Lista de monarcas do Brasil
Diversos monarcas governaram o território que hoje corresponde ao Brasil, da descoberta deste em 22 de abril de 1500 até a proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Pode-se separar a lista em três períodos distintos: o Brasil Colônia (1500–1815), como integrante do Reino de Portugal; o Reino do Brasil (1815–1822), constituinte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815–1825); e o Império do Brasil (1822–1889), estado soberano independente.
Antes de 1815, o Brasil era uma colônia do Reino de Portugal. Portanto, da chegada formalmente datada dos portugueses ao território brasileiro, em 1500, até 1815, quando o Reino do Brasil foi criado e o laço colonial foi formalmente abolido e substituído por uma união política com Portugal, os Reis de Portugal eram os monarcas reinantes do Brasil. Durante a era colonial, a partir de 1645, o herdeiro à Coroa Portuguesa tinha o título de Príncipe do Brasil. Em 1817, após a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o título do herdeiro mudou para Príncipe Real de Portugal.
O Brasil teve dois monarcas durante a época de Reino Unido: D. Maria I (1815–1816) e D. João VI (1816–1822). Quando da criação deste Reino, a Rainha Maria I já era considerada incapaz e o Império Português era governado pelo Príncipe João, futuro Rei João VI, como Príncipe Regente. Como nação independente, o Brasil teve dois monarcas, os imperadores D. Pedro I (1822–1831) e D. Pedro II (1831–1889). Em 1889, a monarquia foi abolida por um golpe de Estado militar e a República do Brasil foi proclamada.
Durante a era imperial, D. João VI de Portugal teve, por um curto período de tempo, o título honorífico de Imperador Titular do Brasil sob o Tratado do Rio de Janeiro de 1825, pelo qual Portugal reconheceu a independência do Brasil. O título de Imperador Titular do Brasil era vitalício, tornando-se extinto após a morte do titular. D. João VI manteve o título imperial por poucos meses, da ratificação do Tratado, em novembro de 1825, até sua morte, em março de 1826. Durante estes meses, no entanto, como o título imperial de D. João era puramente honorífico, D. Pedro I permanecia como o único monarca do Império.
Índice
1 Brasil Colônia
1.1 Dinastia de Avis
1.2 Dinastia de Habsburgo
1.3 Dinastia de Bragança
2 Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
2.1 Dinastia de Bragança
3 Império do Brasil
3.1 Dinastia de Bragança
4 Titulatura régia
4.1 Colonização do Brasil
4.2 Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
4.3 Império do Brasil
5 Notas
6 Referências
7 Ver também
8 Ligações externas
Brasil Colônia |
Dinastia de Avis |
Ver artigo principal: Dinastia de Avis
Nome | Retrato | Brasão | Nascimento | Casamento(s) Filhos legítimos | Morte | Direito sucessório | Ref |
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D. Manuel I O Venturoso 22 de abril de 1500 – 13 de dezembro de 1521 | 31 de maio de 1469 Alcochete, Portugal Filho de Fernando de Portugal e Beatriz de Portugal | 1º: Isabel de Aragão 30 de setembro de 1497 1 filho 2º: Maria de Aragão e Castela 30 de outubro de 1500 10 filhos 3º: Leonor da Áustria 16 de julho de 1518 2 filhos | 13 de dezembro de 1521 Lisboa aos 52 anos | Primo de D. João II [nota 1] | [1] | ||
D. João III O Piedoso 13 de dezembro de 1521 – 11 de junho de 1557 | 6 de junho de 1502 Paço de Alcáçova, Lisboa Filho de D. Manuel I e Maria de Aragão e Castela | Catarina de Áustria 10 de fevereiro de 1525 9 filhos | 11 de junho de 1557 Paço da Ribeira, Lisboa aos 55 anos | Filho de D. Manuel I | [2] | ||
D. Sebastião I O Desejado 11 de junho de 1557 – 4 de agosto de 1578 | 20 de janeiro de 1554 Paço da Ribeira, Lisboa Filho de João Manuel e Joana de Áustria | — | 4 de agosto de 1578 Alcácer-Quibir aos 24 anos | Neto de D. João III | [3] | ||
