Roberto Salmeron
Roberto A. Salmeron | |
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Nascimento | 16 de junho de 1922 (96 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Instituições | Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas CERN École Polytechnique |
Campo(s) | engenharia, física |
Roberto Aureliano Salmeron (São Paulo, 16 de junho de 1922) é um engenheiro eletricista brasileiro e físico nuclear experimental de renome internacional, diretor-pesquisador emérito da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN).
Índice
1 Formação
2 Atuação profissional
3 Pensamento
4 Referências
5 Ligações externas
Formação |
Salmeron fez seus estudos de graduação em engenharia elétrica na Escola Politécnica da USP e em física na Universidade Federal do Rio de Janeiro (também conhecida como Universidade do Brasil). De 1947 a 1950, ele trabalhou como pesquisador e instrutor na Escola Politécnica e no departamento de física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, na qual ele estudou radiações cósmicas sob a tutela dos físicos italianos Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini. De 1950 a 1953, Salmeron trabalhou no então recentemente criado Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF, no Rio de Janeiro. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, Salmeron foi contemporâneo da geração de jovens brilhantes físicos brasileiros, como César Lattes, José Leite Lopes, Oscar Sala, Mário Schenberg, Marcelo Damy de Souza Santos, Jayme Tiomno e Mario Alves Guimarães.
De 1953 em diante, Salmeron viveu na Europa, primeiramente fazendo seu Ph.D. de 1953 a 1955 na Universidade de Manchester, sob a tutela de Patrick Blackett, prêmio Nobel de Física, e então como pesquisador associado da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN), em Genebra, Suíça, de 1955 a 1963.
Atuação profissional |
Em 1963, Salmeron retornou ao Brasil e aceitou a cadeira de professor de Física da então recém criada Universidade de Brasília. Infelizmente, a ditadura militar reprimiu fortemente os movimentos liberais e esquerdistas que ocorriam na universidade e ele então juntou-se a outros 223 professores em protesto, que deixaram a universidade em outubro de 1965.[1]
Em 1966 Salmeron deixou o Brasil definitivamente e foi trabalhar no CERN novamente, a convite de seu diretor, Victor Weisskopf. No CERN, Salmeron teve importante participação em experimentos com a finalidade de estudar o plasma de quarks e gluons. Desde 1967, Salmeron é professor da École Polytechnique em Paris, França, uma das mais importantes escolas de engenharia do mundo.
Pensamento |
Para Salmeron, transmitir conhecimento é atividade tão nobre quanto trabalhar em pesquisas de ponta. É preciso ensinar ciência desde a infância, mas de modo experimental, não somente com palavras e livros. "Não conheço nenhum cientista, de nenhum país, que tenha tido um mau curso na escola".
Referências
↑ QUERCIGH, Emanuele. «Roberto Salmeron Festschrift: A Master and A Friend» (em inglês). CERN Courier. Consultado em 27 de fevereiro de 2018
Ligações externas |
- R. Aldrovandi, A. Santoro e J.M. Gago (Eds.): Roberto Salmeron Festschrift: a Master and a Friend. AIAFEX, Rio de Janeiro. ISBN 85-85806-02-8.
- Roberto Salmeron: A grandeza de Paulo Leal Ferreira
Entrevista com o Professor Roberto Aureliano Salmeron.- Discurso proferido ao receber o título de Doutor Honoris Causa
- Publicações de Roberto Salmeron