Gaio-Rosário
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
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Gaio-Rosário Localização de Gaio-Rosário em Portugal Continental | ||||
Coordenadas | ||||
Concelho primitivo | Moita | |||
Concelho (s) atual (is) | Moita | |||
Freguesia (s) atual (is) | Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos | |||
Fundação | 31 de Dezembro de 1984 | |||
Extinção | 2013 | |||
Área | ||||
- Total | 10,33 km² |
Gaio-Rosário foi uma freguesia portuguesa do concelho da Moita, com 10,33 km² de área e 1 227 habitantes (2011). Densidade: 118,8 hab/km². Teve o estatuto de freguesia entre 31 de Dezembro de 1984 e 2013. A antiga freguesia é constituída como o próprio nome indica pelas localidades de Gaio e Rosário.
Foi uma freguesia extinta (agregada), em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Sarilhos Pequenos, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos.[1]
População da freguesia de Gaio-Rosário [2] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
876 | 987 | 1 227 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 130 | 126 | 553 | 178 | 13,2% | 12,8% | 56,0% | 18,0% | |
2011 | 215 | 119 | 686 | 207 | 17,5% | 9,7% | 55,9% | 16,9% |
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%
Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
Índice
1 Actividades Económicas
2 Património Cultural e Edificado
3 Outros locais de interesse turístico
4 Festas e Romarias
5 Gastronomia
6 Artesanato
7 Colectividades
8 Património
Actividades Económicas |
- Agricultura, actividades portuárias, estaleiro naval, comércio e fabrico de velas para barcos, indústria de bacalhau
Património Cultural e Edificado |
- Igreja matriz, moinho de vento, ruínas de fornos de cal e vestígios arqueológicos
Outros locais de interesse turístico |
- Parque das Merendas, Parque das Canoas, Miradouro e praia fluvial
Festas e Romarias |
- Padroeira - Nossa Senhora do Rosário (Agosto)
Gastronomia |
- Caldeiradas à fragateiro
Artesanato |
- Miniaturas de barcos do Tejo
Colectividades |
- Marítimo Futebol Clube Rosarense, Beira Mar Futebol Clube Gaiense, Banda Musical do Rosário, Associação Equestre Moitense e Centro de Convívio de Reformados do Gaio-Rosário
Na antiga freguesia do Gaio-Rosário foi descoberto um povoado pré-histórico do Neolítico Antigo, com uma cronologia de seis mil anos. Depois desta época só no início do século XVI, com a noticia da existência de uma povoação de 10 moradores designados por Quinta de Martim Afonso, voltando a ter informações da freguesia. O núcleo populacional, no entanto, só no século XX viria a ter expressão significativa.
As principais actividades económicas das populações do Gaio e do Rosário foram, durante décadas, a apanha das famosas ostra do rio Tejo, mas também o transporte dos mais diversos produtos entre as duas margens ou ao longo do rio.
Da intensa actividade de outros tempos, a antiga freguesia conserva actualmente, o estaleiro naval e a fábrica de velas para barcos. O Estaleiro dedica-se hoje em dia, à reconstrução de antigas e tradicionais embarcações do rio Tejo, que transforma em embarcações de recreio. Nestas embarcações tradicionais podem apreciar-se as típicas pinturas tradicionais, de um delicioso estilo “naif”. Os principais temas pintados são letras e números coloridos, flores, sereias, santas, touradas e paisagens. Estas pinturas, típicas na área da Moita, embelezam, agora também os barcos tradicionais de concelhos como Vila Franca de Xira, Alcochete ou Lisboa.
O Gaio e o Rosário são duas pitorescas localidades plantadas à beira rio, que têm hoje grandes potencialidades em termos turísticos, sobretudo para desenvolver actividades ligadas ao rio. Está, por isso, a proceder-se à valorização de toda a zona ribeirinha, incluindo a bela praia fluvial, dotando-a de infra-estruturas de lazer e de acolhimento de visitantes.
Do jardim junto à praia desfruta-se uma vista panorâmica sobre o rio Tejo e a capital. No Verão pode-se também saborear a deliciosa caldeirada à fragateiro, típica desta zona ribeirinha. A praia é, anualmente, palco de um original acontecimento, as largadas de toiros. Situado junto ao rio fica o Parque das Canoas, perto do estaleiro, constituindo um bom exemplo de aproveitamento da zona ribeirinha.
Para além deste património natural a antiga freguesia do Gaio-Rosário possui um valioso e muito interessante património ligado ao rio, como estruturas arquitectónicas e embarcações tradicionais. Interessante, em termos de património arquitectónico, são as casas de cores garridas que se podem apreciar na povoação do Gaio e a capela, no Rosário, mandada construir em 1532, por Cosme Bernardes de Macedo, fidalgo da Casa Real e proprietário da Quinta de Martim Afonso, devota a São João Evangelista apresenta uma interessante porta manuelina. A antiga actividade fluvial está hoje viva na memória dos marítimos, homens que desde sempre viveram ligados aos barcos, e que constroem laboriosamente, as miniaturas das embarcações da sua memória.
Mas o interesse turístico da antiga freguesia tem ainda um outro valor acrescentado na característica animação da sua população, sobretudo na época do Verão, e que fazem da localidade um ponto de passagem obrigatória para quem pretende conhecer a margem sul do Tejo ou o concelho da Moita.
A vila foi cenário para uma série humorística da SIC, Camilo, o Presidente.
Património |
- Ermida de Nossa Senhora do Rosário
↑ Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes