Félix Pacheco

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| Félix Pacheco  | |
|---|---|
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| Ministro do Exterior do Brasil | |
| Período | 1923 até 1924 | 
| Senador pelo Piauí | |
| Período | 1920 até 1928 | 
| Deputado federal do Piauí | |
| Período | 1909 até 1920 | 
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 2 de agosto de 1879 Teresina, Piauí | 
| Morte | 6 de dezembro de 1935 (56 anos) Rio de Janeiro, Distrito Federal | 
| Nacionalidade | brasileiro | 
| Progenitores | Mãe: Maria Benedita Cândida da Conceição Pacheco Pai: Gabriel Luís Ferreira | 
| Cônjuge | Dora Rodrigues | 
| Ocupação | jornalista político poeta tradutor | 
| Assinatura |  | 
|  | |
José Félix Alves Pacheco (Teresina, 2 de agosto de 1879 — Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1935) foi um jornalista, político, poeta e tradutor brasileiro.
Índice
 1 Biografia
 
 2 Vida pública
 
 3 Academia Brasileira de Letras
 
 3.1 Identificação datiloscópica
 
 
 
 
 
 4 Obras
 
 4.1 Publicações
 
 4.2 Excerto
 
 
 
 
 
 
 5 Ligações externas
 
Biografia | 

Pacheco, em 1936.
Filho de Gabriel Luís Ferreira e Maria Benedita Cândida da Conceição Alves Pacheco. Estudou no ensino fundamental ainda em Teresina, indo em 1890 para ao Rio de Janeiro, onde o tio Teodoro Alves Pacheco era senador. Aí efetua a complementação de seus estudos, bacharelando-se em Direito, em 1897.
Ingressou no jornalismo, chegando a tornar-se um dos coproprietários do Jornal do Commercio (ainda existente, sendo um dos mais antigos jornais brasileiros ainda em circulação). Considerado por muitos que conheciam sua "imparcialidade de espírito" e o seu "entusiasmo discreto" um dos maiores jornalistas de seu tempo.
Pertenceu à Ordem rosa-cruz.
Casado com Dora Vianna Rodrigues, com quem teve duas filhas: Ignez (Ignezita) e Martha.
O pai Gabriel Luís Ferreira e o tio João Luís Ferreira governaram o Estado do Piauí.
Vida pública | 