D. Henrique I O Casto 4 de agosto de 1578 – 31 de janeiro de 1580 | 31 de janeiro de 1512 Lisboa Filho de D. Manuel I e Maria de Aragão e Castela | — | 31 de janeiro de 1580 Almeirim, Portugal aos 68 anos | Filho de D. Manuel I | [4] | ||
Conselho de Governadores do Reino de Portugal (31 de janeiro de 1580 – 17 de julho de 1580)[nota 2] |
Dinastia de Habsburgo |
Ver artigo principal: Dinastia filipina
Nome | Retrato | Brasão | Nascimento | Casamento(s) Filhos legítimos | Morte | Direito sucessório | Ref |
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Filipe I O Prudente 17 de abril de 1581 – 13 de setembro de 1598 | 21 de maio de 1527 Valladolid, Espanha Filho de Carlos I e Isabel de Portugal | 1º: Maria Manuela de Portugal 14 de novembro de 1543 1 filho 2º: Maria I de Inglaterra 25 de julho de 1554 sem filhos 3º: Isabel de Valois 22 de junho de 1559 2 filhas 4º: Ana de Áustria 24 de janeiro de 1570 5 filhos | 13 de setembro de 1598 El Escorial aos 71 anos | Neto de D. Manuel I [nota 3][nota 4] | [7] | ||
Filipe II O Pio 13 de setembro de 1598 – 31 de março de 1621 | 14 de abril de 1578 Madrid Filho de Filipe I e Ana de Áustria | Margarida da Áustria 18 de abril de 1599 8 filhos | 31 de março de 1621 Madrid aos 42 anos | Filho de Filipe I | |||
Filipe III O Grande 31 de março de 1621 – 1 de dezembro de 1640 | 8 de abril de 1605 Valladolid, Espanha Filho de Filipe II e Margarida da Áustria | 1º: Isabel de Bourbon 25 de novembro de 1615 8 filhos 2: Maria Ana de Áustria 7 de outubro de 1649 5 filhos | 17 de setembro de 1665 Madrid aos 60 anos | Filho de Filipe II |
Dinastia de Bragança |
Ver artigo principal: Dinastia de Bragança
Nome | Retrato | Brasão | Nascimento | Casamento(s) Filhos legítimos | Morte | Direito sucessório | Ref |
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D. João IV O Restaurador 1 de dezembro de 1640 – 6 de dezembro de 1656 | 19 de março de 1604 Paço Ducal de Vila Viçosa Filho de Teodósio II e Ana de Velasco e Girón | Luísa de Gusmão 12 de janeiro de 1633 7 filhos | 6 de novembro de 1656 Paço da Ribeira, Lisboa aos 52 anos | Trineto de D. Manuel I [nota 5] | [8] | ||
D. Afonso VI O Vitorioso 6 de dezembro de 1656 – 12 de setembro de 1683 | 21 de agosto de 1643 Paço da Ribeira, Lisboa Filho de D. João IV e Luísa de Gusmão | Maria Francisca de Saboia 2 de agosto de 1666 sem filhos | 12 de setembro de 1683 Palácio de Sintra aos 40 anos | Filho de D. João IV | [9] | ||
D. Pedro II O Pacífico 12 de setembro de 1683 – 9 de dezembro de 1706 | 26 de abril de 1648 Paço da Ribeira, Lisboa Filho de D. João IV e Luísa de Gusmão | 1º: Maria Francisca de Saboia 2 de abril de 1668 1 filha 2º: Maria Sofia de Neuburgo 11 de agosto de 1687 7 filhos | 9 de dezembro de 1706 Palácio da Palhavã, Lisboa aos 58 anos | Filho de D. João IV | [10] | ||
D. João V O Magnânimo 9 de dezembro de 1706 – 31 de julho de 1750 | 22 de outubro de 1689 Paço da Ribeira, Lisboa Filho de D. Pedro II e Maria Sofia de Neuburgo | Maria Ana de Áustria 27 de outubro de 1708 6 filhos | 31 de julho de 1750 Paço da Ribeira, Lisboa aos 60 anos | Filho de D. Pedro II | [11] | ||
D. José I O Reformador 31 de julho de 1750 – 24 de fevereiro de 1777 | 6 de junho de 1714 Paço da Ribeira, Lisboa Filho de D. João V e Maria Ana de Áustria | Mariana Vitória de Bourbon 19 de janeiro de 1729 4 filhas | 24 de fevereiro de 1777 Palácio de Sintra aos 62 anos | Filho de D. João V | [12] | ||
D. Maria I A Louca 24 de fevereiro de 1777 – 16 de dezembro de 1815 | 17 de dezembro de 1734 Paço da Ribeira, Lisboa Filha de D. José I e Mariana Vitória de Bourbon | Pedro III de Portugal 6 de junho de 1760 6 filhos | 20 de março de 1816 Convento do Carmo, Rio de Janeiro aos 81 anos | Filha de D. José I | [13] | ||
