Tenzin Gyatso
Tenzin Gyatso | |
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14º Dalai-lama | |
Tenzin Gyatso, o 14º Dalai-lama | |
Reinado | 17 de novembro de 1950 — (presente) |
Antecessor(a) | Thubten Gyatso |
Sucessor(a) | Lobsang Sangay (funções políticas) |
Título(s) | Sua Santidade, o Grande Lama |
Nome completo | Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso |
Nascimento | 6 de julho de 1935 (83 anos) |
| Taktser, Amdo, Tibete |
Pai | Choekyong Tsering |
Mãe | Diki Tsering |
Religião | Budismo tibetano |
O 14º Dalai-lama (nome religioso: Tenzin Gyatso, forma encurtada de Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso; nascido Lhamo Döndrub, em tibetano: ལྷ་མོ་དོན་འགྲུབ་,; Wylie: Lha-mo Don-'grub; no dialeto de Lassa: AFI: [l̥ámo tʰø̃ ̀ɖup];[1]Taktser, 6 de julho de 1935) é o atual dalai-lama, líder espiritual do budismo tibetano. Considerado a reencarnação do bodisatva da compaixão. Os dalai-lamas são importantes monges da escola Gelug, a mais nova escola do budismo tibetano[2] que foi formalmente liderado pelos Ganden Tripas. Desde o tempo do 5º Dalai-lama até 1959, o governo central do Tibete, o Ganden Phodrang, investiu-o na posição do Dalai-lama com deveres temporais.[3][4]
O 14º Dalai-lama nasceu em Taktser, Amdo, Tibete, e foi selecionado como o tulku do 13º Dalai-lama em 1937 e formalmente reconhecido como o 14º Dalai-lama em uma declaração pública perto da cidade de Bumchen em 1939.[5] Sua cerimônia de entronização como Dalai-lama foi realizada em Lhasa, no dia 22 de fevereiro de 1940; ele finalmente assumiu todos os deveres temporais (políticos) em 17 de novembro de 1950, com a idade de 15 anos, após a incorporação do Tibete pela República Popular da China.[5] O governo da escola Gelug administrou uma área aproximadamente correspondente à Região Autônoma do Tibete, assim como a nascente República Popular da China desejava assegurar o controle sobre ela.
Durante a revolta tibetana de 1959, o Dalai-lama fugiu para a Índia, onde atualmente vive como refugiado. O 14º Dalai-lama recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1989. A revista Time nomeou-o como um dos "Filhos de Mahatma Gandhi" e seu herdeiro espiritual da não violência.[6] Ele viajou pelo mundo e falou sobre o bem-estar dos tibetanos, meio ambiente, economia, direitos das mulheres, não violência, diálogo inter-religioso, física, astronomia, budismo e ciência, neurociência cognitiva, saúde reprodutiva e sexualidade, juntamente com vários tópicos de Ensinamentos budistas Maaiana e Vajrayana.
Índice
1 Vida e antecedentes
2 Pesquisador infatigável
3 Referências
4 Ligações externas
Vida e antecedentes |
Como 14.º Dalai-lama, líder e mentor do povo tibetano. Considerado por muitos uma das vozes mais lúcidas e comprometidas com a paz, procura estabelecer o diálogo e difundir a necessidade da compaixão no cenário mundial contemporâneo.
Em 1959 foi obrigado a abandonar o Tibete, altura em que este é invadido pela República Popular da China. Disfarçado de soldado e na companhia de familiares, conseguiu atravessar a fronteira da Índia e assim evitou ser capturado pelos chineses. Instala-se em Dharamsala a convite do governo de Jawaharlal Nehru, e aí constituiu o governo tibetano no exílio, onde ainda permanece.
Não saiu da Índia até 1967, quando visitou pela primeira vez o Japão e a Tailândia. Estava dado o primeiro passo daquilo que se tornou na sua peregrinação ininterrupta pelo mundo, durante a qual luta pelos direitos humanos no mundo mas em especial no Tibete. Luta, mas sempre recorrendo a processos pacíficos, respeitando a doutrina da não violência (a mesma lei defendida por Mahatma Gandhi), pelo que é reconhecido internacionalmente através da atribuição do Nobel da Paz em 1989. O prémio leva a que a causa receba mais atenção e apoiantes, ao mesmo tempo que provoca um embaraço ao regime de Pequim.
