Moshe Dayan
Moshe Dayan | |
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Dayan em 1978 | |
Nascimento | 20 de maio de 1915 Degania Alef, Império Otomano |
Morte | 16 de outubro de 1981 (66 anos) Tel Aviv, Israel |
Nacionalidade | Israelense |
Ocupação | Arqueólogo Escritor Político |
Filiação | Mapai (1959–1965) Rafi (1965–1968) Partido Trabalhista (1968–1981) |
Cargo | Ministro da Agricultura (1959 – 1964) Ministro da Defesa (1967 – 1974) Ministro das Relações Exteriores (1977 – 1979) |
Serviço militar | |
Lealdade | Israel |
Serviço | Haganah Exército Britânico Exército Israelense |
Anos de serviço | 1929 – 1959 |
Patente | General (Aluf) |
Comando | Chefe do Estado-Maior Comando do Sul Comando do Norte |
Conflitos | Revolta árabe de 1936–1939 Segunda Guerra Mundial Guerra árabe-israelense de 1948 Guerra do Suez Guerra dos Seis Dias Guerra de Desgaste Guerra do Yom Kipur |
Condecorações | Ordem de Serviços Distintos Ordem Nacional da Legião de Honra |
Moshe Dayan (Degania Alef, 20 de maio de 1915 — Tel Aviv, 16 de outubro de 1981), foi um militar e político israelense (português brasileiro) ou israelita (português europeu), responsável pelas mais importantes vitórias de Israel nas guerras contra seus vizinhos árabes, Dayan foi também um dos principais arquitetos dos acordos de paz de Camp David, os primeiros que se firmaram entre o governo de Israel e um país árabe (o Egito).[1]
Moshe Dayan nasceu em 20 de maio de 1915, em Deganya, na então Palestina. Com 14 anos iniciou a carreira militar na Haganá (guerrilha sionista) que combatia ingleses e árabes. Quando esta organização foi declarada ilegal pelos britânicos em 1939, Dayan e outros elementos judeus foram presos durante dois anos pelas autoridades britânicas, liderando depois as forças judaicas da Palestina que combateram a França na Síria e no Líbano. Durante combate junto aos ingleses na Síria contra os franceses de Vichy, em 1941, perdeu o olho esquerdo, atingido por uma bala inimiga em seu binóculo que arruinou seu globo ocular, impossibilitando-o inclusive de implantar um olho de vidro posteriormente. Passou a usar um tapa-olho que o tornou inconfundível e desde então se considerava um deficiente físico. Ele odiava o tapa-olho. Segundo escreveu em suas memórias, a atenção que o objeto provocava lhe era intolerável. Além disso, o acidente lhe ocasionava dores de cabeça intermitentes[2].
“ | Quando entro em guerra, estou absolutamente convencido de que vou ganhar e sair ileso. Sem isso, você perde | ” |
Em 1948, na luta pela independência, comandou a região militar de Jerusalém. Na chefia das forças armadas desde 1953 por cinco anos, planejou e liderou a invasão da península do Sinai, em 1956, o que lhe valeu a reputação de grande comandante militar. Dayan foi eleito para o Knesset (Parlamento) em 1959 e designado Ministro da Agricultura no governo de David Ben-Gurion.
Em junho de 1967, como Ministro da Defesa, comandou a vitoriosa guerra dos seis dias e passou a exercer crescente influência na política externa. Seu prestígio declinou em outubro de 1973, quando o Egito e a Síria atacaram Israel de surpresa e desencadearam a guerra do Yom Kippur.
Em 1978, Ministro das Relações Exteriores do governo de Menachem Begin, tornou-se um dos arquitetos dos acordos de Camp David, assinados no ano seguinte por Egito e Israel. Faleceu devido a insuficiência cardíaca, no Hospital Tel Hashomer de Telavive, onde estava internado para tratamento de câncer de estômago[3]. Sua filha, Yael Dayan é escritora.
Dayan também foi arqueólogo amador e escritor. Entre as obras publicados no Brasil está “Guerra do Sinai” (Bloch Editores).
Referências
↑ Bar-On, Mordechai. Moshe Dayan: Israel's Controversial Hero (Yale University Press; 2012)
↑ Veja, edição 685, de 21 de outubro de 1981
↑ Veja, edição 685, de 21 de outubro de 1981