D. Pedro III O Capacidônio 24 de fevereiro de 1777 – 25 de maio de 1786 | 5 de julho de 1717 Paço da Ribeira, Lisboa Filho de D. João V e Maria Ana de Áustria | Maria I de Portugal 6 de junho de 1760 6 filhos | 25 de maio de 1786 Palácio Real de Queluz aos 68 anos | Marido de D. Maria I (jure uxoris)[nota 6] | [15] |
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves |
Ver artigo principal: Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Dinastia de Bragança |
Ver artigo principal: Dinastia de Bragança
Nome | Retrato | Brasão | Nascimento | Casamento(s) Filhos legítimos | Morte | Direito sucessório | Ref |
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D. Maria I A Louca 16 de dezembro de 1815 – 20 de março de 1816 | 17 de dezembro de 1734 Paço da Ribeira, Lisboa Filha de D. José I e Mariana Vitória de Bourbon | Pedro III de Portugal 6 de junho de 1760 6 filhos | 20 de março de 1816 Convento do Carmo, Rio de Janeiro aos 81 anos | Filha de D. José I | [13] | ||
D. João VI O Clemente 20 de março de 1816 – 7 de setembro de 1822 | 13 de maio de 1767 Palácio Real de Queluz Filho de D. Pedro III e D. Maria I | Carlota Joaquina de Bourbon 8 de maio de 1785 9 filhos | 10 de março de 1826 Palácio da Bemposta, Lisboa aos 58 anos | Filho de D. Maria I | [16] |
Império do Brasil |
Ver artigo principal: Império do Brasil
Dinastia de Bragança |
Ver artigo principal: Família imperial brasileira
Nome | Retrato | Brasão | Nascimento | Casamento(s) Filhos legítimos | Morte | Direito sucessório | Ref |
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D. Pedro I O Libertador 12 de outubro de 1822 – 7 de abril de 1831 | 12 de outubro de 1798 Palácio Real de Queluz Filho de D. João VI e Carlota Joaquina de Bourbon | 1º: Maria Leopoldina de Áustria 6 de novembro de 1817 7 filhos 2º: Amélia de Leuchtenberg 2 de agosto de 1829 1 filha | 24 de setembro de 1834 Palácio Real de Queluz aos 35 anos | Filho de D. João VI [nota 7] | [19] | ||
D. Pedro II O Magnânimo 7 de abril de 1831[nota 8] – 15 de novembro de 1889 | 2 de dezembro de 1825 Palácio Imperial, Rio de Janeiro Filho de D. Pedro I e Maria Leopoldina de Áustria | Teresa Cristina das Duas Sicílias 30 de maio de 1843 4 filhos | 5 de dezembro de 1891 Paris aos 66 anos | Filho de D. Pedro I | [25] |
Titulatura régia |
O monarca do Brasil teve seu título oficial alterado diversas vezes, do Brasil Colônia até o Império. Tiveram os seguintes títulos:[26][27][28][29]
Colonização do Brasil |
Período | Título | Usado por | Motivo |
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22 de abril de 1500 – 17 de julho de 1580 | Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. | D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião, D. Henrique I | Titularia régia usada pelos Reis de Portugal quando da descoberta do Brasil. |
17 de julho de 1580 – 1 de dezembro de 1640 | Pela Graça de Deus, Rei de Castela, de Leão, de Aragão, das Duas Sicílias, de Jerusalém, de Portugal, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de Jáen, dos Algarves, de Algeciras, de Gibraltar, das Ilhas de Canária, das Índias Orientais e Ocidentais, Ilhas e Terra Firme do Mar-Oceano, Conde de Barcelona, Senhor da Biscaia e de Molina, Duque de Atenas e de Neopátria, Conde de Rossilhão e da Cerdanha, Marquês de Oristano e de Gociano, Arquiduque de Áustria, Duque da Borgonha, do Brabante e de Milão, Conde de Habsburgo, da Flandres e do Tirol, etc. | Filipe I, Filipe II, Filipe III | Com o domínio filipino, juntam-se os demais títulos dos Áustrias à titulatura portuguesa. |