Mais tarde deixa de lutar pela independência da Tibete, e passa a propor o Tibete como região autónoma da China, com verdadeira autonomia que lhe permita conservar e viver a sua cultura, incluindo a religião (o que actualmente não lhes é permitido, o regime chinês considera que a religião é uma doença para mente).
É reconhecido internacionalmente, em todo o mundo, como líder espiritual do Tibete, mas os governos de muitos dos países que visita evitam contactos oficiais com a Sua Santidade para não ferirem sensibilidades chinesas.
Pesquisador infatigável |
Pesquisador infatigável, abriu as portas para o encontro da ciência com a espiritualidade quando, em 1987, reuniu-se durante uma semana com cinco cientistas ocidentais para debater a proximidade entre o budismo e as ciências cognitivas. A partir dali, criaram-se centros e fóruns internacionais onde a experiência espiritual é estudada e acolhida como aspiração genuína de um saber que revela novos espaços de consciência e expressão.
Cidadão planetário, manifesta especial interesse pelas pontes, articulações, sinapses, desafiando ortodoxias que retardam o exercício da vocação humana para o cuidado mútuo, a convivialidade e a cooperação. Nesse sentido apela para que cada um de nós aprenda a trabalhar em benefício não só de si próprio sua família ou nação, mas em prol da humanidade como um todo.
Afirma que a responsabilidade é a chave para a sobrevivência do humano e é a melhor garantia para implementar os valores universais e a paz.
É membro do Comité da patrocínio da Coordenação internacional para o Decênio da cultura da não-violência e da paz.
Em 17 de outubro de 2007, o Dalai-lama foi causa de grandes protestos diplomáticos por parte do governo chinês contra os Estados Unidos, ao ser agraciado com a Medalha de Ouro do Congresso, a maior honraria civil outorgada pelo país, e que lhe foi entregue em cerimónia pelo presidente George W. Bush.
Há pouco tempo , em março de 2008, com os conflitos pouco divulgados pela China, a respeito da separação do Tibete, o Dalai-lama ameaçou renunciar ao cargo de líder político tibetano, se continuassem os conflitos, ficando apenas com a ocupação de líder espiritual do povo do Tibete.
Referências
↑ Em chinês simplificado: 拉莫顿珠; em chinês tradicional 拉莫頓珠.; em pinyin: Lāmò Dùnzhū.
↑ Van Schaik, Sam (2011). Tibet: A History. [S.l.]: Yale University Press. p. 129. ISBN 978-0-300-15404-7
↑ Buswell, Robert E.; Lopez, Jr., Donald S. (2013). The Princeton dictionary of Buddhism. Princeton: Princeton University Press. ISBN 9781400848058. Entries on "Dalai-lama" and "Dga' ldan pho brang".
↑ «Definition of Dalai Lama in English». Oxford Dictionaries. Consultado em 2 de Maio de 2015.The spiritual head of Tibetan Buddhism and, until the establishment of Chinese communist rule, the spiritual and temporal ruler of Tibet
↑ ab «Chronology of Events». The 14th Dalai Lama of Tibet. Office of the Dalai Lama. Consultado em 29 de Abril de 2015
↑ «The Children of Gandhi» (excerpt). Time. 31 de Dezembro de 1999. Cópia arquivada em 5 de Outubro de 2013
Ligações externas |
- Commons
- Wikiquote
- Site oficial
- Twitter oficial
- Sitio oficial do Prêmio Nobel de 1989
Precedido por Thubten Gyatso | Dalai-lama 1935 - atualmente reconhecido em 1937 e entronizado em 1940 | Sucedido por atual |
Precedido por Forças de manutenção da paz das Nações Unidas | Nobel da Paz 1989 | Sucedido por Mikhail Gorbachev |