Operador compacto









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Na análise funcional, operadores compactos formam uma família de operadores lineares limitados entre espaços de Banach. Grosseiramente falando, a compacidade é critério mais restritivo que a continuidade, suficiente para que certas propriedades dos operadores de posto finito sejam válidas. Em espaços de Hilbert, pode-se mostrar que, de fato, operadores compactos são limites (na norma operacional) de operadores de posto finito.


A importância do estudo destes operadores surgiu basicamente do desenvolvimento de uma teoria espectral para os mesmos e da validade de uma versão da alternativa de Fredholm, mostrando que o problema T+I)u=f{displaystyle left(lambda T+Iright)u=f,}{displaystyle left(lambda T+Iright)u=f,} se comporta como em dimensão finita.




Índice






  • 1 Definição


  • 2 Exemplo


  • 3 Inclusão compacta


  • 4 Ver também





Definição |


Sejam X{displaystyle X,}X, e Y{displaystyle Y,}{displaystyle Y,} espaços de Banach e T:X→Y{displaystyle T:Xto Y,}{displaystyle T:Xto Y,} um operador linear. T{displaystyle T,}T, é dito operador linear compacto se a imagem de conjuntos limitados em X{displaystyle X,}X, é conjunto pré-compacto em Y{displaystyle Y,}{displaystyle Y,}, ou seja, se:



T(B)¯{displaystyle {overline {T(B)}},}{displaystyle {overline {T(B)}},} é compacto, para todo B{displaystyle B,}B, limitado.

Equivalentemente, T{displaystyle T,}T, é compacto se para toda seqüência limitada xn{displaystyle x_{n},}x_{n},, existe uma subseqüência {xnk}k=1∞{xn}n=1∞{displaystyle {x_{n_{k}}}_{k=1}^{infty }subseteq {x_{n}}_{n=1}^{infty }}{displaystyle {x_{n_{k}}}_{k=1}^{infty }subseteq {x_{n}}_{n=1}^{infty }} tal que Txnk{displaystyle Tx_{n_{k}},}{displaystyle Tx_{n_{k}},} é convergente.



Exemplo |


Considere X=C1[0,1]{displaystyle X=C^{1}[0,1],}{displaystyle X=C^{1}[0,1],}, o espaço das funções continuamente diferenciáveis no intervalo [0,1]{displaystyle [0,1],}[0,1], e Y=C0[0,1]{displaystyle Y=C^{0}[0,1],}{displaystyle Y=C^{0}[0,1],}, o espaço das funções contínuas no mesmo intervalo; munidos das seguintes normas:



  • f‖X=sup[0,1]|f(x)|+sup[0,1]|f′(x)|{displaystyle |f|_{X}=sup _{[0,1]}|f(x)|+sup _{[0,1]}|f'(x)|,}{displaystyle |f|_{X}=sup _{[0,1]}|f(x)|+sup _{[0,1]}|f'(x)|,}

  • f‖Y=sup[0,1]|f(x)|{displaystyle |f|_{Y}=sup _{[0,1]}|f(x)|,}{displaystyle |f|_{Y}=sup _{[0,1]}|f(x)|,}


Considere, ainda, o operador linear T{displaystyle T,}T, como sendo a inclusão de X{displaystyle X,}X, em Y{displaystyle Y,}{displaystyle Y,}.


Se fn{displaystyle f_{n},}f_{n}, é uma seqüência limitada em X{displaystyle X,}X,, então fn{displaystyle f_{n},}f_{n}, formam uma família equicontínua e equilimitada de funções definidas em um espaço compacto. Pelo teorema de Arzelà-Ascoli, existe uma seqüência {fnk}k=1∞,{displaystyle {f_{n_{k}}}_{k=1}^{infty },}{displaystyle {f_{n_{k}}}_{k=1}^{infty },} convergindo uniformemente para algum ponto limite. Como convergência uniforme é equivalente com convergência na norma do supremo, temos que a inclusão é um operador compacto.



Inclusão compacta |


Seja X⊆Y{displaystyle Xsubseteq Y,}{displaystyle Xsubseteq Y,} dois espaços de Banach, dizemos que X{displaystyle X,}X, está compactamente contido em Y{displaystyle Y,}{displaystyle Y,} e escrevemos X⊂Y{displaystyle Xsubset subset Y,}{displaystyle Xsubset subset Y,} se a função inclusão I:X→Y{displaystyle I:Xto Y,}{displaystyle I:Xto Y,} é um operador compacto entre estes espaços.



Ver também |


  • Teorema de Hilbert-Schmidt



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