1 de dezembro de 1640 – 16 de dezembro de 1815 | Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. | D. João IV, D. Afonso VI, D. Pedro II, D. João V, D. José I, D. Pedro III, D. Maria I | Com a Restauração da Independência, regressa-se ao velho estilo adotado por D. Manuel I. |
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves |
Período | Título | Usado por | Motivo |
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16 de dezembro de 1815 – 13 de maio de 1825 | Pela Graça de Deus, Rei (ou Rainha) Reino Unido de Portugal, Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor(a) da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. | D. Maria I, D. João VI | O Brasil é elevado a Reino dentro do Reino Português. |
Império do Brasil |
Período | Título | Usado por | Motivo |
---|---|---|---|
12 de outubro de 1822 – 15 de novembro de 1889 | Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil | D. Pedro I, D. Pedro II | O Reino do Brasil se declara independente de Portugal. |
15 de novembro de 1825 – 10 de março de 1826 | Pela Graça de Deus, Imperador do Brasil, e Rei do Reino Unido de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. | D. João VI | Ao reconhecer a independência do Império do Brasil pelo Tratado do Rio de Janeiro, D. João VI passa a usar por carta de lei de 15 de novembro de 1825, o título de imperador do Brasil, que lhe fora deferido por seu filho D. Pedro I. |
10 de março de 1826 – 2 de maio de 1826 | Por Graça de Deus e Unânime Aclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. | D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal | Durante o seu breve reinado de oito dias, embora mantendo a destrinça entre os dois Estados, o título refletiu a união das duas coroas sobre a cabeça do mesmo dinasta. |
Notas
↑ Devido à morte de D. João II, sem filhos legítimos (o príncipe D. Afonso falecera em condições trágicas nunca completamente esclarecidas em 1491), nem irmãos sobrevivos (a infanta Santa Joana, sua irmã, falecera em 1490) — e apesar de ter tentado legitimar um filho bastardo seu, o infante D. Jorge de Lancastre, futuro Duque de Coimbra —, seu primo e cunhado D. Manuel, Duque de Beja, filho de D. Fernando, Duque de Viseu (irmão de D. Afonso V), e de D. Beatriz (filha do infante D. João, o penúltimo dos membros da chamada ínclita geração), tornou-se Rei de Portugal. Assim, embora pelo lado do pai fosse neto de D. Duarte I, e, pelo lado da mãe, bisneto de D. João I, o fato de não ser herdeiro direto, mas sim colateral, leva a que surjam, por vezes, referências a uma pretensa quebra na casa reinante da dinastia de Avis, o que não aconteceu.
↑ Em 11 de janeiro de 1580, tiveram início as Cortes de Almeirim de 1580 para tentar resolver a crise de sucessão de 1580. Após a morte de D. Henrique I, exerceu interinamente o governo o Conselho de Governadores do Reino, nomeado por D. Henrique para tentar solucionar a crise sucessória.[5]
↑ No dia 17 de julho de 1580, em Castro Marim, três dos cinco membros do Conselho de Governadores do Reino de Portugal assinaram o reconhecimento de Filipe II como Rei de Portugal.[6] No entanto, António de Portugal, Prior do Crato, filho de Luís de Portugal, Duque de Beja, neto de D. Manuel I, foi aclamado Rei em 9 de junho de 1580, em Santarém, pelos seus partidários, opondo-se durante todo o resto da sua vida ao domínio filipino, todavia sem êxito. Filipe II começou logo a exercer o seu poder ainda em 1580, embora apenas parcialmente, pois ainda não dominava todo o território; só em 1581, com as Cortes de Tomar, se tornou Rei de Portugal de jure, e, apenas em 1583, conseguiu abafar todos os pontos que ainda apoiavam o Prior do Crato.
