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A Reserva biológica de São Donato localiza-se no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Abrange os municípios de Itaqui e Maçambara, ocupando uma área de 4.392 hectares. Foi criada pelo Decreto Estadual n° 23.798, de 12 de março de 1975.^[1]

Geografia |

Os ecossistemas de campo, banhados, vassourais, vegetação de tabuleiros, mata-palustre, mata de galeria e capões de mata arbóreo-arbustiva são encontradas na reserva. Algumas espécies da flora encontradas são: o angico, a figueira, o salso e o jerivá. A fauna é rica em espécies de aves como pássaro-preto-de-veste-amarela, a marreca-asa-branca, a guaravaca-de-crista-branca, o caboclinho-de-barriga-vermelha e o carretão, além do caboclinho-de-papo-branco (Sporophila palustris) espécie ameaçada no estado do Rio Grande do Sul. Essa espécie migratória utiliza a Reserva Biológica São Donato durante seu período reprodutivo, primavera e verão.^[2] A fauna de mamíferos é representada com a presença do zurrilho, do mão-pelada (ou guaxinim), e dos ameaçados de extinção gatos-do-mato e lontra.^[3]

Demarcação |

Questiona-se a nulidade do decreto de criação, pois, por erro ou omissão o mesmo reza que a área da reserva fica localizada ao longo da estrada BR-285, que liga São Borja a Vacaria, não passando nem perto da área motivo do decreto. Além deste fato, que por si só já é suficiente para anular o decreto, a área não foi demarcada dentro dos 90 dias previstos e, ainda mais, pelo fato do São Donato não ser uma área ao longo de uma estrada, e sim, uma área estreita que corta a BR-472 quase que perpendicularmente.

Estes erros que constam no decreto, e os danos que têm causado aos proprietários, que nunca foram indenizados, são de conhecimento dos órgãos ambientais desde muitos anos atrás e não têm impedido que até hoje se proíbam a utilização das áreas que já eram utilizadas na produção de arroz e, ao mesmo tempo, não se concedam licenças para novas obras na bacia hidrográfica, mesmo que sejam localizadas a quilômetros de distância, da possível área desapropriada, alegando agressão ao ecossistema do banhado.

Visitação |

Não é aberta à visitação. O acesso é restrito à pesquisa científica e educação ambiental.

Referências

Ver também |

• Ambientalismo no Rio Grande do Sul


• Maçambara


• Rio Uruguai

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