillenie França prata
Rio 2016
3 5,97 m Renaud Lavillenie França ouro
Londres 2012
4 5,96 m Steve Hooker Austrália ouro
Pequim 2008
5 5,95 m Timothy Mack Estados Unidos ouro
Atenas 2004
6 5,92 m Jean Galfione França ouro
Atlanta 1996
5,92 m Igor Trandenkov Rússia prata
Atlanta 1996
5,92 m Andrei Tivontchik Alemanha bronze
Atlanta 1996
9 5,91 m Björn Otto Alemanha prata
Londres 2012
5,91 m Raphael Holzdeppe Alemanha bronze
Londres 2012


Mulheres |




































































































Posição
Marca
Atleta
País
Medalha
Local
1 5,05 m Yelena Isinbayeva Rússia ouro
Pequim 2008
2 4,91 m Yelena Isinbayeva Rússia ouro
Atenas 2004
3 4,85 m Ekaterini Stefanidi Grécia ouro
Rio 2016
4,85 m Sandi Morris Estados Unidos prata
Rio 2016
5 4,80 m Jennifer Suhr Estados Unidos prata
Pequim 2008
4,80 m Eliza McCartney Nova Zelândia bronze
Rio 2016
4,80 m Alana Boyd Austrália
Rio 2016
8 4,75 m Svetlana Feofanova Rússia prata
Atenas 2004
4,75 m Svetlana Feofanova Rússia bronze
Pequim 2008
4,75 m Yulia Golubchikova Rússia
Pequim 2008
4,75 m Jennifer Suhr Estados Unidos ouro
Londres 2012
4,75 m Yarisley Silva Cuba prata
Londres 2012


Marcas da lusofonia |












































































País

Masculino

Atleta

Ano

Local

Feminino

Atleta

Ano

Local

Brasil 6,03 m Thiago Braz 2016 Rio de Janeiro 4,87 m Fabiana Murer 2016 S.B. do Campo [13]
Portugal 5,71 m Diogo Ferreira 2017 Lisboa 4,51 m Marta Onofre 2016 Pombal [14]
Cabo Verde 4,70 m José Rosa 2011 Guimarães 2,80 m Nair Varela 2005 Lisboa [15]
Angola 4,10 m (*) Stélvio Lemos 2011 Lisboa 3,16 m Lídia Alberto 2012 Luso [16]
São Tomé e Príncipe 4,10 m Edgar Campre 2017 Abrantes sem registro
[17]:604

(*) - Marca reconhecida pela Federação Angolana de Atletismo. A IAAF reconhece 4,05 m de José Francisco em Luanda, 1989.[18]:603



Referências




  1. «Fabiana Murer profile». IAAF. Consultado em 22 de fevereiro de 2015 


  2. ab «Kate Dennison: 'It helps being a little bit crazy'». The Independent. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  3. «JUMPS - POLE VAULT M». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  4. «Fierljeppen». Polsstokbond Holland. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  5. abc «pole vault». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  6. «Man who broke 15-feet defenda fiberglass pole». Ocala Star-Banner. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  7. Litsky, Frank. «Soviet Pole-Vaulter Soars Over 20-Foot Mark». The New York Times. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  8. «Atletismo Saltos». cooperativa de fitness. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  9. ab «POLE VAULT - MEN - SENIOR - OUTDOOR». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  10. ab «POLE VAULT - MEN - SENIOR - INDOOR». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  11. ab «JUMPS - POLE VAULT W». IAAF. Consultado em 10 de setembro de 2015 


  12. «48 PAST OLYMPIC GAMES». OIC. Consultado em 24 de abril de 2013 


  13. «Recordes». CBat. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  14. «RECORDES DE PORTUGAL». FPA. Consultado em 3 de julho de 2016 


  15. «Tabela de Records de Cabo Verde». FCA. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  16. «estatisticas». FAA. Consultado em 1 de setembro de 2015 


  17. «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017 


  18. «IAAF WORLD CHAMPIONSHIPS LONDON 2017 STATISTICS HANDBOOK». IAAF. 2017. Consultado em 2 de agosto de 2017 



Ligações externas |



  • Sítio da IAAF

  • European Athletic Association (EAA)

  • Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)

  • Federação Portuguesa de Atletismo
















































  • Portal do desporto



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