↑ De acordo com alguns historiadores portugueses, tais como Joaquim Veríssimo Serrão, D. António teria sido, de fato, Rei de Portugal, pelo menos desde 19 de junho de 1580, data da sua formal aclamação ao trono pelos seus partidários, em Santarém, até à derrota na Batalha de Alcântara, em 25 de agosto seguinte. Quem nunca deixou de reconhece-lo como seu Rei, até 1583, foram as populações da Terceira e das demais ilhas de Baixo açorianas, que prosseguiram a guerra e resistiram ao invasor. Entretanto, a maioria dos historiadores não o considera um Rei de Portugal, devido à existência de três centros de poder na época — o de D. António, em Lisboa, o de Filipe II, em Badajoz, e o dos governadores, em Setúbal — assim como pelo fato de quase todos os bispos, grandes e senhores se haverem então passado para Filipe II.[6]
↑ D. João IV assume o trono português por meio de um golpe de Estado conhecido historicamente como Restauração da Independência, sendo aclamado Rei de Portugal no dia 15 de dezembro de 1640.
↑ Filho de D. João V, Pedro casou-se com sua sobrinha, a herdeira presuntiva Maria, Princesa do Brasil em 1760. Quando da ascensão desta ao trono, em 1777, tornou-se Rei por jure uxoris, por ser consorte masculino da monarca reinante e ter um herdeiro real, cumprindo as condições necessárias para tal.[14]
↑ O então príncipe foi aclamado em 12 de outubro como Imperador D. Pedro I, data oficial da fundação do Império do Brasil, sendo coroado em 1 de dezembro. Sua ascensão não se estendeu imediatamente por todos os territórios brasileiros e Pedro teve que forçar a submissão de várias províncias nas regiões sudoeste, nordeste e norte, com as últimas unidades ainda leais a Portugal se rendendo apenas no começo de 1824.[17][18]
↑ Logo após abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831, o então príncipe imperial Pedro de Alcântara torna-se imperador constitucional de jure do Brasil; em sendo menor de idade, D. Pedro II não assume o governo e, por força da lei, o Brasil passa a ser governado por uma regência. Em 23 de julho de 1840, a Assembleia Geral (o parlamento brasileiro) declara formalmente Pedro II maior aos 14 anos de idade.[20][21] Lá, a tarde, o jovem imperador prestou o juramento de ascensão.[22][23] Foi aclamado, coroado e consagrado em 18 de julho de 1841.[24]
Referências
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↑ Braga, Paulo Drummond (2002). D. João III. Lisboa: Hugin Editores Ltda
↑ Figueiredo, Antero de (1943). D. Sebastião, rei de Portugal (1554–1578) 9ª ed. Lisboa: Livraria Bertrand
↑ Alves Dias, João José; de Oliveira Marques, António Henrique R. (1998). Portugal do Renascimento à crise dinástica. Lisboa: Editorial Presença. 910 páginas. ISBN 9722322958
↑ «Crise de 1578-1580». Porto Editora, Infopédia. Consultado em 10 de maio de 2017
↑ ab Mattoso, José. História de Portugal. Lisboa: Editorial Estampa. p. 561–562. ISBN 972-33-1084-8
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↑ «D. Afonso VI». Porto Editora, Infopédia. Consultado em 14 de maio de 2017
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↑ «D. José I». Porto Editora, Infopédia. Consultado em 14 de maio de 2017
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↑ «Dom João VI». Casa Imperial do Brasil. Consultado em 1 de maio de 2017
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Ver também |
- História do Brasil
- História de Portugal
- Presidentes do Brasil
- Imperatrizes do Brasil
- Monarcas de Portugal
- Império do Brasil
- Governantes do Brasil
Ligações externas |
Casa Imperial do Brasil (em português)
Casa Real Portuguesa (em português)