Com Artur Bernardes e outros ministros de Estado (fotografia sob a guarda do Arquivo Nacional).
Félix Pacheco ingressou na política elegendo-se, pelo Piauí, seu estado natal, deputado federal em 1909, obtendo, nos anos seguintes, sucessivas reeleições,  até 1921, quando elege-se senador para um mandato de 8 anos.
Foi, no governo Artur Bernardes (1922-1926), Ministro das Relações Exteriores, retornando para o Senado em 1927, pouco antes do fim do seu mandato.
Paralelamente à carreira política, dedicou-se à vida literária. Poeta de estilo intermediário entre o parnasianismo e o simbolismo, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1912. 
Tradutor de mérito reconhecido, voltou-se para a obra de Baudelaire, tornando-se um de seus principais intérpretes e divulgadores no Brasil. Traduziu, comentou e estudou a obra desse escritor francês sob o ponto de vista bibliográfico, crítico e literário. Essa dedicação obstinada foi coroada com o discurso que pronunciou em 24/11/1932, intitulado "Baudelaire e os milagres do poder da imaginação", publicado no ano seguinte, quando também publicou outros diversos estudos sobre o renomado escritor.
Ainda em 1927, em renhido pleito, volta a disputar o mandato de senador da República, concorrendo contra o velho cacique Firmino Pires Ferreira. Embora tenha se declarado vitorioso, a Justiça da época, em plena República Velha, reconhece a vitória de seu opositor. Insatisfeito com essa decisão pouco convincente, abandona a política, vindo a falecer oito anos depois.
 Academia Brasileira de Letras |
 Academia Brasileira de Letras | 
Escritor de vasta produção literária, publicou mais de duzentas obras, deixando também vasta produção como publicista, além de conferências e discursos. Como reconhecimento pela qualidade de sua produção literária, no ano de 1913 ingressou na Academia Brasileira de Letras, eleito que fora no ano anterior, sendo o primeiro piauiense a ocupar Cadeira naquela augusta Casa de Cultura. Ocupou a cadeira 16, cujo patrono é Gregório de Matos, sendo seu segundo ocupante. Mais tarde Ingressou na Academia Piauiense de Letras.
Identificação datiloscópica | 
Pioneiro defensor da introdução no Brasil do método de identificação pelas impressões digitais - para a qual ainda havia descrentes e alguma oposição no país, foi Félix Pacheco o fundador e primeiro diretor do Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal, hoje Instituto de Identificação Félix Pacheco - o primeiro no país a adotar o banco de dados datiloscópicos.
Obras | 
Dono de estilo entre o parnasiano e o simbolista, viveu a transição desses momentos literários. Sua obra não é muito conhecida - sequer merecendo análise no quadro apresentado por Manuel Bandeira em seu "Apresentação da poesia brasileira". De fato, a vaga na Academia, em seu caso, deveu-se muito mais à condição de "notável" que propriamente por suas qualidades literárias. Já acadêmico dedica-se à tradução da obra de Baudelaire - importante contribuição para a literatura e sua divulgação.
Publicações | 
 Chicotadas, poesias revolucionárias - 1897
 Via Crucis - 1900
 O périplo de Hannon - (monografia) - 1900
 Mors-Amor - 1904
 Luar de amor - 1906
 Dois egressos de farda - (estudo) - 1909
 Poesias - 1914
 Ignezita - 1915
 Martha - 1917
 Tu, só tu - 1917
 No limiar do outono - 1918
 O pendão da taba verde - 1919
 Lírios brancos - 1919
 Estos e pausas - 1920
 Em louvor de Paulo Barreto - 1921
 A "Canaã" de Graça Aranha - 1931
 Robres e Cogumelos (sobre José do Patrocínio e os pigmeus da imprensa) - 1932
- Duas charadas bibliográficas - 1932
 Poesias - 1932 (reunião de obras anteriores)
 A aliança de prata - 1933
 Descendo a montanha - 1935
 A Academia e os seus problemas - 1935
Excerto | 
A poesia transcrita a seguir (domínio público), exemplifica a obra do poeta num soneto, forma então já bastante popularizada no Brasil:
- Do cimo da montanha
 
 
- Musa, pára um momento aqui, musa severa!
- Olha deste alto cimo a Pátria, o Sonho, a Vida...
- Mede toda a extensão imensa percorrida,
- E o presente, e o porvir esmiúça, e considera!
 
 
 
 
 
 
- Interpreta, na estrofe, a saudade sincera,
- E realça, firme, o traço à página esquecida!
- Canta a luz que te doura, e estende-a, refletida,
- Sobre os rincões natais, que tua alma venera!
 
 
 
 
 
 
- Mas grava tudo lenta, unindo, com orgulho,
- O esto dos palmerais, e a harmonia dos trenos,
- Como na relação do efeito para as causas...
 
 
 
 
 
- Junta o carme à epopéia, enlaça o grito e o arrulho,
- E os quarenta anos teus se fixarão, serenos,
- Num longo beijo quente, ampliado em sóis e em pausas...
 
 
 
 
 
Ligações externas | 
 Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras (em português)
- Sítio sobre o IFP
| Precedido por Araripe Júnior |  ABL - segundo acadêmico da cadeira 16 1912 — 1935 | Sucedido por Pedro Calmon | 
| Precedido por José Manuel de Azevedo Marques | Ministro das Relações Exteriores do Brasil 1922 — 1926 | Sucedido por Otávio Mangabeira | 
W VGmC AlHeR7U,38MX5Q,59Cu43
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